Olá, internets! Como vocês estão? Leram Entre todos os demônios do Inferno? Gostaram? Odiaram? Ficaram confusos? Têm teorias? Estão prontos para Stregoica? Porque eu não tô. Ainda tenho 32 mil palavras de As Crônicas de Kat que serão publicadas neste ano para editar. E eu tenho trabalhando tanto em edição nos últimos dias (sim, isso significa novidades em breve) que eu não aguento mais minha própria escrita. Mas o tema do post não é esse então eu vou calar a boca.
Caso você não estivesse por aqui em junho, eu anunciei que iria contra minha única resolução de ano novo de 2015 - a de não ter resoluções e de aproveitar qualquer oportunidade que eu tivesse - e participaria do desafio de 101 coisas em 1001 dias: O desafio de fazer uma lista de coisas fáceis ou complexas para serem realizadas em 1001 dias. Eu comecei dia 1º de junho deste ano e devo terminar em 27 de fevereiro de 2019. Claro que para o desafio funcionar para mim eu precisei criar minhas próprias regras. Ao invés de já ter as 101 coisas definidas, eu resolvi criar desafios aos poucos e só adicionar coisas novas depois de completá-los. E não só isso: Já que minha resolução de 2015 envolvia prestar atenção em todas as coisas legais que eu tive a chance de fazer, ao invés de simplesmente ficar triste por todas as coisas que eu não consegui fazer, eu transformei em itens da lista algumas coisas que aconteceram nesse meio tempo. Então essa atualização quase quatro meses depois do começo do desafio é não só para falar sobre como andam os itens da primeira leva, mas também para introduzir itens novos, coisas que eu já fiz e coisas que eu estou muito perto de fazer. Então de uma certa forma, esse post é uma atualização geral sobre o que eu fiz nos últimos quatro meses.

