EU TO EXAUSTA. Essa semana está sendo completamente louca e cheia e não fiz nem a metade do que preciso fazer porque ninguém nesse universo colabora, especialmente eu. Eu tenho um monte de compromisso fora de casa, 33893344374 ligações para fazer, textos da faculdade pra ler, trabalhos para fazer, livros pra terminar de ler, consultas médicas, séries pra colocar em dia e eu ainda planejei 3 posts até o dia 29, que obviamente já caíram para 2 porque sem condições. Também terei que ativar mais 5 despertadores entre o espaço de 5 minutos dos meus 5 despertadores, porque só 5 despertadores não estão mais me acordando. Uma semi-consciente Giulia tem desligado cada um deles e voltado a dormir fazendo com que a totalmente consciente Giulia se atrase pra tudo uma hora depois. Resumindo: Eu comecei a vida adulta com o pé esquerdo.
Mas esse é o fim do meu ataque de revolta: Sejam bem-vindos ao último post do Diário de Bordo 5. E olha que já era pra ter acabado, porque esse post estava agendado para a sexta, dia 19, mas como eu sou irresponsável e horrível, eu tirei o final de semana para fazer outras coisas e depois fiquei toda enrolada de coisas para fazer, é claro (mas sendo bem justa, eu adiantei bastante do capítulo de As Crônicas de Kat e eu realmente precisava tirar o domingo para ler). É estranho porque eu sinto que essas foram as férias em que eu escrevi mais, mas ainda assim - como pode ser visto na barra de marcadores aqui do lado - o DdB 5 foi a menor edição do Diário de Bordo. E se eu puder prever alguma coisa, o DdB será assim em todos os anos de faculdade: bem curtinho. E depois de dois parágrafos de introdução, vamos finalmente ao post em si.

Esse gif só tá aqui porque eu quero todo mundo bocejando
Caso você viva em uma realidade paralela onde eu não existo, eu provavelmente deveria avisar que o último dia 18 de fevereiro, quinta-feira passada, foi meu aniversário. Isso significa que faz exatamente 7 dias que eu tenho 18 anos e até o presente momento isso tem sido bem chato. Não sei exatamente o que eu esperava, mas eu sei que eu tinha certeza de que acordaria no dia 19 - meu primeiro dia de maioridade oficial - resolvendo tudo que eu tinha para fazer como uma mestre. O que eu fiz, na verdade, foi desligar meu despertador, virar para o outro lado e dormir mais. Eu não fui pra aula de Crítica Cinematográfica e como castigo perdi justamente O Iluminado, único filme de terror que o professor pretendia passar. Depois que eu acordei e descobri que eu perdi justo esse filme, eu fiquei tão brava comigo mesma que fui tentar resolver as outras coisas que precisava e até que deu tudo certo... Mas esse post não é para vocês saberem o que eu tenho feito com minha maioridade (vocês vão saber mais sobre isso depois), é para falar sobre o que fiz no dia em que a recebi de presentinho (teoricamente).
Ok, então no dia 17, eu estava um caos. Eu sempre tenho crise de ansiedade na véspera do meu aniversário porque eu me desespero tentando terminar um monte de coisa antes de mudar de idade (Não, eu não sei porque eu tenho esses tocs, mas deve ter algo a ver com o ascendente em virgem). Isso fez com que, é claro, meu estômago fosse atingindo por dores desesperadas, me deixando na dúvida se devia correr para a psicóloga ou para a gastroenterologista. Eu enviei o trabalho do dia para minhas colegas e não fui para a faculdade por medo de passar mal do outro lado da cidade. Passei o dia em casa, tentando resolver algumas coisas. No fim da tarde, meu pai chegou, como tinha prometido e levou eu, minha irmã e meus tios para o cinema. Foi legal, apesar do filme não ter sido exatamente da minha escolha. Não é como se o cinema daqui tivesse muitas opções e eu já tinha marcado cinema para o filme que eu queria ver no dia seguinte. O filme acabou umas 22h30 e eu cheguei em casa faltando 5 minutos para as 23h - ou 5 minutos para o meu aniversário, no então horário de verão.
Na Bahia o horário de verão não é mais usado, mas eu sou a única das meninas do SA que mora em um estado sem ele, então as meninas brincavam que eu teria uma hora a mais de festa. Além disso, quando deu 23h aqui, meu aniversário começou oficialmente no tablet (já que a Samsung só tem o horário de Brasília como fuso horário brasileiro), fazendo com que os balõeszinhos do Twitter já aparecessem no meu perfil. Fui curtindo isso e as mensagens que eu já ia recebendo de algumas amigas e enquanto esperava a meia noite. Aproveitei também para encher os dois balões metalizados de 40" com os números 1 e 8 que eu comprei apenas para o Instagram. Não, sério, eu comprei 2 balões com os números 1 e 8 (que inclusive ainda estão rolando no meu quarto e ficarão lá até murcharem) somente por uma foto legal no Instagram. Eu sou uma pessoa estranha, um pouco egocêntrica (eu ainda não entendo como é possível que eu não tenha um planetinha que seja em Leão) e obcecada pelo aniversário, então é óbvio que eu ia inventar uma dessas. Achei a ideia legal porque eu não só fiz 18 anos (que é uma idade importante pra mim), como eu também nasci em um dia 18 então o número 18 é realmente importante. Além disso, a foto no Instagram teve quase 100 curtidas e eu estava glamourosa pacas nela. Os balões valeram cada centavo.

