CHEGUEEEEEEEEEEEEEEEEEI. Não acredito que julho de 2018 está terminando hoje, um dos meses mais cheios e loucos da minha vida, de uma forma positiva. Eu preciso frisar isso, porque todo ano eu digo que estou passando pelo momento mais puxado de todos e no ano seguinte eu sempre me encontro em uma situação pior, mas este ano eu tenho que lembrar que eu estou fazendo as coisas que eu amo e as coisas que a Giulia de dois anos atrás nunca achou que pudesse fazer. É aquele ditado: trabalhe com o que você ama e você nunca vai parar de trabalhar. Eu amo, mas ter um dia de folga de seis em seis meses ainda vai me deixar DOIDA. Mas indo ao assunto, hoje é o último dia do Mês Literário 2018 e estamos reunidos aqui hoje porque no último sábado, 28, rolou a segunda edição do Write-In Conquista: Encontro de escritores profissionais estreantes e amadores, que eu organizo na minha cidade. Quer você seja conquistense ou leitor interessado de outra cidade, senta aí que eu vou contar como foi.

O momento das apresentações.
A primeira edição do evento aconteceu em novembro do ano passado e era fruto de pelo menos dois anos tentando motivar pessoas. Não é que não tivesse gente interessada, é que em uma cidade como Conquista os velhos vícios e preguiças são fortes demais, e convencer pessoas de que um evento que eles nunca ouviram falar daria certo era quase impossível. Então, ano passado, movida pelo poder que movimenta o brasileiro (o do ódio), eu decidi que era hora de eu começar a organizar os eventos que queria participar. Então eu mandei mensagem no grupo da faculdade, porque estudante de jornalismo tá aqui para todas e consegui reunir 15 pessoas interessadas. Depois de pesquisar todo necessário para organizar um evento e entrar em contato com a principal livraria daqui, a Nobel, eu consegui fechar o evento, ao qual 18 pessoas compareceram e que foi muito incrível, mas vocês podem ler mais sobre a primeira edição no post que eu escrevi sobre ele.
Para a segunda edição, eu já sabia que queria fazer algo maior e no mês de julho, para juntar com o Mês Literário e o dia nacional do escritor. Conforme 2018 foi passando o planejamento começou e em maio, eu já tinha o dia 28 de julho definido e estava tentando definir o local. Em junho, fechei com a Nobel de novo e comecei a divulgação. Depois do primeiro evento, eu criei um grupo no Facebook e eu fui atualizando o pessoal sobre a segunda edição. Eu queria mudar o local do primeiro evento para um maior porque eu queria mais gente e por algum motivo, na minha cabecinha, conseguir fechar uma das livrarias daqui fora do horário de funcionamento seria um êxito mágico e jamais alcançado. Conseguir o retorno de um número grande de pessoas para justificar isso seria incrível. E aconteceu! O evento no Facebook conseguiu 106 respostas! Conversando com a responsável pela livraria, ela combinou de fazer o evento na livraria do centro, maior, mas que não funciona no sábado à tarde. Como o primeiro evento foi um sucesso, ela tinha confiança em mim para isso, e nós fechamos, com uma funcionária em hora extra. Eu sempre vou ser grata à Nobel Conquista porque eles foram a única "entidade literária" da cidade que apoiou o evento. Salvaram demais minha vida.
O evento foi lindo. Minha ansiedade nos dias anteriores variava porque eu tinha medo de que fosse um número tão grande de pessoas quanto o que mostrou interesse no evento pelo Facebook e não desse comida para todo mundo, mas eu também tinha medo de que não fosse muita gente e o evento flopasse. Entre a organização das cadeiras, brindes e lanches e a chegada das pessoas, eu comecei a passar mal de verdade, pensando no que poderia acontecer de errado. E eu estava bem mais preparada que no último evento, com uma bagagem que eu não tinha anteriormente. Mas aos poucos as pessoas chegaram e a ansiedade logo foi embora. Eu tenho um lado cerimonialista poderosíssimo, que é o motivo de eu pedir para minhas amigas casarem logo. (Todo mundo que fez ensino médio junto comigo está casando, menos minhas amigas? Eu acho isso um absurdo).