Vocês acreditam que eu só assisti esse filme mês passado?
O primeiro item da lista está... meio caminho andado. O objetivo era voltar a treinar francês e eu tenho estado em uma briga constante com o Duolingo nesses últimos meses. De acordo com ele, eu sou fluente em 11% de Francês e eu já tenho 15 unidades completadas. Depois de ter perdido minha ofensiva (é como o aplicativo chama a sequencia de dias em que você treina a língua) sem perceber, eu fiquei tão chateada que passei algumas semanas sem praticar, só voltando quando o recesso começou (jurei manter minha ofensiva até o final do recesso). Quando eu voltei, eu me dei conta de que minha compreensão estava bem melhor do que eu me lembrava. Ainda assim, isso não é bom o suficiente. Eu quero ouvir/assistir mais coisas em francês e encontrar outras formas de praticar, mas eu procrastino tanto. Prometi que vou fazer uma maratona de filmes em francês o que mescla este item com o próximo e assim que eu fizer isso eu faço um post só sobre esse item, com todas as informações sobre a minha briga com o Duolingo e tentar lembrar como contar até 200 em francês outra vez. (PS.: Eu fiz um quiz do BuzzFeed com um teste de francês básico para crianças e acertei 12/14. Viu? Minha compreensão está melhor do que eu esperava. Só não me façam escrever ou falar nada.).
O segundo item da lista teoricamente está completo, o que é algo que eu tinha esquecido completamente até este momento. Não está completamente completo, especialmente porque eu é muito ruim chamar assistir dois filmes de "fazer aquela maratona de filmes que eu prometo fazer o tempo todo, mas nunca faço", mas eu ainda considero a maratona importante porque foi algo que eu e minhas amigas tentávamos fazer há muito tempo e nunca dava certo. No feriado da independência, eu e quatro amigas nos juntamos na casa de uma delas para dormir, ver filmes e fazer pizza. Enquanto houve o milagre de multiplicação das pizzas e a gente conseguiu o inimaginável que foi comer tanta pizza que a gente não aguentava mais ver pizza, os 14 filmes baixados para a ocasião se transformaram em 3 filmes assistidos. E eu ainda perdi o primeiro, visto de madrugada, porque eu estava tão cansada da viagem que tinha sido dois dias antes que fui dormir 22h e estou recebendo ameaças de nunca mais ser convidada a dormir na casa de ninguém desde então. Mesmo considerando essa experiência importante, eu ainda não vou riscar o item da maratona da lista porque eu estou com um plano louco de ver 11 filmes até o fim de outubro. De novo, um post com tudo sobre este item virá em breve.
O item número três, voltar a fazer exercícios. Beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeem, em minha defesa eu tinha esquecido que isso era um item da lista até o começo do mês. E eu ia começar a caminhar há umas três semanas, tudo que faltava era o MP3 perfeito. Quando eu fui comprá-lo, porém, eu descobri que os MP3 que as lojas têm vendido aqui só funcionam com cartão de memória e têm 0 de memória interna. Considerando que um MP3 custa 30 reais e o cartão de memória mais simples é cerca de 20, eu pagaria 50 reais para ouvir música em um MP3. Em pleno ano de 2016!!! Eu meio que prefiro tentar consertar o MP4 que eu comprei do mesmo preço em 2011 que tem joguinhos, toca vídeos e tem 4Gb de memória interna. Por causa disso, (porque não existe a mínima chance de que eu vá caminhar sem ouvir música e nem a mínima chance de que eu leve meu celular para caminhar) eu acabei adiando e adiando mais voltar a fazer caminhadas e sempre que eu preciso andar por um espaço de tempo maior e sinto dor no tornozelo eu me odeio. Eu estava fazendo 3,5km, 3 vezes na semana, sem suar. Não era o preparo físico perfeito, mas eu pelo menos não morria quando passava três horas andando no centro da cidade. Além disso, caminhar ajudava na ansiedade e na minha agenda de sono, que anda toda ferrada. E eu perdi isso por causa de "motivos", mesmo que eu admita que alguns tenham sido bons! Então mesmo que eu não tenha voltado a fazer exercícios ainda, saibam que eu estou bem brava por não ter feito isso e provavelmente quero voltar em breve. (PS.: Quando eu apresentei esse item eu disse que precisava voltar a fazer exercícios antes da minha consulta seguinte com a psiquiatra, 20 dias depois. Já tive duas consultas desde então e até agora nada. Eu sou uma decepção.).
Eu fiz exatas 0 coisas do Destrua Este Diário desde que falei sobre o item 4, terminar o Destrua Este Diário. Nos primeiros dias eu levei meu livro de quase três anos pra cima e pra baixo, mas eu não o abri para fazer uma das atividades sequer uma vez. Não perguntem porque, eu também não sei. Talvez seja meu problema com conclusões. A verdade é que eu sempre falo que preciso terminar ele com as pessoas e os comentários delas me fizeram descobrir que mesmo três anos depois do lançamento as pessoas ainda não sacaram a ideia do livro. O DED não é sobre destruir um livro, você não precisa destruir o livro - é sobre criatividade. Você não precisa arrancar aquela folha ou quebrar a lombada ou adubar o livro, a ideia da autora é justamente que você busque por situações criativas para burlar as atividades passadas e fazer as coisas do seu jeito. É um livro de atividades, como os livros de colorir ou o "Uma página por dia", mas as pessoas fazem textões sobre a sociedade de hoje usando ele como exemplo. E é tão frustrante. O que aconteceu com a criatividade das pessoas? Com o desejo por desafios? Além disso, porque as pessoas se preocupam tanto com conservar seus livros como estavam na livraria quando um livro usado e amado é a coisa mais linda do mundo? Talvez isso me impulsione a terminar meu Destrua Este Diário. A necessidade de fazer uma crítica social. De mostrar às pessoas a clareza. Toda necessidade de rebeldia sem motivo do meu mercúrio em Aquário.
Hm, ok. Outro item do qual eu nem me lembrava. De onde essa ideia de "começar meu álbum de scrapbook" surgiu, Jesus? Apesar de eu ter feito algumas coisas para começar (como revestir a capa do álbum e organizar as fotos que vão para lá e os adesivos) eu nunca efetivamente comecei o álbum de scrapbook. E apesar de realmente querer começar ele em algum momento, eu não sinto o impulso criativo de fazer isso agora. Eu também arrumei todas as fotos do computador - 22 pastas de fotos vindas do meu celular de novembro de 2014 a maio de 2016 - e posso separar mais algumas para revelar que fiquem legais para o álbum, para quem sabe ficar motivada a fazer esse negócio efetivamente. Quem sabe nas férias de fim de ano?
Agora a situação de voltar a ouvir a Descobertas da Semana do Spotify. Eu fiz no comecinho de junho e aconteceu exatamente o que tinha acontecido quando eu comecei a ouvir: encontrei vários artistas legais (como Jon Bellion, Dresses, Tatiana Manaois e Keyes), finalmente ouvi outros que eu prometia ouvir há um tempão (como Oh Wonder e Vinyl Theatre) e até ouvi músicas que eu estava enrolando para ouvir de artistas que eu já ouvia (como Hallelujah de Panic! At The Disco e Freakin' Me Out da The Mowgli's). Fiz uma playlist maravilhosa e ouço ela sempre, mas eventualmente a preguiça veio e eu comecei a enrolar para ouvir a playlist. Em resumo, estamos no fim de setembro e eu não dou play na Descobertas da Semana desde julho, mesmo que sempre confira quais músicas estão nela. Eu acho que algumas amigas minhas querem me matar, já que por várias vezes algumas das bandas preferidas delas apareceram lá e eu não parei para ouvir. Aparentemente além de problemas com conclusões, eu tenho problemas com novidades, porque não existe motivo lógico para eu não simplesmente ouvir esse negócio. Em minha defesa (eu digo essa frase vezes demais, que caso perdido), eu encontrei outros artistas fora da DdS, como Corey Harper, Matt Simons e Kaleo graças às minhas bandas preferidas tradicionais que eu ouço o tempo todo. E eu vou voltar a ouvir a DdS e fazer um grande post com um mix de artistas que eu conheci graças a ela. (PS.: Enquanto eu estava checando a playlist que fiz em junho, eu vi que o Spotify tem um novo recurso chamado Daily Mix com rádios misturando artistas que você ouviu e artistas combinados com ele. Seria isso a solução dos meus problemas ou a criação de um problema novo?) (PPS.: Alguém tem um cover de Ooh do Jon Bellion com vocais femininos? Tipo, completamente com vocais femininos. Eu preciso disso para salvar uma vida.)
Finalmente, o último item da primeira leva: Matar aqueles personagens. Naquela época eu estava evitando para caramba matar aqueles personagens o que me deixou 4 meses no mesmo capítulo. No atual momento que nos encontramos, eu matei um dos personagens e o outro será morto nas próximas semanas. Eu tive razão em ter medo porque eu chorei mUITO e todas as vezes que eu ouço a música que estava ouvindo quando escrevi a cena (Crystals de Of Monsters and Man), a morte que escrevi passa diante dos meus e eu fico triste outra vez. Além disso, o problema nunca é a cena da morte em si, é o depois, é como os sobreviventes lidam com a situação. Eu já escrevi o depois imediato, mas a situação vai seguir por muito tempo e eu não sei como vou sobreviver a isso. Eu também tenho vários outros personagens para matar em histórias diferentes e eu odeio tanto esse negócio que eu realmente espero que todo mundo sofra tanto quanto eu sofro. Eu provavelmente falarei sobre matar esses personagens em algum diário artístico nos próximos meses.
Agora que vocês já sabem a quantas andam os 7 primeiros itens - aka não existe nenhum deles que eu considere que possa riscar ainda, mesmo que eu já tenha começado alguns - vamos, finalmente, aos novos itens:

