OLÁ, BRASIL! Como anunciado e prometido, este é o segundo da série de 3 posts sobre a Bienal do Livro de 2015 - primeiro pós-Bienal. A viagem toda foi tão maravilhosa que vocês podem esperar por dois posts cheios de felicidade e amor. Eu me encantei ainda mais pela Bienal do Rio este ano do que em 2011, primeira vez em que fui. O evento superou todas as minhas expectativas e olha que elas já eram bem altas. E aparentemente superou as expectativas da mídia também, já que houve certa surpresa com o número de visitantes e com o crescimento de 18% nas vendas em comparação a 2013. Como eu disse no pequeno resumo que postei no Instagram, foram 3 dias, 4 autógrafos, 13 livros, 16 ônibus, 50 marcadores (apesar de que olhando parecia ser um número bem maior) e 100 fotos (mesma coisa, eu senti que tinha tirado muito mais - mas isso é meio que bom, porque eu não poderia postar todas as fotos). Eu encontrei 3 autores, só entre os que eu leio, porque entre os que só tinha ouvido falar foram dezenas. Mas eu vou falar de tudo dia por dia, vamos começar em ordem cronológica.
No primeiro dia, ou seja, dia 10 (este post será no estilo dos do Diário de Bordo, então pode ficar um pouco descritivo) eu fui com minha prima e precisei acordar às 6h30 porque o lugar em que eu fiquei hospedada era beeem longe do Riocentro (centro de convenções onde acontece a Bienal do Rio todos os anos) e eu queria curtir desde o começo. Eram 3 ônibus na ida e 3 ônibus na volta, mas apesar de pegá-los cheios e ter enfrentado diversos engarrafamentos (rush matinal, etc), no primeiro dia eu estava animada e ansiosa demais para me importar. Cheguei ao evento às 10h20 (de segunda a sexta o evento começava às 9h) e como já tinha o os ingressos na internet, entrei e fiquei esperando por minha prima lá dentro. Tudo feito, eu comecei a explorar.

Todas as fotos deste post especificamente foram tirados pela minha talentosíssima prima, Larissa.
Eu sempre começo pelos lugares que eu considero mais importantes, antes de explorar tudo, porque não sou nada boa em conter ansiedade para ver tudo com calma. Os estandes mais populares da Bienal do Rio ficam no Pavilhão Azul (o que é algo que eles vão ter que mudar aos poucos se o público continuar a aumentar a cada ano) (o Riocentro tem 4 pavilhões, se eu não me engano, mas para a Bienal são usados 3: o Azul, o Verde e o Laranja) e são sempre os mais cheios, mas também os mais interessantes, então é óbvio que eu comecei por eles. Este ano a maioria das editoras estava com 20% de descontos nos livros em seus estandes oficiais e como comprar livros nos estandes das editoras é BEM mais legal, eu aproveitei que era meu dia de fazer pesquisas de preço e fui fuçar todas atrás dos melhores preços e das melhores promoções. Não fui decepcionada, com raras exceções os preços estavam muitos bons - não ótimos, mas dadas as circunstâncias já tava bom demais. Até o estande da Rocco, que foi minha frustração nos dois últimos anos de Bienal estava muito satisfatório. (Eu até tive uma ataque de fangirl porque tinha 3 livros da Margaret Atwood - autora de Oryx e Crake - lá e eu não estava esperando por isso).
Comecei a anotar valores e fazer comparações, porque já que tinha deixado minha wishlist em casa, precisava fazer uma nova de acordo com os preços e com o eu queria e podia comprar lá. Aproveitei também para pegar muitos marcadores já que tinha prometido que ia levar para quem ficou em casa. Eu não tinha muito além do conhecimento de território planejado para o dia 10, então o dia basicamente se resumiu em conhecer os estandes - e aproveitar para tirar fotos no Trono de Ferro e em outros espaços legais. Estava tudo muito cheio, principalmente com crianças nas visitas escolares, mas não de uma forma insuportável: uma coisa que me surpreendeu positivamente é que apesar de o público ser bem maior, não houveram os mesmos problemas da Bienal de 2013, que teve direito a pisoteamento no dia dos autógrafos com o Nicholas Sparks. A nova organização de alguns auditórios e salas de autógrafo, além da Central de Distribuição de Senhas ajudou e muito no que diz respeito à superlotação e organização (por isso eu disse que se o evento continuar crescendo, serão necessárias mais mudanças nas localizações, já que não existe um centro de convenções melhor para a Bienal que o Riocentro). A organização da Bienal do Rio merece todo respeito e parabenização do mundo por isso.
