O título do post é uma referência a música do link. Se você não conhece a música do link, conheça a música do link. Sério. Olá, universo. Como vão vocês? Este foi um post surpreendentemente complicado de escrever. Eu tenho andado assustada com tudo e prendendo a respiração para caso algo dê errado, então eu tinha prometido que só escreveria ele quando tudo desse certo. Deu. E então eu entrei em uma negação profunda, com a sensação de que tudo ia desabar sobre mim. Preciso compartilhar as novidades e queria fazer isso enquanto ainda é março, mas não consigo acreditar que as novidades são reais. Elas parecem loucas demais para ser reais, e ainda assim eu tenho um documento assinado com a minha letra afirmando que são reais sim, muito reais mesmo, mais reais do que quero aceitar... E oops, acabei de perceber que pra quem não estava sabendo de nada isso pode parecer que eu assinei contrato com uma editora. Ainda não. Vou falar logo. 3, 2, 1, vai... Eu vou me mudar para uma casa nova, com minha irmã mais nova.
Essa é a parte que alguém olha pra minha cara meio revoltado e revira os olhos, dizendo: ESSA NÃO É A 18ª VEZ QUE ISSO ACONTECE? Bem, sim. Mas pensando assim, vocês não estão entendendo a dimensão ou a importância da coisa toda. Eu fiz 18 anos há exatos 42 dias e eu já vou morar em um apartamento que tem meu nome como locatária. Não consigo parar de pensar em como isso é um compromisso importante e como minha vida tá dando um passo novo e assustador para o desconhecido - por mais interessante e animador que ele possa parecer. Os motivos para eu estar saindo do lugar onde eu estou são muito completos e irrelevantes no contexto do post, mas a saída é algo positivo e extremamente planejado em detalhes completos. Eu sei que preciso fazer isso, que é a coisa certa e que eu me planejei e me preparei o suficiente para que não dê tudo errado. Mas diz isso para minha paranoia?

Eu sempre. Eu meio que prometi que esvaziaria as gavetas da minha cama hoje. Eu não vou fazer isso.
Como foi anteriormente dito neste blog, eu não sou a maior fã do processo de mudança de casas. Entre vários motivos, está o fato de que eu não sou boa em me desfazer de coisas e como alguém que já se mudou 17 vezes, deixa eu dizer para vocês: se mudar é basicamente perceber que você tem muito mais coisas do que achava que tinha e ser forçada a se livrar de um monte delas. Apesar dos meus planos de ser nômade, eu tenho um apego material a algumas coisas que ultrapassa os limites da necessidade (por isso que eu digo que vou precisar de um porto de pouso, um lugar onde vou deixar minhas coisas e onde vou poder ser eu mesma). E eu nem to falando de coisas físicas caras que eu comprei na vida, to falando de coisas tipo, notas fiscais de livros que eu comprei 3 anos atrás e que meus cérebro continua achando que vou precisar usar e que vai tudo dar errado quando eu jogar fora. Escolher coisas para vender, doar ou jogar fora é um momento extremamente estressante para mim.
Maas, assim como aconteceu quando eu me mudei para o Rio, a mudança em questão vai envolver muito mais adquirir do que jogar fora. Como vocês devem imaginar, eu e minha irmã não temos nada de móveis ou de eletrodomésticos, então nós estamos juntando dinheiro há um tempinho para comprar-los. Uma parte meio infantil de mim está bem animada para começar uma casinha do zero, comprando tudo aos poucos. Quer dizer, foi tão legal quando a gente se mudou para o Rio e escolhemos todas as nossas coisas nos primeiros meses. Obviamente eu me apeguei muito àquelas coisas. Quando eu passava muito tempo longe de casa, eu costumava ficar com saudades da imagem da nossa televisão, de me espalhar no sofá, de colocar os pés sobre a mesa do computador. Hoje em dia o que eu mais sinto falta é do meu beliche. Continuo chocada pelo fato de que eu dormi 3 anos na parte de cima do beliche e só caí uma vez. Parte da minha mudança do Rio, principalmente meus livros, continua na casa do meu tio na região dos lagos e eu planejo trazer ela para cá assim que me mudar para a casa nova. Mal posso esperar para matar a saudade das minhas coisas.

Posso decorar meu quarto inspirado em Friends? Posso.
(Mas falando sério, meu quarto estará cheio de caixas até julho)
A casa nova é tipo um apartamento, com 2 quartos, banheiro social, sala, cozinha e área de serviço e, por ser no térreo, nós também temos direito à garagem - que na verdade só vai servir para estender roupa e deixar meu gato tomar sol. Os dois quartos significam que eu terei um quarto só para mim pela segunda vez na vida (teoricamente, é pela a terceira, mas na primeira eu só dormia sozinha porque não tinha espaço para duas camas) e agora todas as minhas coisas realmente estarão neste quarto (ao contrário do arranjo atual, onde eu tenho um quarto só para mim com a maioria das minhas coisas estão, mas minhas roupas ficam no quarto da minha irmã porque o guarda-roupa precisa ficar lá. E nos meus planos isso também significa que eu finalmente poderei ter minha estante de livros dos sonhos, onde todos os meus quase 200 livros se organizarão da forma que eu quiser para eu poder tirar 30 fotos para o Instagram por mês. Além disso, posters, uma mesinha legal, mais espaço para o meu quadro com os post-its, possivelmente um criado mudo com o porta retrato que eu ganhei de aniversário ano passado, lençóis novos e brancos como eu sempre sonhei... Ok, eu vou ter que fazer um tour pelo meu quarto quando estiver pronto.
Esse post foi um post de update. Eu precisava contar sobre a mudança gigantesca que está acontecendo na minha vida ou haveria uma quebra na lógica do blog. Eu provavelmente falarei muito mais sobre isso à frente também. O plano é morar nessa casa até eu terminar a faculdade o que deve acontecer em algum momento nos próximos 20 anos. Nós vamos nos mudar em breve, mas eu não tenho certeza de quando, porque a gente não tem tempo nem de organizar as coisas nas caixas, mas já estamos com a chave, então se eu sumir e não postar nada por um tempo, já sabem. <3
Até breve,
G!