(Esse post vai sair enorme, maaaaaaaas) OI OI OI! Eu sei que esse post está extremamente atrasado e eu realmente queria ter conseguido postar ele antes que outubro começasse, mas a verdade é que eu mal parei semana passada. Estou na última semana do semestre (o que significa que talvez mais tarde nesta semana tenhamos outro post) e os trabalhos parecem que não vão acabar nunca. Eu até poderia dizer que tive uma das semanas mais estressantes e cheias da minha vida, mas em 2015 eu tenho tido semanas assim todo mês então o quê isso ainda significa? De qualquer forma, bem-vindos ao terceiro e último post sobre a 17ª Bienal Internacional do Livro Rio. Onde foi que eu parei? Ah, sim.
Meu segundo dia na Bienal (11 de setembro) era o dia de fazer compras. Cheguei cedo com o evento ainda vazio e munida da lista de livros e de estandes que tinham brindes em mãos, comecei a guerra. Era dia de Kit do Skoob no estande do Grupo Editorial Record (motivo nº 1 para eu ter deixado as compras para o dia 11) e eu fui correndo direto pra lá, por medo do kit esgotar. Como eu sabia que precisaria comprar livros do estande da editora, eu estava com uma lista gigante de livros que eu queria naquele estande, entre lançamentos e alguns mais antigos. Mas é claro que nenhum dos livros da minha lista estava na lista de livros necessários para ganhar o kit - que de acordo com a editora era formada pelos livros mais desejados no Skoob. Eu tive, então, que decidir entre os livros que estavam na lista da editora, qual eu queria mais. Acabei decidindo por Elena, a filha da princesa da Marina Carvalho, que apesar de ser o segundo do mesmo universo (não sei se é continuação), eu vinha namorando há uns meses, simplesmente por causa do título (e eu não me envergonho disso nenhum pouco) (caso vocês não saibam, eu tenho um amor profundo por nomes começados com E e principalmente El-). Aproveitei para poder pegar o livro que eu realmente queria também, O Livro de Marcar Livros (porque o vício em livros de atividades é real). Depois de comprar os dois e pegar meu kit, eu precisei sentar um pouco e decidir o que faria em seguida.
Eu reformulei minha lista e resolvi ir ao estande da Editora Zahar, que tinha brinde caso você comprasse dois livros da lista de clássicos publicados por eles. O brinde era uma cadernetinha com o tema dos clássicos, mas valeu a pena comprar as edições de bolso de Alice - Aventuras de Alice no País das Maravilhas & Atráves do Espelho e o Que Alice Encontrou Por Lá e O Pequeno Príncipe que são completamente maravilhosas. Depois disso, resolvi ficar sentada no jardim principal e curtir o clima da Bienal além das muvucas e das compras. Fiquei foleando meus livros e depois de um tempo peguei o celular e descobri no Twitter que a Fernanda Nia do blog e dos livros Como Eu Realmente estava no estande da Autêntica. E lá estava eu, outra vez, prestes a conhecer mais uma entre os meus ilustradores preferidos (sim, eu tenho muitos ilustradores preferidos, faz parte do meu complexo por não saber desenhar) (e eu também tenho a impressão que eu já disse isso). Eu já falei da Nia aqui algumas vezes, a última sendo no post dos 15 fatos sobre meu primeiro livro, porque ela desenhou uma personagem minha em 2014. Os livros dela estavam na minha lista, mas eu pretendia comprar se tivesse a chance de conseguir autógrafos e mesmo sem muita fé nisso, não é que aconteceu? Levei um tempinho pra achar ela no estande que estava um caos de fãs da Bruna Vieira (pelo 2º dia consecutivo, inclusive), mas quando encontrei foi muito legal. Só queria ter conseguido falar mais, até sobre como eu curto o trabalho dela, mas a versão Batata da minha personalidade estava de volta então chega a ser surpreendente que eu tenha conseguido responder as perguntas dela. (Eu preciso mesmo trabalhar com a forma como ajo na frente de pessoas que eu admiro. Mesmo mesmo). Além disso, das fotos com autores que eu tirei, eu senti que a minha com ela foi a que ficou mais fofa.

