Bem, a primeira coisa a ser dita é, eu não deveria estar no ensino médio agora. Eu deveria ter mais um ano de fundamental, e entrar aos 15 como todo mundo. Mas as minha mania de saber tudo me fez aprender a ler e escrever sozinha, e ser adiantada na escola.
Mas se eu disser que isso é ruim ou é o motivo de as coisas terem saído como saíram, eu vou estar errada. Não é o motivo. O verdadeiro motivo abrange anos de complicações que resultaram nos meus problemas de hoje. A questão é que quando eu era mais nova eu realmente achava que quando eu fosse entrar no ensino médio eu fosse ficar ansiosa pra viver aquelas experiencias de filmes que por mais que eu saiba que não são reais, eu sempre acabo esperando (e sendo decepcionada). Mas quando eu finalmente cheguei ao ensino médio, tudo que eu queria era acabar ele. E o mais rápido possível. E essa é a causa de eu não ter percebido antes, fatos que eu só vim perceber agora sobre a experiencia clichê menos clichê que alguém pode passar um dia, chamada ensino médio.
Primeiro, as castas não existem. Todo mundo fala com todo mundo agora. Claro que existem os populares, mas eles não causam tanto impacto na nossa vida como nos filmes. E claro que também existem os excluídos (meu grupo!), mas eles nem sempre sofrem bullying ou são desprezados, as vezes eles são excluídos por vontade própria, simplesmente por achar que não se encaixam.
Segundo, toda aquela coisa sobre sexo, bebida, drogas e tudo mais, é real. E é bem mais real do que os adultos imaginam.
E por último, na vida real, a inteligência é bem mais valorizada do que na ficção. Eu aprendi que por mais popular que um idiota seja, ele vai ser visto pelas pessoas como um idiota. E por mais excluído que alguém inteligente seja, ele sempre vai ser admirado de uma certa forma.
Minhas conclusões sobre isso? Eu sempre achei que a escola fosse uma ferramenta de tortura que nos força a viver em sociedade com pessoas estranhas e aprender que a vida é uma droga. No ensino médio, isso é multiplicado por 10. Mas isso, (e eu nem sequer ligo de isso estar no top 10 dos maiores clichês da humanidade) ensina que a gente pode ser o que quiser e fazer o que quiser.
Ou pelo menos é o que eu acho. Veremos no segundo ano.

G.