Não é segredo para ninguém que eu odeio estudar (apesar de todo mundo não acreditar muito nisso). Eu estava pensando e talvez tenha havido uma época longiqua onde eu gostava, mas pelo menos desde a sexta-série eu odeio, detesto, cruz credo, sai pra lá.
Vejam bem, eu não odeio aprender. Na verdade eu amo pesquisar coisas que eu não sei e poderia passar horas fuçando livros didáticos sem parar para fazer nada. O que eu odeio mesmo é estudar, essa palavra maligna que remete à escola e causa calafrios nos mais preguiçosos. Odeio me levantar todas as manhãs para ser forçada a ficar em um prédio gelado, sentindo fome e sono e tentando enfiar informações na minha cabeça que não encontram espaço para ficar e se acumulam na memória temporária e desaparecem no exato momento em que eu leio o enunciado da primeira questão das provas. Provas que aliás, não avaliam conhecimento ou inteligência e sim sua capacidade de aguentar a pressão do mundo sobre você.
70% da população nacional não sabe o nome das capitais dos estados do país? E grande parte não sabe - porque nunca usou!!!!!!! - a fórmula de Bhaskara? Pessoas com ensino superior ficam chocadas quando descobrem a ligação entre problemas de coração e problemas no pulmão. E não tem nada a ver com burrice, pessoas normais simplesmente não captam esse tipo de coisa. Não aprende.
Imagina só esse mundo utópico onde as pessoas só vão para escola até quando quiserem e escolhem o que querem estudar a cada ano. Nem o básico seria obrigatório. É óbvio que o básico é necessário, mas as pessoas poderiam escolher se querem estudar isso também. Você poderia estudar muito para ser médico ou advogado ou simplesmente não precisaria estudar nada e sobreviver a base de meio salário mínimo se conseguisse. 
É claro que um mundo assim exige condições sociais, econômicas e políticas beeeem melhores que as atuais (no mundo todo), então imagina isso também. As escolas seriam obrigadas a melhorar seus serviços, estrutura e propaganda para atrair alunos que poderiam escolher entre estudar ou não. Programas como o Bolsa Escola ou Bolsa Família seriam somente para pessoas que realmente - realmente - não pudessem se sustentar. Os outros precisariam trabalhar e se esforçar, mas até o trabalho mais simples teria um salário justo e humano. E as pessoas que preferissem não estudar e não saber como as esponjas se reproduzem, não seriam olhados com desprezo, mas seriam vistos como pessoas que fizeram escolhas diferentes durante a sua busca pela felicidade.
Mas isso é uma utopia. Isso exigiria uma mudança tremenda na sociedade e eu não preciso de gente nos comentários dizendo como a escola é importante para a sociedade (mas seria legal se vocês me explicassem porque a gente estuda reprodução das esponjas). De qualquer jeito, estudar coisas que você vai esquecer logo depois ainda é obrigatório, não só pela lei, mas pela sociedade (é, eu tô falando da sociedade, me chamem de clichê). Porque se você não estudar "não vai ser ninguém na vida" e que fique anotado que a vida não é uma busca do estado de "ser alguém", mas uma fuga do estado de "não ser ninguém". Logo você precisa forçar sua mente por 14 anos de escola e 4 anos de faculdade porque ter tirado 10 naquela prova sobre estequiometria - alguém aqui formado sabe me dizer o que diabos é isso? - te faz melhor do que o garoto burro que tirou 3. Porque você será um advogado, um médico ou até mesmo quem sabe um ator de sucesso, um pintor famoso, um jornalista internacional e o garoto que tira 3 vai - como diria minha professora de português - para uma faculdade particular medíocre ter um emprego ruim e isso te faz melhor do que o garoto em questão. Mesmo que ele seja mais feliz que você. Quem precisa de felicidade quando se é bem sucedido?

Texto escrito por uma aluna de 2º ano exausta, que sabe o nome de todos os estados do país e sua capital e sabe a fórmula de Bhaskara em 05/11/2013.

Boa noite, senhoras e senhores, começa agora o lançamento oficial das novidades de fim do ano de 2013 aqui no blog. Na verdade, isso resume-se basicamente em divulgar - finalmente - o nome da 3ª edição do Diário de Bordo aka o especial mais popular do blog já que acontece durante todas as férias. O do ano passado se chamava "Você pode fazer qualquer coisa" e o desse ano "Make it magical".
Eu tentei traduzir esse título de muitas formas, mas não consegui mesmo. Eu queria que ele dissesse exatamente isso e uma tradução mais exata seria "faça isso mágico" (cadê o brilho? cadê o glamour?) já que define mais ou menos o ano que eu tive.
No Diário desse ano, eu vou falar muito sobre a fase final de preparação do meu primeiro livro, uma parte inclusive vai ser dedicada totalmente à produção do book trailler - que eu já sei como vai ser, mas vou precisar separar pelo menos 2 dias para fazê-lo.
Além do Diário de Bordo, no fim do ano nós temos a segunda edição do "Entrevista comigo mesma" que esse ano vai incluir uma retrospectiva em si. E é claro, o último capítulo desse ano de As Crônicas de Kat, o Capítulo 4: "Sophie's Choice" que sai dia 30 de novembro. Tecnicamente deveriam ser 2 capítulos, mas como dezembro é o mês em que sai "Mais uma vez" e eu não quero que nada ofusque a estreia do livro (até porque eu preciso vender né minha gente, Demi Lovato tá vindo aí), e também não quero que esse seja outro daqueles meses em que ninguém quer comentar ACDK (presumindo que novembro não vai ser um desses meses).
Enfim, por enquanto é isso. Logo, logo vocês vão ouvir mais. E sobre Mi Totentanz, vai sair no sábado dia 9/11 - aniversário do Pierre.
Ily.
G.