Eu realmente darei uma boa escrava para a Srta. Garrinhas.
Depois disso, eu sentei para ler e acabei lendo os dois livros do Como Eu Realmente de uma vez só. Isso terminado eu ainda tinha um tempinho para fuçar tudo. Depois de perguntar no estande da Leya se precisava comprar algum livro para a sessão de autógrafos com a Carolina Munhóz no sábado (e recebendo uma resposta negativa), eu fui comprar os livros que ainda queria. Acabei comprando Por Um Toque de Ouro (da Carol para o autógrafo), Entrevista com o Vampiro: A História de Cláudia (graphic novel que eu estava louca pra ler desde fevereiro e que não decepcionou nem um pouco - até porque eu li ele todo no ônibus voltando pra casa) no estande da Rocco e Buscas Curiosas (Margaret Atwood<3), O Terceiro Irmão (Nick McDonell), Mozart Não Tinha Playback (Sérgio Bernardes) em um estande que estava vendendo 3 livros antigos a 10 reais e onde eu dei a sorte de achar um Margaret Atwood, mesmo não sendo o que eu queria. (Detalhe básico: dizem que em estandes assim você acha os livros mais desprezados e os menos interessantes, mas havia >2 cópias< de um dos meus livros preferidos - O Sétimo Punhal do Victor Giudice, que inclusive eu consegui no troca-troca da Bienal de 2013 - lá). Assim finalizei o primeiro dia de compras com 11 livros comprados. Eu fiquei bastante surpresa por ter conseguido comprar tudo isso sem fugir do orçamento vez nenhuma, o que talvez mostre que os estandes realmente fizeram descontos legais este ano. Em 2013 eu não consegui comprar quase nada, mesmo tendo um valor até considerável.
Antes de ir para o 3º e último dia, eu quero falar de algo que eu esqueci completamente no último post. Em agosto eu descobri que a editora da minha universidade, a Edições Uesb, iria expor na Bienal e fiquei superanimada, pronta para me exibir. Até chegar ao estande da Associação de Editoras Universitárias e descobrir que a Edições Uesb sequer tinha uma estante para si própria. Enquanto editoras como a da Fiocruz ocupava 4 ou 5 estantes, a Edições Uesb dividia um estante com outras 4. Eu ainda estava feliz por ver minha universidade lá e tinha até um livro sobre jornalismo representando meu curso, mas não vou negar que fiquei decepcionada. Entendo que o espaço tenha sido dividido por "importância" da editora, mas talvez se houvesse no mínimo uma estante para cada editora, os livros de editoras pequenas tivessem mais saída. Nós do interior do nordeste também produzimo bons livros acadêmicos, Brasil.

O espaço da Edições Uesb e os livros do 2º dia.
No terceiro dia de Bienal, por ser um sábado, eu esperava bastante movimento e bagunça, mas a organização acertou mais uma vez, redirecionando as saídas e as entradas e facilitando as compras de ingresso e a entrada de quem já tinha ingresso em mãos. Meus únicos planos para aquele dia eram me despedir do evento e rever a Carolina Munhóz. A Carol esteve na Bienal vários dias, inclusive deu uma palestra no dia 10, mas eu calculei que o dia 12 seria o mais vazio e mais tranquilo já que ela e o Raphael Draccon estariam no estande da Leya ao invés do da Rocco e calculei certíssimo.
Caso você não conheça o blog desde 2013 e não me aguentou falando sobre isso várias vezes na semana antes da Bienal, eu conheci a Carol na Bienal de 2013, o que resultou no post que é até hoje o mais lido do blog. Na época, eu só tinha lido A Fada e foi ver a entrevista dela no Acampamento (toda Bienal do Rio tem um espaço dedicado a contato com os fãs que é um pouco diferente de um simples auditório. Na Bienal de 2013 foi o Acampamento na de 2015, o Cubo Voxes) que me fez acreditar que existia espaço para mim como escritora no Brasil. Eu cresci ouvindo e acreditando que escritores nacionais não vendiam nada em seu próprio país e ver autores, principalmente jovens, fazendo sucesso no Brasil (depois de muito trabalho duro, é claro) é o que me dá esperanças no futuro.
De qualquer forma, a fila para pegar os autógrafos com a Carol e o Rapha realmente estava bem tranquila e não foi problema nenhum o fato de que eu estava apenas com um livro da Rocco no estande da Leya (apesar de eu me sentir como se estivesse cometendo o crime do século) (eu sou paranoica demais). A Carol foi um amor, como sempre, e eu mal vejo a hora de começar a ler P1TDO porque eu sinceramente estou louca por este livro desde que descobri que as novas criaturas mágicas das histórias dela eram leprechaus. Ele pulou vários livros na lista de leitura e vai ser o primeiro livro que eu lerei assim que o recesso começar, DEFINITIVAMENTE.


Depois disso, eu apenas aproveitei o dia com minha amiga, que estava lá pelo primeira vez no evento desde ano. Passeando com ela eu me dei conta de como eu ando por fora de um mundo completamente novo que surgiu no entre os amantes de leitura: o dos booktubers. Até o Jornal Nacional falou da presença deles na Bienal e eu não fazia nem ideia de quem era . Eu já ouvi alguns nomes, claro, mas não conhecia ninguém de rosto, porque eu não acompanho ninguém. E por um momento ao ver aquela muvuca toda eu me senti a única pessoa do Brasil que não acompanhava nenhum booktuber - o que é meio absurdo, já que eu tenho um blog que teoricamente é literário (na verdade é mais pessoal, mas tudo bem), mas eu também nem leio tantos blogs literários assim. Eu sou a pária da blogsfera.
Acabei comprando mais dois livros A Sociedade dos Meninos Gênios (Lev AC Rosen) no estande da Novo Conceito e Aristóteles e Dante Descobrem Os Segredos do Universo (Benjamin Alire Sáenz) no estande da Companhia das Letras. Na hora de ir embora, eu já estava sentindo um vazio profundo. E ver o "Até 2017" no banner em cima da saída quase me fez chorar. Foram 3 dias completamente maravilhosos e todo viciado em livros precisa vivenciar pelo menos uma Bienal do Livro na vida. Eu mal vejo a hora da de 2017 que eu não perco nem a pau. Também estou considerando seriamente ir à de São Paulo em 2016, até porque os motivos para ir só crescem e já que a tatii falou que fangirla comigo, eu não posso perder essa oportunidade né?
É isso, mais uma Bienal maravilhosa acabou de vez agora que eu já escrevi tudo sobre ela. Vou sentir saudades, mas espero que a próxima chegue logo (e de preferência comigo entrando com meu livrinho publicado).
G.