Uma foto publicada por Giulia Santana (@giuliasntana) em

Quando a meia noite chegou... Eu li as mensagens das migas (melhores textões), chequei todos as redes que já estavam me desejando feliz aniversário, babei nos presentes que já tinha ganhado e fui dormir antes de 1h. De todos os meus últimos aniversários, esse foi o que eu dormi mais! Já é quase tradição pra mim, dormir às 2h e acordar às 6h. No meu aniversário de 17 anos eu dormi apenas 3 horas! No de 18, porém, a idade começou a atingir e meu plano original de não dormir por todas as 24 horas foi por água abaixo. Eu costumo odiar perder qualquer segundo do meu dia, mas quinta-feira eu estava meio "É meu aniversário e se eu quero dormir, eu VOU dormir". Além disso, eu tinha prova de manhã cedo e já que ia acordar 5h30, ia aproveitar o dia ao máximo de qualquer forma.
E eu realmente acordei cedo assim, fiz toda a minha rotina matinal corretamente, mas não me arrisquei a tomar café da manhã, por medo de pôr tudo pra fora (SPOILER ALERT: Isso deu merda). Meu pai ainda estava na cidade então ele veio me buscar e me deixou na faculdade meia hora antes do começo das aulas o que me deixou sozinha na sala por um tempo. Pode parecer chato, mas na verdade é ótimo pelo simples fato de WiFi bom. Fui lendo as mensagens que recebia e aceitando os abraços de todo mundo que ia chegando. Fiz a prova (vou admitir: de qualquer jeito. Eu não tava com cabeça pra fazer aquela prova direito e eu já tinha aceitado que ia me ferrar nela desde que soube que ela cairia justo no meu aniversário) e saí da sala um pouco. De repente, lá estava ela, motivada pelo estômago vazio: a famigerada dor no estômago.
Saber que tenho gastrite nervosa é uma bosta. Eu fico com medo de ter dor, aí eu tenho dor por estar ansiosa de medo de ter dor, aí eu tenho mais dor ainda porque eu fico nervosa por estar sentindo dor. E eu não sei me acalmar. Não interessa o que eu faça, calma e tranquilidade não são pra mim. Minha mente nunca para, o fluxo de informações e sentimentos é constante. Então quando eu sinto dor por estar ansiosa eu sinto mais dor ainda porque eu fico ansiosa por estar sentindo dor. Deu pra entender? No meu aniversário, eu comecei a sentir dor logo cedo e eu sabia que era porque era meu aniversário, mas eu fiquei chateada porque a dor ia estragar meu aniversário. Conforme as migas iam acabando a prova eu ia andando com elas e tentando me animar, mas eu tava bem murcha graças à dor maldita. Elas foram um amor e fizeram questão de dizer que meu dia tão esperado devia ser ótimo, e tentaram me ajudar a fazer a dor passar. Mas assim que eu voltei para a sala para assistir o resto da aula, eu desisti. Se eu não fizesse nada a respeito eu ia passar mal e não estaria bem para sair à tarde e à noite como tinha planejado. Deixei a aula e liguei para meu pai que foi me buscar quase meia hora depois.
Um resumo do tempo que eu passei com meu pai depois disso: Ele me trouxe em casa, mas eu estava sem a chave e não tinha ninguém aqui. Aí ele foi na farmácia comprar um dos remédios que me ajuda a melhorar da dor. O remédio realmente me ajudou, mas eu acho que o que ajudou mesmo foi o fato de que na hora e meia entre meu pai ir me buscar e minha irmã sair da aula para a gente ir almoçar, eu ter dormido a maior parte do tempo. Meu pai foi resolver mil coisas pela cidade e eu dormi no banco da frente do carro com a boca aberta e tudo. Foi maravilhoso. Que fique claro que se eu passar mais um dos meus aniversários onde eu moro, eu passarei ele dormindo. Depois do cochilo, nós fomos almoçar, meu pai comprou um tênis de malhar pra mim (que é lindo e me deixou superfeliz porque eu estava caminhando desde agosto com o tênis 2 números maior da minha irmã) e nós fomos para casa para nos arrumarmos para o resto das comemorações.

