Este ano eu notei muita gente me julgando por um fato que está incutido na minha vida desde que eu era um bebê: eu prefiro meu aniversário ao Natal. Ninguém - e eu repito ninguém - que eu conheço gosta de aniversários tanto quanto eu (na verdade, a maioria das pessoas que eu conheço nem gosta de fazer aniversário) e por isso ninguém entende e todo mundo se irrita quando eu começo a falar do meu aniversário três meses antes. Então antes de falar como eu comemorei o dia 18 de fevereiro (meu aniversário), eu quero falar sobre porque esse dia é o meu preferido do ano: é o único dia do ano em que tudo pode ser sobre mim. Ok, isso soou bem egoísta, mas é quase isso. 18 de fevereiro é o único dia do ano em que é socialmente aceitável ser egoísta. Agora parece que eu sou uma pessoa horrível... Como eu vou explicar? Eu sou desesperada por atenção e esse é o único dia que as pessoas me dão? AINDA NÃO É ISSO. Ok, voltando a primeira frase e explicando tudo de novo: meu aniversário é o único dia do ano em que tudo pode ser sobre mim. Mas não é que eu queira que tudo seja sobre mim. Nos aniversários das outras pessoas eu também quero que tudo seja sobre eles e que eles tenham os melhores dias. A questão é que o nosso aniversário é aquele dia do ano, aquela vez, aquela momento dedicado apenas a você. E eu acho isso incrível, sabe, ter 24 horas em um ano dedicado a existência de uma pessoa. Sim, eu acho que é isso. É por isso que eu gosto não só do meu aniversário, mas de aniversários em geral.

Minha irmã fez isso na parede do meu quarto, para mostrar algumas mensagens que mandaram para ela mostrar pra mim.. Já faz 4 dias, mas tirando os balões, ainda está tudo lá.
Então, cinco dias atrás foi meu grande dia. Eu fiz 17 anos e disse para todo que me perguntou como é que é tipo ter 18 anos, mas não necessariamente. Isso faz algum sentido? Bem, no exato momento em que escrevo isso eu estou usando meu gorro de vaquinha e nem está frio ou eu estou em um bad hair day é simplesmente porque eu encontrei ele no guarda-roupa e senti vontade de usar, então, claramente os 17 anos não me fizeram mais madura. As únicas mudanças que eu sinto que aconteceram desde que eu tinha 16 anos já haviam acontecido antes de eu fazer 17 e era isso que estava me deixando quase desesperada para fazer 17 anos de uma vez. Porque eu sinto que esse post não está fazendo o mínimo sentido? Vamos simplesmente pular para a parte em que eu falo sobre o que aconteceu no dia 18 e paro de filosofar sobre aniversários e idades, ok?
Eu sempre fico acordada até a virada do dia 17 para o dia 18, mesmo que saiba que ninguém vai me mandar mensagem à meia-noite e que eu não nasci à meia-noite. Este ano foi especialmente esquisito porque eu queria postar o vídeo exatamente à meia-noite, todo mundo já tinha ido dormir e no meu quarto o WiFi não pega, ou seja, precisei ficar no quintal com os mosquitos me comendo viva e morrendo de frio (meu aniversário foi um dia excepcionalmente frio na cidade em que eu moro). Eu postei o vídeo, aceitei que ninguém me mandaria mensagem a meia-noite e corri de volta para o meu quarto. Então eu achei um lugar onde o WiFi pegava no quarto (e ainda assim só pelo meu notebosta), passei algumas horas perturbando no Twitter, adiantei a leitura do livro que estava lendo (Anexos da Rainbow Rowell), aí desliguei o notebook passei algumas horas ouvindo MisterWives (abri esse parêntese para falar sobre MisterWives, mas eu não vou falar sobre MisterWives agora, quero fazer um post sobre eles depois - mas se você me conhece e ainda não ouviu falar deles, se considere com muita sorte), escrevi no meu diário, ajustei o despertador para as 7h e fui dormir. Às 4h da madrugada.
Eu sempre durmo pouco no meu aniversário, então eu realmente acordei às 7h (okay, 7h30) e fiquei lendo na cama até uma hora mais divina para acordar minha irmã para a gente sair antes do almoço com meu pai. Minha irmã teve a ideia de pedir para amigos e conhecidos para juntar dinheiro para comprar um notebook novo para mim de aniversário. Todo mundo doaria o que pudesse e a gente juntaria para comprar o notebook que estivesse de acordo com o preço doado. Não deu muito certo comprar no dia 18 porque nem todo mundo que prometeu havia enviado (desvantagens de fazer aniversário do carnaval, nada funciona nesse país) e porque todo notebook que a gente viu por menos de mil reais tinha algum defeito (o CCE, mais barato por ser do mostruário, faltava uma tecla e o Philco que me apaixonei vinha com Linux). Então agora nós estamos esperando juntar mais dinheiro para tentar comprar um notebook melhorzinho mês que vem (o que significa que meu plano oficial de estar com o livro todo organizado e pronto para a correção ortográfica até 15 de março foi pro beleléu).
De qualquer forma, eu saí com minha irmã de manhã e nós fomos ver os preços. Como a busca foi infrutífera, voltamos para casa cedo e esperamos meu pai chegar e me levar pra almoçar. Ele chegou lá pras 11h com meus dois primeiros presentes do dia: o estojo com os perfumes Day & Night da Capricho (presente do meu pai) e o livro Fugindo para a Liberdade (presente da namorada do meu pai - depois ela me disse que queria mesmo me dar a edição especial d'O Diário de Anne Frank, mas não achou em lugar nenhum). Então saímos para almoçar. Depois disso, eu fiz meu pai dirigir pela cidade até onde me disseram que tinha um outdoor com foto minha. 90% das escolas de Ensino Médio costumam fazer alguma propaganda quando um aluno é aprovado em uma faculdade - a escola em que me formei não foi diferente, mas como moro em uma cidade pequena, e estudei em uma escola popular, essa propaganda acabou sendo alguns outdoors pela cidade. São pelo menos uns vinte de todo mundo e de acordo com as fontes, eu estou em 3 ou 4, mas só vi dois até agora, um até perto da minha casa.

