Olá! Feliz 2015! Como sempre, o primeiro post do ano acontece alguns dias depois do ano novo, mas para ser sincera o ano só começou de verdade para mim hoje: nos últimos 5 dias eu ainda estava em clima de festas. Enfim, como foram os primeiros dias do ano de vocês? Eu fiz um monte de coisas do dia 31 até agora, e é mais ou menos para isso que serve este post. Nele também, falarei das minhas resoluções de ano novo (não coisas que eu quero fazer, muito pelo contrário). SÓ QUE ANTES DISSO, deixa eu explicar uma coisinha:
No dia 31, o post de retrospectiva - que seria apenas um resumo dos meus livros lidos em 2014 - deveria ter sido postado depois das 22h e antes das 00h como é tradição. Isso não aconteceu porque, como eu vou explicar melhor neste post, eu fiquei sem energia elétrica grande parte da tarde e praticamente a noite toda daquele dia, logo, o post não terminou de ser escrito. No dia 1º, eu perguntei qual post vocês preferiam ter primeiro: a retrospectiva, ou o post sobre o ano novo. Apenas a Mar respondeu e pela resposta dela, eu me senti livre para postar isto primeiro e a retrospectiva depois. Depois de alguns dias, entretanto, eu percebi que estava com muita má vontade em relação a terminar o post da retrospectiva. Eu prefiro mil vezes seguir falando do ano de 2015 que já começou lindamente. Mas antes disso, não deixarei vocês no escuro e postarei aquele pequeno resumo do ano no blog, que tivemos nas edições retrospectivas de 2012 e 2013:

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Como vocês podem ver, apesar de ter tido praticamente um terço do número de views de 2013, 2014 foi o ano com o maior número de comentários - o primeiro ano em que o número dos comentários chegou aos 3 dígitos. Claramente, isso é um caso de qualidade acima de quantidade. Ah, se vocês queriam saber quais livros eu li em 2014, podem encontrar na minha conta no Skoob. Foram 70 livros no total (o Skoob diz 68, mas é porque 2 deles foram vira-viras), e, apesar de não ter meta para este ano, eu espero ler pelo menos o mesmo número de livros, apesar de achar que aos poucos o tempo para mim se tornará artigo de luxo. - no momento, eu estou presa a dois livros que já estou lendo há um tempinho e desde o início do ano, não parei para lê-los sequer uma vez.

Auto-explicativa.

Como, aparentemente, minha vida agora é vida de nômade, eu também não sabia o que faria na virada do ano até o dia 30. Só que dessa vez eu tinha mais de uma opção: a dona da casa que eu estou faria uma festa e alguns membros da minha família, que antes estavam em São Paulo, estariam aqui no Rio e fariam a ceia de Ano Novo tradicional. Escolhi ficar com a família, porque o pessoal de fora estaria aqui e seria legal se nós passássemos todos juntos.
Então, no dia 31, eu precisava muito escrever o post da retrospectiva. O plano era fazer isso o dia inteiro, me arrumar e ir para a igreja às 19h e como o culto de lá termina às 22h, terminar de escrever o post na ceia e passar a virada com a família. Só que me chamaram para sair no meio da tarde e a superconfiante aqui, achou que já tinha escrito o suficiente e conseguiria continuar depois. Voltei do shopping às 15h e fui direto escrever, mas antes que pudesse começou uma tempestade e a energia caiu, levando junto a internet.
A chuva durou mais 30 minutos, mas a luz não voltou. Eu fui arrumar minha mala para a noite fora e em seguida terminar o livro Staying Strong da Demi Lovato para chegar a 70 livros. Fiquei sabendo que várias árvores haviam sido derrubadas em Bangu, bairro onde eu estou e por isso o bairro inteiro estava sem luz, incluindo minha igreja. Fui tomar banho e me arrumar, então. Vocês tem noção do que é depilar suas pernas usando apenas a lanterna do celular? Eu levei pelo menos uma hora e meia só nesse serviço. Depois eu tive que lavar e desembaraçar o cabelo e fazer a maquiagem (ok, foi apenas lápis de olho, mas o Ano Novo é uma das únicas ocasiões em que eu uso lápis de olho, então considerem isso uma superprodução), apenas com a lanterna do celular também. Fiquei pronta 10 minutos antes do culto, mas nossa carona demorou e como táxi também leva anos para passar no dia 31, nós acabamos indo direto para a casa do meu tio (aquele que, na verdade, é filho da prima da minha bisavó e cunhado da minha tia-avó).
Chegando lá, também não tinha energia, apesar da casa do meu outro tio, onde eu dormi, que fica a um quilômetro dali, ter. Era cedo, então eu tinha fé de que a luz podia voltar antes da meia noite. Depois de um tempo, foi necessário que fossem até a casa que tinha luz e eu fui junto para poder entrar na internet e avisar às pessoas porque eu estava desaparecida desde às 3 da tarde (e todo adolescente sabe como é, quando a gente some da internet, é como e tivesse sumido da vida). Ficamos lá até depois das 22h e a luz ainda não tinha voltado na casa onde aconteceria a ceia, então eu avisei pelo Facebook que não teria post. Lá pelas 23h, finalmente fomos para a ceia.

