Já leu um livro tão intenso que por um momento você teve que fechar os olhos respirar fundo e dizer "WOW"?
Park é o filho de um casal amoroso: seu pai trouxe sua mãe da Coréia quando saiu do exército, depois de se apaixonar por ela e se casar escondido. Vive em uma casa confortável e tranquila com um irmão mais novo, tendo sido criado por uma mãe que preza meiguice e odeia palavrões. O menor da família, ele tem olhos verdes e características asiáticas suficiente para ser considerado mestiço. Já Eleanor se considera enorme em vários sentidos. Desengonçada, ela é ruiva e cheia de sardas, com olhos muito escuros. Vem de uma família complicada, de com quatro irmãos, que se complicou ainda mais quando sua mãe resolveu se casar com Richie, um bêbado agressivo que se acredita dono do mundo. Apesar de amar muito sua mãe, Eleanor odeia a forma como ela age em relação a isso e não acredita que as coisas possam mudar. Um dia Eleanor se muda para perto de Park e ela acaba tendo que se sentar com ele no ônibus escolar e a ida e volta da escola todos os dias acaba provocando alguma coisa...
Enquanto eu estava lendo, toda vez que alguém me perguntava que tipo de livro Eleanor & Park é eu dizia algo como "é tipo um livro do John Green".  A capa do livro, aliás, tem uma citação do John que diz que "Eleanor & Park me lembrou não apenas de como é ser jovem e apaixonado por uma garota, mas também de como é ser jovem e apaixonado por um livro". Mas para explicar o porque da minha constante comparação entre este livro e os livros do John, eu vou citar a própria introdução da edição brasileira na orelha do livro, que o definiu "engraçado, triste, sarcástico, sincero e, acima de tudo, geek". O livro é cheio de um humor único, citações épicas e críticas sociais sutis que te fazem pensar por horas e criar uma opinião sobre coisas que você nunca tinha pensado antes. É comum se colocar no lugar dos personagens e imaginar qual deve ser a sensação deles.
Sem falar na arte. E&P é realmente bem geek com todas as músicas e os gibis. "Começam a conversar, enquanto dividem quadrinhos de X-Men e Watchmen. E nem a tiração de sarro dos amigos e a desaprovação da família impede que Eleanor e Park se apaixonem ao som de The Cure e Smiths." (orelha). Apesar de eu nunca ter lido esses quadrinhos ou ouvido essas bandas, não são eles em questão, é o que eles representam. "Ele sabe que vou gostar de uma canção mesmo antes de eu tê-la ouvido." (página 301).
Eleanor & Park se tornou uma das melhores leituras que eu já fiz na vida, e eu com certeza preciso de mais livros da Rainbow no Brasil.
G.

P.S.: Como vocês sabem, eu tô sem post nos rascunhos, mas estou escrevendo ACDK (que deveria sair amanhã, mas...) e planejando um monte de coisa para o Especial de Abril desse ano (*todo mundo entra em desespero*).