(O nome desse post ia ser simplesmente "Auf Wiedersehen, segundo ano", mas eu descobri que essa expressão quer dizer  literalmente "Até a próxima vez" PRÓXIMA VEZ UMA BANANA, DEUS KIMMY LIVRE)
(Aviso o nome da escola não é citado em nenhuma parte desse post e se você é meu stalker o suficiente para saber, ou estuda comigo, eu peço que não comentem o nome da escola. Esse post não é para criticar a escola, só dizer como foi meu ano letivo.)

Olá vocês! Como todo mundo já sabe (porque eu não calei a boca sobre o assunto) (jamais), eu peguei o resultado final dos finais hoje e estou oficialmente de férias! E graças a Deus saí do segundo ano!
Por mais estranho que seja (considerando que eu só falei sobre terceiro ano hoje), isso parece muito esquisito para mim, quer dizer, pensar que ano que vem eu termino a escola. Acho que foi porque essa semana eu estava completamente desesperada com as provas de recuperação e comecei a me conformar com a ideia de repetir de ano em pleno ensino médio. Mas graças a Deus deu tudo certo, e agora tudo que eu tenho que fazer é começar a procurar uma nova escola.
É isso mesmo que vocês leram, uma nova escola. "Mas Giuliaaaaaaaaaaa, você não amava a sua escola? O que aconteceu?" Excelente questão meus caros súditos, eu também me perguntei isso durante este longo e torturante ano escolar e cheguei a conclusão de que foram diversos fatores que me levaram a isso:
Primeiro, o fato de o 2º ano do ensino médio ser o maior dos castigos dado aos adolescentes por todos os pecados que cometemos, já que na adolescência é muito mais fácil cometer pecados, mas considerando que nem todo mundo concorda comigo, e para algumas pessoas foi muito fácil estudar no segundo ano, eu acho que o que aconteceu com a escola pesou mais.
Voltando a 2012, quando eu ainda era uma garotinha inocente que adorava todos os aspectos sobre a sua escola, eu vou pegar algumas frases do post que eu fiz no inicio do ano passado, quando cheguei à escola e dizer o que mudou em 2013, para mostrar o que tornou o ambiente escolar da minha atual escola em questão completamente inabitável pra mim.
" Os banheiros são limpos e SEMPRE tem sabão (trauma antigo de banheiros sem sabão)." No fim do ano passado, o banheiro feminino da escola passou por uma reforma, destruíram tudo e começaram de novo. As mudanças mais óbvias foram as pias, cuja torneira substituída por automática, mas a proximidade da torneira da bacia da pia, não deu muito certo, as cabines do banheiro, cujas portas de madeira foram extintas e substituídas por portas de vidro (No meio do ano essas novas portas deram um pequeno probleminha para a escola: eram transparentes e dava pra ver tudo que a gente fazia ali dentro, o que para as meninas não foi muito legal. Isso foi resolvido com uma película que passou o resto do ano descascando) e por último, mas mais importante de tudo, os rolos de papel higiênico não eram mais colocados em cada cabine e sim um único rolo de papel higiênico industrial ficava em um suporte ao lado da pia e todas as vezes que nós garotas doces precisávamos atender ao chamado da natureza, tínhamos que pegar papel higiênico, precisávamos fazer isso na frente dos olhos julgadores da tia do banheiro e das meninas. E não é tipo, NEM UM POUQUINHO CONSTRANGEDOR pegar papel higiênico com as pessoas olhando para você. Especialmente quando você tá menstruada, porque você não pode ficar suja, mas ninguém sabe que você está menstruada então as pessoas pensam que você vai fazer cocô. Só que a Crise do papel higiênico da qual eu falei o ano inteiro, não foi tão importante assim se você considerar...
"Sem falar em dois detalhes: minha sala é a mais quieta que eu já tive ever. [...] Eles tipo super obedecem a regra do "enquanto o professor escreve pode falar, mas quando ele explica todo mundo fica quieto". Não que eu seja o tipo de aluna que manda o povo ficar quieto, mas [...] eu nunca gostei de ter que aguentar bronca de professor, coordenador, diretor, porteiro, moça da cantina, PMs (quando eu estudava no militar), faxineiro, lixeiro e até das pessoas que vendem coisas na frente da escola por bagunça na sala, que é algo que eu não faço usualmente, mas como todo mundo faz eu entro no meio [da bronca]. E agora eu simplesmente tenho uma turma quieta e calma." Nesse parágrafo, eu faço uma pausa, para citar outra frase desse post aqui "É a primeira vez que eu estudo na mesma escola por dois anos seguidos desde 2009 então foi meio decepcionante conferir a lista da minha turma, 201, e ver que são praticamente os mesmos alunos. Só tem 3 alunos novos (um deles, devo dizer, lindo pra caramba) e não tem os que repetiram de ano, mas o resto, igual." Ou seja, minha turma continuava a mesma de sempre, tão focada e tensa quanto. Agora prossigamos com o ano passado: "Mas esse comportamento da turma 101 é muito explicado se você considerar os professores. [...] A maioria dá aula de um jeito incrível e simples, fazendo piadinhas e conversando com os alunos e até mesmo os que não são engraçados sabem dar aula de um jeito que eu gosto. [...] Eu ainda não curto Biologia, Geografia, nem Química, mas pelo menos consigo prestar atenção nas aulas e absorver alguma coisa. E a aula de História do Brasil foi assustadoramente muito boa! Eu simplesmente me envolvi de verdade na aula, o que eu faço nas aulas de História Geral, mas não nas de História do Brasil (é, não sou muito patriota). Eu estava focada na aula, o que acontece tipo... NUNCA." Este ano meu corpo docente foi composto por hipócritas, xenofóbicos e um monte de profissionais despreparados para lidar com adolescentes. Enquanto eu suspiro de alívio por ter finalmente colocado isso para fora, eu vou dar um momento para vocês ficarem chocados.