Fui com minha prima em quase todos os estandes dos três pavilhões e eu, particularmente, achei que os estandes estavam mais simples do que os dos últimos anos, com foco exclusivo nos livros e sem muito entretenimento. Ainda estavam lindos, mas por exemplo, em 2013, o estande da Companhia das Letras (grupo editorial da editora Seguinte) tinha uma arara de vestidos d'A Seleção disponíveis para quem quisesse tirar fotos (eu ainda não tinha lido A Seleção na época, então não tirei) e este ano nenhuma editora grande tinha nada do tipo, exceto a Leya, com o Trono de Ferro, que tinha filas enormes para foto. Porém, marcador de graça (porque em muitos estandes você tinha que comprar pelo menos um livro para ganhar marcador) era algo que teve em uma quantidade bem maior que nos últimos anos.
Eu sinto que é bem chato ir comigo a esse tipo de evento, porque eu sou ansiosa e apaixonada pelas coisas mais estranhas possíveis. Também to sempre fangirlando e apesar de não gritar de verdade aquele meme do *screams internally* resume minha existência. E falando em fangirlar, foi também no primeiro dia que eu acabei encontrando um autor e ilustrador que eu admiro pacas e completamente sem querer. Eu sabia que a editora dele estava lá e que ele provavelmente iria também, mas tinha esquecido completamente que existiam chances de ele estar lá até passar pelo pavilhão verde e reconhecê-lo no estande da Aquário Editorial. Estou falando do Estevão Ribeiro, escritor e criador da página Hector e Afonso - Os Passarinhos no Facebook. Eu venho admirando esse cara desde o começo de 2014 e tinha até alguns dos livros dele na wishlist, mas não consegui encontrar nenhum. Para quem não sabe, eu sou completamente apaixonada por páginas e blogs de tirinhas e uma que é sobre um passarinho que é escritor me encantou completamente logo de cara. Eu até já coloquei tirinhas dele em dois posts aqui do blog: O guilty pleasures (que é sobre fazer personagens e leitores sofrerem) e o 60 razões para escrever. Então, após reconhecê-lo, eu passei alguns minutos lutando contra meu próprio cérebro (porque, como ficou provado nesta Bienal, eu na frente de pessoas que eu admiro me torno basicamente uma batata, que não consegue nem dizer o próprio nome direito)(eu realmente preciso trabalhar isso) finalmente pedi uma foto explicando que seguia a página d'Os Passarinhos há algum tempo. Ele então procurou algum produto d'Os Passarinhos no estande, mas como não encontrou nenhum, fez o desenho abaixo, com um autógrafo:


Eu sinto que uma das melhores partes da Bienal do Livro é justamente a chance de conhecer vários autores que você gosta em um evento só e muitas vezes pessoas cujas chances de você conhecer em outras situações são bem pequenas. Este ano em especial eu senti que o contato entre escritor e leitor foi uma das partes mais importantes do evento. Os escritores nacionais estavam em todos os cantos, dando autógrafos, divulgando seus livros, tirando fotos. E os internacionais puderam se relacionar com os leitores de uma forma bem mais organizada. O fato de que as filas em um evento sobre livros só crescem e que as pessoas agora são tão frequentemente fãs de escritores quanto são de atores e cantores me deixa muito feliz mesmo. E eu não me importo nem um pouco com essa história de que "ler virou modinha". As pessoas estão lendo! E ler é uma das poucas coisas no mundo que sempre possui algum efeito positivo, independente dos motivos que levaram as pessoas a fazê-lo.
Eu ia falar de um pedaço do 2º dia (também conhecido como o dia das compras/guerra) ainda neste post, mas ele acabou saindo um pouco maior do que eu pensava, então eu vou juntar tudo na última parte - mas não se preocupem, não vou deixar de contar nada. Vejo vocês em algum momento da semana que vem, quando eu não estiver atolada com trabalhos da faculdade ou estiver procrastinando os mesmos.
G.