#8 - Colocar um piercing na orelha
Se você me conhece provavelmente não vai ficar surpreso, mas eu tive a ideia depois de ver o clipe de Dancing On The Sun umas cinco vezes consecutivas. Eu tinha passado vários dos dias anteriores falando sobre como eu realmente queria uma tatuagem, mas eu nunca faria uma tatuagem por dois motivos: a) eu não consigo escolher o que eu tatuaria porque eu tenho muitas ideias e ia acabar parecendo um livro de tantas frases e b) a ideia de "para sempre" me assusta. O clipe assim fez com que o pensamento "até que um piercing na orelha é bonitinho" se transformasse em "até que eu acho que ficaria legal com um piercing na orelha" e, ao lembrar que piercing não é um compromisso definitivo, finalmente se tornasse um desejo poderoso. Na hora, eu pensei que fosse só um impulso. Quem nunca teve um impulso automático de colocar um piercing ou fazer uma tatuagem? Na manhã seguinte eu teria superado. Não superei.
O passo seguinte foi falar com todas as minhas amigas sobre o assunto e depois de ser animada por umas e desencorajada por outras, eu consegui convencer duas a colocarem também, mas só uma delas pode na época. Eu decidi transformar isso em um item da lista de 101/1001 porque processo entre o desejo de furar a orelha e estar com o brinco que eu queria levou mais de dois meses e eu nem acredito que eu continuei com vontade de fazer isso durante todo esse tempo. Eu furei a orelha com um brinco específico (Não, eu não fui em um estúdio, mas em um loja de brincos que quase todo mundo da cidade vai. Eu realmente queria ir a um estúdio, mas depois de encontrar com um que cobrava 60 reais para furar, sem o valor do brinco eu pensei "Hmm, melhor pagar os 14 reais na outra loja e se der infecção eu tenho um plano de saúde". Não tentem isso em casa crianças.) para isso dia 13 de agosto e depois de esperar os 30 dias de cicatrização, eu coloquei o brinco que eu realmente queria dia 14 de setembro. É tão fofo e pequeno e amorzinho, mas eu ainda não postei nenhuma foto legal dele, porque eu não parei para tirar nenhuma foto legal dele. Mas ele sempre aparece nos meus snaps e inclusive no histórico de hoje, então se vocês quiserem ver, o user é hurtsjustright.