Foi assim que nós iluminamos a ceia.

Primeiramente, eu queria dizer que esse foi o melhor ano novo da minha vida. Não algum motivo específico, apenas porque eu pude perceber o tipo de pessoa que eu sou agora. Eu ficava fazendo comparações com o réveillon de 2014 e eu estava tããão chata. Eu estava irritada pelos motivos errados, acabando com a virada de todo mundo e para piorar a situação, logo depois que o ano virou eu passei mal e fiz todo mundo voltar cedo para a casa. E ainda achava que podia reclamar por não ter visto a bola descer no ano novo de NY - eu sempre fico extremamente brava comigo mesma quando lembro disso, quer dizer, eu sei que eu estava bem no meio da depressão, mas não justifica. Por isso eu peço as mais sinceras desculpas a todo mundo que eu fiz me aguentar no réveillon de 2014.
Enfim, este ano eu não me importei tanto ao saber que passaria a virada do ano sem luz. Quer dizer, seria uma experiência nova e única. E eu até poderia perder o momento do ano novo em NY outra vez, mas isso não seria um problema tão grande. Temos réveillon todos os anos então eu não preciso fazer as mesmas coisas todos os anos, certo? Passar o ano novo com a minha família já era tradição o suficiente. E foi justamente a família que compôs a magia da noite. Minha prima (em segundo grau) que mora em São Paulo veio passar alguns dias aqui e junto com minha prima aqui do Rio, a família daqui e uma parte da família da Bahia, nós passamos a noite inteira contando piadas, histórias antigas, coisas que ninguém sabia e rindo de besteiras. Foi perfeito. Oramos na virada e depois fomos ver os fogos. Eu coloquei meu celular para despertar à meia noite já que não tínhamos noção do tempo sem a TV ligada e ele tocou New Romantics da Taylor Swift assim que o ano virou.
Fomos para onde íamos dormir às 2h30 e a luz ainda não tinha voltado (mas ela voltou às 3h e o pessoal daquela casa pode dormir em paz - se você mora no Rio sabe o quanto energia elétrica é importante para dormir no verão). E eu acabei vendo a bola descer no ano novo em NY, graças ao Snapchat (o meu é hurtsjustright, btw), que junta vídeos postados pelos usuários em ocasiões especiais.
Eu só fui dormir às 4h, em um colchão na sala, que era o único espaço disponível na casa. Meu tio me encontrou quatro horas depois, deitada totalmente no chão, que estava mais fresco, e isso acabou virando a piada do dia. Ele arranjou um lugar para mim no quarto e eu arrumei um espaço, onde dormi mais quatro horas e acordei às 12h. Resumo do dia 1º: comemos o resto da ceia (tradição nacional né), conversamos bastante e então fomos à Lagoa Rodrigo de Freitas ver a árvore de Natal da cidade. Foi lá que minha prima de SP tirou fotos desse calibre de sua câmera semi-profissional e eu roubei quase todas:

Isso tem zoom. Eu preciso de uma câmera assim.
Depois eu passei na casa onde minhas coisas estão para pegar mais roupas e nós voltamos para casa às 23h. Eu fui a primeira dormir, mas só depois da meia noite, naturalmente (não sei se sou só eu, mas nos primeiros dias do ano, eu só consigo dormir depois da meia noite).
Dia 2 eu esperava ter tempo para escrever, mas eu dormi demais e quando acordei nós começamos os planos para que pudéssemos sair. A ideia era ir para o Arpoador passar algumas horas na praia e talvez ver o sol se pôr junto com metade da cidade, aparentemente. Apesar de ter carro, nós preferimos ir de trem e metrô porque não sabíamos direito como chegar lá e de transporte público na verdade é mais fácil. Nós levamos mais tempo na viagem de trem do que passamos na praia e inclusive passamos pelo trem que ficou parado na estação de São Cristóvão graças ao calor e tinha muita gente passando mal lá.
Passamos a viagem toda rindo e falando alto e irritando todo mundo na condução, mas ser o grupo mais feliz do trem não diz muita coisa, porque se você quiser ver o lado não-caloroso, não-animado ou não-gentil do carioca, tudo que você precisa fazer é andar de trem no Rio de Janeiro. Não existe nenhum lugar no universo com mais gente depressiva por metro quadrado, literalmente. Todo mundo parece meio morto. Mas, enfim, nós chegamos a Ipanema. O Arpoador estava meio longe e nenhuma de nós quatro estava disposta a ir andando, então paramos na praia de Ipanema mesmo e ficamos na areia aproveitando o sol. Ficamos lá até um pouco depois do sol se pôr, e depois de ir ao shopping comer (nessa noite eu, pela primeira vez na vida, comi um sanduíche do Subway de livre e espontânea vontade - eu já tinha comido antes, mas foi a força), nós voltamos pra casa e ficamos acordadas até às 3h.