Eu sendo o *adicione o nome de um muppet laranja aqui*
O resto do meu aniversário foi o mais legal: voltei pra casa, terminei o livro que estava lendo e então me arrumei para o passeio com meus amigos. Eu passo meus aniversários passeando por shoppings desde 2011, é uma tradição que eu não quero quebrar jamais. Dessa vez eu chamei 5 colegas meus para o passeio, mas só 3 puderam ir. Como o shopping daqui não é o mais cheio de entretenimentos do universo, sugerimos que nós fôssemos ao cinema, mas também não estava passando nenhum filme interessante e nem eu estava muito afim de ir, ou seja, acabamos não indo. Fomos no parque, andamos, procuramos garrafas de Coca-Cola com nossos nomes no supermercado, fomos na livraria e comemos no Subway. Minha amiga fez um cupcake com letrinhas de granulado e quando deu exatamente 20h todos nós gritamos e eles cantaram parabéns pra mim no meio da praça de alimentação. Eu também ganhei uma nova máscara de dormir (o que foi ótimo porque a minha antiga está com o elástico relaxado) e um porta-retrato cor de rosa - ambos da mesma amiga que fez o cupcake. E ainda tenho presentes para receber (tem uma caixa de coisas vindo de Salvador *_*).
No fim, a única coisa que me deixou chateada sobre meu aniversário foi o fato de eu estar com o apetite péssimo e meio ansiosa aquele dia. Não sei porque, mas essas mudanças de humor são bem frustrantes pra mim. De qualquer forma, foi um dia incrível e nada pode mudar isso.
G.

P.S.: Eu sinto muito pela demora em postar. Expliquei na página como pretendo postar essa semana e espero conseguir compensar vocês. O próximo post é o último do Diário de Bordo 4 e será sobre minha primeira semana de aula na faculdade.