#9 - Investir no blog
Eu anunciei ontem que no dia 7 de outubro a URL do blog será oficialmente quebreiamaquinadeescrever.com.br - o que significa que eu não tenho a intenção de mudar o nome do blog tão cedo. (Quer dizer, quem eu tô tentando enganar? Eu não vou ter uma ideia melhor para nome do blog que o atual). Eu já estou com o domínio e o único motivo pelo qual eu ainda não mudei é porque eu quero acrescentar novos recursos ao blog e porque eu realmente gosto de começar coisas em outubro (mais sobre isso abaixo). 
Investir no blog é algo que eu quero fazer há um tempão, mas não sabia exatamente como. Os marcadores de As Crônicas de Kat foram um investimento, mas eles acabaram não indo tão bem por causa da minha timidez e paranoia absurda. Quem sabe ano que vem? Já mudar o domínio do blog era algo que eu queria ter feito no aniversário de 5 anos, mas tive um pequeno problema com o fato de que o aniversário do blog foi 11 dias antes de eu fazer 18 anos - e eu precisava ser maior de idade para registrar um domínio. Depois, eu tinha dito que faria isso quando o blog chegasse a 50 mil visualizações, mas isso aconteceu tão loucamente no meio de julho que eu esqueci completamente de comprar o domínio antes que isso acontecesse. Só quando o recesso começou, eu finalmente parei para fazer isso. Não é exatamente o maior investimento de todos que vai atrair leitores para o blog, mas eu gosto da ideia de ter o domínio próprio. E isso é apenas a primeira de muitas ideias de investimentos que eu tive.

#10 - Terminar um diário pela primeira vez
Como alguém que vive para escrever e que deseja um dia viver da escrita, eu já tive minha parcela de diários, mas nunca consegui terminar nenhum deles. Mais porque eu simplesmente encontrava um caderno novo que queria usar de diário e o anterior perdia a graça, mas também porque eu nunca tinha encontrado a forma certa de escrever um diário. Eu me baseava em diversos livros em formatos de diário que eu já li e de filmes sobre diários também. Tentei de tudo de narrativas a listas diárias, mas nunca dava certo. Eu não tenho paciência de escrever um diário como algo diário, contando tudo que aconteceu no meu dia. Finalmente, no ano passado eu descobri minha forma de guardar minhas lembranças: As entradas do meu diário começado em 16 de fevereiro de 2015 são tomadas de letras de músicas, trechos de livros, listas aleatórias, listas de afazeres, itens encontrados por aí ou entregues a mim (recibos, folhas, adesivos, cartões, desenhos, uma lista de perguntas de uma entrevistas) e uma ou outra narração do que andava acontecendo na minha vida no período, além de um monte de poesia, contos de 100 palavras e descrições de sentimentos que nem eu entendo. Eu não escrevi diariamente - às vezes, eu deixava o diário de lado por 3 meses, para quando resolvia escrever, preencher 7 páginas de uma vez só. A melhor parte desse método de manter um diário é que a maioria das entradas está tomada de coisas que só eu entenderia e que apenas eu poderia descodificar para entender o que significavam naquela data. Eu até já disse que quero que esse diário seja publicado depois que eu morrer porque tem muita coisa que eu considero boa ali, mas que no momento não pode ser publicada porque é pessoal demais.
A questão é que essa forma de escrever diários que eu inventei funcionou e depois de ter abandonado mais de 5 cadernos por aí (dos quais eu ainda tenho dois guardados e quase nenhuma coragem de ler) eu finalmente estou a duas páginas de terminar um diário pela primeira vez. Isso quer dizer que eu já poderia ter terminado, mas eu estou guardando essas preciosas páginas para outubro. Por que?, vocês podem se perguntar, já que eu só tenho falado sobre começar coisas em outubro. Bem, eu tava surtando sobre ter que começar um diário no final do ano (é de dar agonia) quando percebi que faltavam poucas páginas para o diário acabar. Então eu me lembrei de um detalhezinho básico que eu percebi enquanto estava escrevendo A Linha de Rumo: Todas as minhas histórias mais importantes começam em outubro. Mais Uma Vez começa em 18 de outubro, As Crônicas de Kat em 10 de outubro e A Linha de Rumo em 22 de outubro. Depois de ter percebido isso eu resolvi que todas as minhas histórias importantes vão começar em outubro. Aí eu me dei conta de que começar um diário novo em outubro pode ser uma coisa boa. Em seguida adiei quase tudo que eu tinha para fazer este mês para outubro. Porque é claro que eu fiz isso. Eu provavelmente vou recolher algumas entradas não tão pessoais para explicar melhor meu método de escrita de diários aqui no blog. Mas falando em diários...