Essas somos nós aquele dia. Só eu e minha irmã não estávamos de biquíni. Eu sou a mais esquisita da foto, naturalmente.
No dia 3, nós fomos ao meu shopping preferido passear um pouco. Chegamos cedo e mesmo que eu tivesse certeza de que ficaríamos lá até o shopping fechar, ninguém acreditava em mim. Nós passeamos, fizemos compras, nos frustramos por não ter dinheiro para comprar o que queríamos, tomamos café gelado, entre outras coisas. Eu estava certa, entretanto, e depois de andar muito, de comer muito e de ficar com MUITA dor nos tornozelos, nós fomos embora depois do shopping fechar e alguns minutos antes que a praça de alimentação fechasse.
Dia 4, eu finalmente voltei para casa que eu estou oficialmente (eu realmente preciso criar códigos de nomes para as casas nas quais eu ando me movendo, chamemos esta de Casa Matriz porque é onde tudo que eu trouxe para a viagem está), e comecei a escrever esse post, mas não consegui terminar. Ontem, dia 5, eu o terminaria, mas me chamaram para ir para o shopping e eu corri para a oportunidade, mesmo que não tivesse mais dinheiro. Depois fomos para a igreja curtir o culto dos jovens. Hoje, eu finalmente sinto como se meu ano tivesse finalmente começado. Passei o dia inteiro escrevendo isso, terminando a temporada de uma série e pensando o quanto eu quero passar a noite de hoje e o dia de amanhã inteiro lendo (quinta-feira eu já tenho compromisso outra vez e não posso planejar fazer nada em casa).

Gif aleatório porque eu não tenho fotos boas para colocar aqui, mas sentia que esse post precisava de uma pausa.
Desculpem, foi o Bing que achou esse gif.
Antes de ir relaxar, entretanto, eu quero falar sobre minhas resoluções de Ano Novo. Eu não queria ter resoluções de ano novo. Em 2013-2014 eu disse que não faria metas para o ano novo, porque aí o que viria seria lucro, e o que eu perdesse não me decepcionaria. Eu perdi partes importantes da minha vida em 2014 (incluindo, minha mãe), mas ainda assim eu admito não foi o pior ano de todos, porque eu aprendi muito com as perdas que sofri, soube lidar com uma situação complicada e ainda por cima tive muitas coisas que eu considero bençãos (fui ao primeiro show da minha vida, viajei muito para cidades diferentes, estreitei meu relacionamento com meus amigos, superei a depressão). Então eu resolvi que em 2015 seguiria a mesma filosofia: nada de planos. Ao contrário de estabelecer metas malucas que só vão me fazer me sentir um fracasso quando eu não consegui completá-las, eu pretendo apenas agarrar toda e qualquer oportunidade possível de fazer coisas que me façam bem. Porque ao fim de 2015, eu não quero pensar em todas as coisas que eu não consegui fazer, eu quero pensar em todas as coisas que eu fiz. Aí eu percebi que resolver não fazer planos É uma resolução de ano novo.
E depois de pensar um pouco nisso, eu cheguei a conclusão de que seria um pouco hipócrita continuar com a Lista de coisas que eu quero fazer antes de entrar na faculdade e me tornar oficialmente uma "jovem adulta" que eu inventei na Parte 2 do Diário de Bordo 4. Quer dizer, eu já volto de viagem dia 20 (passarei outros quatro dias em Salvador, by the way) e ainda não fui na Biblioteca Municipal, mas e daí? Eu vi o sol se por em Ipanema, e inclusive consegui ouvir as palmas do pessoal que estava em cima da pedra do Arpoador. Então essa lista está extinta. Menos listas de coisas a fazer e mais listas de coisas feitas, certo?
Outra coisa, chega de projetos novos para o blog antes de completar os já começados. Eu sei que já tinha dito isso antes, mas sério, agora eu só vou divulgar qualquer coisa que eu inventar para o blog depois que estiver completamente pronto. Isso quer dizer que chega dos "contos que nunca foram postados", como Infelizmente, Rio, eu te amo e Mi Totentanz que eu prometi em 2014 e 2013, respectivamente, e acabei nunca conseguindo escrever. Eu andei lendo os posts que tinham projetos e ideias para 2013 e para 2014 e fiquei meio deprimida com como 90% dos meus planos deram certo. Por isso chega, vamos começar 2015 de uma forma completamente diferente. Alguém ansioso aí?

G.