Uma criança feliz durante o coffee break (claramente). Meu processo para fazer essa blusa foi: Eu queria personalizar uma blusa legal, mas não necessariamente sobre o evento, só uma que fosse engraçada e a minha cara. Aí eu lembrei que em maio eu brinquei sobre fazer uma blusa com essa frase e o pai da K curtiu, então eu fiz e passei duas semanas com a blusa pronta, me controlando para não mandar para ela. Foi difícil, esconder segredo dela é HORRÍVEL porque eu quero contar tudo pra ela o tempo inteiro. (Eu já contei pra ela o que vou dar pra ela de aniversário e o aniversário dela é em OUTUBRO). É mais difícil do que esconder segredos para ela... INCLUSIVE, cês estão sabendo que ela vai estar no spin-off de The Fosters? MEU BEBÊ, EU QUE CRIEI.
Começamos o encontro da mesma forma que no último, com apresentações e compartilhamento. Cada um contava um pouco da sua história e da trajetória com a escrita. Eu falei demais, mas ouvi cada história incrível também. Cada um tinha um relacionamento diferente com a escrita ali, e com pessoas de 15 aos 30 e poucos anos, tinha experiência diferente pra dar e vender. O momento acabou se prolongando bastante conforme as pessoas foram chegando e em seguida só deu tempo de eu apresentar algumas das minhas anotações sobre literatura-revisão-publicação-divulgação e algumas pessoas comentarem. Os desafios e a leitura dos textos precisaram ser cortados e redirecionados para a página do Facebook. Com os funcionários em hora extra, o evento tinha que ter horário para terminar e graças a isso eu não consegui fazer metade do que eu teria ter feito. O evento teve a mesma duração do último, cerca de três horas, mas com um número maior de pessoas, era natural que fosse preciso mais tempo para acontecer. Eu preciso manter isso em mente: Evento com horário para terminar acaba corrido.
Eu sei que soo como se o evento tivesse sido um fracasso, mas não foi! Era, afinal de contas, um encontro de escritores e a gente conseguiu se encontrar, se ouvir e se conectar e isso rolou muito. O evento me deixou com uma vontade desesperada de seguir em frente com os planos da feira literária em Conquista, mas é tão díficil pensar nisso sozinha. Eu quero motivar as pessoas a ajudar, dar uns sacodes, dar uns tapas mesmo. Lembrar que tem gente, sim, que ama literatura e lê muito em Conquista e que o cenário literário da cidade precisa ser mais inclusivo com urgência. Eu quero os adolescentes de 17 anos que amam Dostoiévski e os adultos que amam romance de banca no mesmo lugar, falando sobre como a literatura mudou sua vida. Eu quero escritor de YA falando com seu público, eu quero ouvir o que os leitores têm a contar e eu quero compartilhar um pouco do que sei. E eventos como o de sábado mostram que é possível, é renovador e definitivamente precisam existir mais eventos assim. Além disso, eu preciso que as papelarias, livrarias e todo mundo mais percebam o potencial comercial que o mercado conquistense tem. Tirem a ideia de que "jovem não lê livros de verdade" da cabeça e pensem que jovens estão comprando livros. Sem questionar que tipo de livros são. Enfim, vou deixar vocês com algumas fotos do evento ou eu vou falar para sempre sobre isso!

COMIIIDA

BRINDEEES. O papel ali é uma cartela de adesivos que eu entreguei para os blogueiros e Instagramers literários que estavam lá. Vou fazer uma lista para vocês depois!









Olha quanta gente linda!! Se você quer uma cobertura mais profissional do evento, teve cobertura no Avoador! E também tem mais fotos na página do Facebook!
Antes que eu vá, eu só quero adicionar que uma coisa muito legal que aconteceu no encontro foi eu ter contado detalhes sobre os meus livros e minha participação na 3ª edição do Prêmio Kindle, para que eles me pressionassem a trabalhar e terminar o livro que vai pro prêmio logo. E eu estou sendo pressionada. Muito. A sorte de vocês é que eu tenho andado em contato com a minha maior fonte de inspiração constantemente e tenho trabalhado bastante (mesmo que nem sempre no livro).
Vejo vocês quando der. Obrigada de novo por esse Mês Literário lindo,
G.