#11 - Começar um Bullet Journal
Na primeira vez que eu ouvi falar em Bullet Journal, eu me convenci completamente de que não serviria para mim. Eu acredito plenamente que eu funciono muito mais em fluxos de energia malucos do que com organização e planejamento. Eu planejei completamente 3 meses este ano porque precisava não surtar com os trabalhos da faculdade e isso fez com que eu me sentisse presa e com que o tempo parecesse curto demais. Sou o tipo de artista que quer se jogar no universo de possibilidades ao invés de controlar tudo ao seu redor. Até que eu fui praticamente ameaçada: Minha psiquiatra anunciou que eu não ia ter alta até aprender a organizar e gerenciar meu tempo. Apesar de eu admitir imediatamente que o meu gerenciamento do tempo era meu maior problema, eu só resolvi tentar o BJ depois de ler sobre outra vantagem dele: ele serve para guardar lembranças e fazer anotações aleatórias importantes. Eu poderia fazer as coisas do meu jeito. Então eu decidi tentar e me viciei em três dias.
O Bullet Journal foi criado por um designer americano e constitui-se basicamente em organizar todas as suas tarefas de todos os tipos em um único caderno, de forma a não enlouquecer. Existem várias formas de organizar ele e várias pessoas transformam os seus em uma obra de arte. Vocês podem encontrar como fazer um no Google, mas é basicamente isso: Você organiza as páginas de um caderno em meses e dias, cria códigos para tarefas, tarefas completadas, tarefas canceladas, tarefas transferidas para outras datas e etc. (Eu não sou boa em explicar coisas e usei informações de vários sites para fazer o meu, então procurem por alguém melhor nisso, por favor). Eu fiz de uma forma bem básica e criei códigos que são meus. Como eu queria apenas testar se o Bullet Journal funcionaria para mim, eu comecei o meu no meu diário dia 20 de agosto. Quando meu diário começou a ficar sem páginas suficientes eu comprei um caderninho novo apenas para o bj. Eu tirei fotos das páginas com a legenda e das páginas com as tarefas, para vocês entenderem mais ou menos como funciona. No código que eu criei, triângulo são as coisas da faculdade, florzinha as coisas de trabalho, estrelinha momentos fangirl (shows, livestreams, etc que são muito importantes) e bolinha são coisas pessoais (como consultas, compras para fazer, passeios, etc).


Essa é a página com as legendas. A página branca é do caderno oficial do BJ e a página creme, do meu diário.
 (Desculpa se minha mão é estranha)


E essa é uma página de tarefas de cada um deles, mesma lógica, mesmo que o lado seja outro.
(Desculpa se as minhas tarefas são loucas.)