Eu nem lembrava que tinha salvo esse gif
O resto das comemorações se resumiu em: tomar milkshake com minhas primas de São Paulo e ir para o shopping e cinema com as migas (ir para o shopping é definitivamente minha tradição de aniversário, não interessa onde eu esteja, eu vou no shopping dia 18 de fevereiro). Minhas primas de São Paulo são primas minhas... de São Paulo... Ai meu Deus, eu to com muito sono. Enfim, a família que mora lá veio fazer uma visitinha ao nordeste e eu descobri na terça (16) que elas estariam aqui até a sexta (19) e como minha tarde na quinta estava livre, eu naturalmente queria sair com elas. Fomos nós quatro (eu, minha irmã e minhas duas primas) junto com os namorados das primas. Eu me entupi de milkshake porque há dias o que eu mais tinha vontade de comer era sorvete e porque aquele negócio é maravilhoso. Teve um momento que cantaram "Parabéns" pra mim e tentaram puxar com "Com quem será?", o que não deu certo porque ninguém sabe os nomes dos crushs que eu tenho. O que eu posso fazer?
Depois disso, fomos ao shopping e matamos tempo um pouco até a hora do cinema. 5 pras 19h (a sessão do cinema começava às 19h15, mas eu marquei com todo mundo às 19h porque era o horário exato em que eu completava 18 anos.) (Graças aos trabalhos com mapas astrais ano passado, eu descobri que nasci quando o horário de verão estava em vigência na Bahia, o que significa que tendo nascido às 20h, quando eu estou fora do horário de verão, eu completo anos às 19h) eu finalmente fui pra praça de alimentação, onde também fica o cinema. Comprei um cupcake só para ter um cupcake quando desse 19h porque tudo que eu fiz quando isso aconteceu foi dizer YAAAY, junto com minha amiga (oi, Vic) que estava lá também. Depois disso, a gente foi ver o filme e o resto das meninas chegaram (sim, nessa ordem) (mas não todas as meninas porque duas amigas minhas estavam doentes e teve gente que não pode/não quis ir). O filme escolhido foi Deadpool, porque era um que todo mundo concordava que queria ver. Uma coisa estranha que aconteceu é que tinha um aviso falando que gente abaixo da faixa etária indicativa do filme só poderia entrar acompanhado de parentes maiores de 18 anos. Minha irmã completa 16 anos (a faixa etária indicativa do filme) em maio e o bilheteiro fez questão de destacar que ela só pode entrar no filme porque eu estava completando 18 anos naquele dia e sou irmã dela. Até aí tudo bem, só que quando eu me sentei na sala eu descobri que tinham duas crianças entre 5 e 7 anos sentadas bem na nossa frente. Como foi que eu levei bronca por minha irmã ter 15 anos e 9 meses, mas os pais dessas crianças puderam entrar assim de boas? E eles nem ficaram no celular, ou dormiram, eles assistiram o filme todo... Ok....
Depois disso, a gente foi direto pra casa porque tinha aula na manhã seguinte. No geral, foi um dia bom. Foi o melhor que eu podia esperar com tudo e eu fiquei feliz por ter conseguido fazer tudo que eu queria fazer. Mas o esquisito é que pela primeira vez eu realmente senti uma mudança de perspectiva no meu aniversário. Não magicamente às 19h do dia 18 de fevereiro, como eu tinha falado, mas ao longo do mês, como eu sabia que ia acontecer. Eu já me sinto diferente, o que chega a ser chato porque eu pensei que as mudanças súbitas tivessem acabado em 2015. De qualquer forma, como eu não posso explicar exatamente quais mudanças aconteceram (eu tenho consulta na psicóloga amanhã pra isso), eu vou fechar o post falando sobre qual realmente foi a melhor parte do meu aniversário. E eu posso ser sincera com vocês né? Foram os presentes. Se tem uma coisa que foi incrível nesse meu 18ª dia de nascimento, definitivamente foram os presentes. Foi meu melhor ano de presentes de aniversário da vida! Todo mundo parece ter acertado direitinho! E eu adoro ganhar presente. Não posso nem fingir que não é a melhor coisa do universo porque é sim! Eu ganhei coisas que eu pedia e coisas que as pessoas sentiram que combinavam comigo (e acertaram!). Ganhei coisas feitas pelas mãos também e até os textões, que eu também considero presentes. Não vou falar de um por um ou vai virar bagunça, mas eu quero falar de um muito importante que eu quis apresentar aqui antes de em qualquer outro lugar, porque é meio que sobre o blog:

TA-DAH
Minha amiga Bárbara (a que eu vivo culpando por meu vício em Jessica Jones e Doctor Who), personalizou uma caneca pra mim com a logo do blog! Eu to muito apaixonada, virou minha caneca oficial pra usar enquanto estou escrevendo. E eu to tomando o triplo do cuidado normal, porque da última vez que eu ganhei uma caneca legal eu quebrei a asa dela com menos de um mês. (sim, foi aquela que eu ganhei no natal). Acho que é isso. Não lembro de mais nada pra dizer, o que pode ser porque eu estou cheia de sono.
Eu voltarei, bem em breve.
E o Diário de Bordo volta no fim do ano, em sua sexta edição.
G.