Não sou estúpida o suficiente para dizer que professor fez o quê, mas excluindo meus professores de geografia, biologia 2, espanhol, filosofia, matemática 1 e 3, os dois de química e os de educação física (que merecem seus créditos), eu odiei todos os meus professores. Quer dizer, eu literalmente ouvi que os nordestinos eram responsáveis pelas doenças trazidas para o Rio de Janeiro porque eles vem como turistas e "cagam em todo lugar". E quando eu tentei falar com um professor sobre uma matéria que eu gosto e ele perguntou porque eu gostava e eu citei uma professora da outra escola, ele começou a criticar a minha escola anterior ao invés de falar sobre a matéria. Meus professores de algumas matérias tecnicamente criativas queriam as coisas do jeito deles, decidindo cada detalhe do que iríamos fazer e tirando meio ponto por cada letra T simplesmente porque não gostavam da nossa letra. Perseguição? Não, só frescura mesmo, porque eu ouvi ele dizer para uma colega de sala que não ia dar o ponto para ela "porque não gostou da forma como ela respondeu". Eu tive que levar provas desse cara para a coordenação para revisão porque ele corrige do jeito que ele quer. Lembrando que minha turma continua sendo a mais calma em que eu já estudei. Continua a ser leve, divertida e legal e mesmo que eu tenha tido problemas no inicio do ano, ficou tudo bem. Mas isso não impediu algum dos meus professores de começarem intermináveis discursos sobre a nossa imaturidade e o fato de que todos nós vamos acabar indo a uma faculdade medíocre qualquer e nos tonarmos profissionais medíocres. Deixe-me fazer uma pausa aqui: Não é a faculdade que faz o profissional, assim como não é a escola que faz o aluno. Eu quero ir para uma faculdade pública e como quero ser jornalista, a faculdade que eu sonho é uma das melhores e mais conhecidas daqui, e por isso eu estava em uma escola que se importa tanto com o vestibular dessa faculdade e tudo, mas minha irmã estuda na mesma escola que eu, e quer - por enquanto - ser Designer de Interiores e a faculdade do sonhos dela estava citada na lista de "faculdades medíocres" citadas por minha professora e você pode ter certeza ABSOLUTA de que ela não será uma profissional medíocre. E muito menos uma profissional abaixo da média, que simplesmente não aceita o fato de que dizer "vocês tem que ser mais maduros" toda semana, não ajuda ninguém a ficar mais maduro.
Meu ânimo e felicidade em ir para a escola, desapareceram. Eu simplesmente não suportava ficar na mesma sala que aquelas pessoas e simplesmente desligava a mente em muitas aulas. A maioria das minhas médias despencaram e eu me vi em seis provas finais e duas recuperações. Eu estou plenamente consciente de que isso aconteceu comigo porque eu desligava minha mente e não aceitava nada do que os professores dissessem, mas eu simplesmente não me sentia tratada como pessoa, nem sequer como uma aluna, e sim como uma máquina de aprender que eles tinham prazer em controlar. E eu odeio isso demais, eu odeio essas regras, essa padronização, odeio ter que fazer o que esperam de todos os adolescentes. Eu quero aprender, não enfiar conhecimento na cabeça! Claro que eu ouvi muito que eu não devia pensar assim, que aquilo eram só críticas construtivas e que um dia eu agradeceria a professores assim, mas nenhuma dessas pessoas estavam na sala de aula pra entender.  E nem todo mundo que estava lá vai concordar comigo, mas foi assim que eu me senti, e é por isso que eu não posso continuar naquele lugar. E olhem que eu odeio a sensação de ter que ir para minha oitava escola, de ter que passar por toda aquela pressão de escola nova outra vez (e justo no meu último ano de escola), mas eu aceito qualquer coisa para poder me sentir bem em uma sala de aula outra vez. Ou pelo menos para ser tratada como pessoa por aqueles que querem me ensinar.
G.

P.S.: Me avisem se vocês quiserem ver minhas notas, e eu posto na Retrospectiva 2013.
P.S.2: O blogger liberou outra vez a resposta em comentários aqui no blog (yip, yip UHAAA!) e eu vou responder todos os comentários. Então se comentarem, fiquem de olho nas minhas respostas. *-*