Eu realmente não esperava que fosse funcionar, mas eu fiquei muito viciada nisso. E ajudou MUITO no gerenciamento do tempo. Eu normalmente estabeleço as tarefas do próximo dia na noite anterior. Penso nas tarefas mais imediatas e foco nelas, ao invés de ficar surtando pelas coisas que eu tenho para fazer que ainda são em dias mais distantes. Me ajudou tanto a não enlouquecer com o fim do semestre que nem sei explicar. Eu também deixo os dias abertos, para poder fazer isso de lembrar do que eu fiz ao invés de focar no que eu não fiz. Eu anoto de tudo, até "Tirar as roupas limpas de cima da cama". Se eu conseguir adiantar algo de outro dia naquele dia, eu anoto no bullet e consigo calcular minha produtividade. É por isso que o bullet journal funciona para mim, ele me ajuda a não surtar. (E grande parte da minha vida é passada surtando). Esta semana mesmo, ele me ajudou a anotar como meu humor esteve em um app de saúde mental, porque eu pude conferir as atividades que fiz. Então é, eu estou bem feliz por ter conseguido começar ele.

#12 - Visitar São Paulo
Eu ainda nem acredito que isso aconteceu de verdade. E se você não acredita o tamanho da importância que visitar São Paulo teve para mim, provavelmente deveria ler o post sobre a Bienal de São Paulo. Além disso, eu também pretendo acrescentar um item sobre a reunião do SA/Tertúlia, mas só vou fazer isso quando a gente tiver um encontro que reúna todo mundo, porque isso vai acontecer antes do fim dessa lista, vai sim.

#13 - Aprender a fazer cheesecake
Apesar de ser o tipo de pessoa que me apaixona fácil e que se encanta com as belezas do mundo rapidamente, eu tenho certa dificuldade de me permitir ser dominada de verdade pelo amor e apenas alguns conhecem meu lado entregue e cheio de sentimentos. Cheesecake é um desses alguns - especialmente chessecake de amora. Eu realmente amo cheesecake e eu nunca vou me cansar de falar sobre como cheesecake é meu verdadeiro amor, apesar de não ser o único (A VIDA É CURTA DEMAIS PARA GOSTAR DE UMA COISA SÓ, OK?). O problema é que esse verdadeiro amor estava sendo dificultado por dois probleminhas: preço e disponibilidade. Só duas lanchonetes na cidade tem cheesecake e só uma delas é perto de mim. É sempre frustrante sair de casa e não encontrar cheesecake em nenhuma das duas. Quando tem, são minicheesecakes, daqueles assados em forminhas, que chegam a custar 13 reais. Depois de assistir um monte de vídeos do Tasty com receitas de cheesecake, eu me dei conta de que a solução mais lógica era essa: aprender a fazer cheesecake. Não interessa se eu sou péssima na cozinha - de vez em quando algumas coisas que eu faço dão certo e meu amor por cheesecake vale a tentativa. Tudo que eu precisava era de uma assadeira de fundo falso o que foi absurdamente difícil de encontrar, mas eu encontrei hoje quando fui ao shopping almoçar! (melhor compra para a casa de todas!! E olha que esse mês eu também comprei lençóis branquinhos, que eram meu sonho) (sim, crianças é isso que acontece quando você vira adulta, você começa a fazer ranking de melhores compras para a casa) Eu provavelmente vou tentar fazer isso no meio do mês que vem, o que é outro bom motivo para vocês me adicionarem no Snapchat. E eu definitivamente vou voltar aqui com um tutorial e muitas imagens do resultado.

#14 - Trazer todos os meus livros que ficaram para trás na mudança e organizar eles na minha primeira estante
"Primeira estante" pode ser um termo errôneo já que eu tive uma estante de metal quando morava no Rio, mas ela não era a mesma coisa da estante de madeira maravilhosa que eu ganhei depois de ter me mudado para a minha própria casa. Eu amo muito minha estante nova e a única coisa ruim sobre o assunto é o fato de que só menos da metade dos meus livros estão comigo. Eu me mudei de volta para a minha cidade natal na correria em 2014 e meus livros precisaram ficar para trás por serem uma carga muito pesada. Dois anos depois, finalmente encontramos uma forma de mandar meus livros pra cá e eu estou me sentindo como uma mãe que finalmente tem como trazer os filhos para onde ela está morando. Só estamos resolvendo uns últimos detalhes antes deles chegarem aqui e como eu disse no post sobre morar em uma casa só minha, eu quero escrever todo um post sobre minha estante e meus pequenos bebês livros.

É isso. Estes são os itens novos e eu não acredito em quantos posts eu acabei de prometer para os próximos meses. Além disso, provavelmente vai ter outro post antes da mudança da URL do blog, porque eu já comecei a escrever ele. Vocês nem imaginam quão perto de abrir meu pulso está no momento.
G.