Eu nem sei como se pronuncia 200º. Ah, é ducentésimo.
Oi gente!
Então finalmente, 10.000 views, 100 curtidas e tema e url novos depois, aqui estamos com o post de número duzentos do blog. Por causa de 2 semanas, eu não postei 100 posts em um ano. Daqui pra lá provavelmente vai chegar a 105 em um ano e 205 no total. Como prometido ano passado, eu postei mais, mas não tão mais assim. Vocês sabem da história toda.
O especial de 100 posts foi só um daqueles em que eu agradeço por tudo e etc, e eu já tô meio cansada desse tipo de posts aqui, então eu resolvi fazer desse post 200, uma mistura que inclui até uma cronicazinha no final. Eu acho - não tenho certeza porque apesar das views, quase não estão comentando - que vocês gostam dos posts que eu simplesmente falo, mas eu tô com a leve sensação de que esse não vai ficar tão bom porque eu tô com a cabeça cheia de coisas e ainda cansada da semana cheia. Sem falar na ressaca criativa (que é quando você se atola em uma "obra" - tá se atolar em uma obra soou tenso - sua e quando termina, sua cabeça ainda tá cheia de ideias e mudanças pra fazer na obra em questão)
Como vocês sabem essa semana, eu terminei o manuscrito inicial de Apenas mais uma vez (eu tinha digitado One More Time, já mudei o nome em tudo, mas vou demorar para me acostumar), agora só falta revisar tudo, cortar e acrescentar para o manuscrito finais. Mas eu não vou dizer que "uma nova fase da minha vida se inicia" porque esse clichê já se tornou tão clichê aqui no blog. (Tudo é uma fase nova, tipo, me mandem calar a boca. Porque vocês nunca me mandam calar a boca?) Então eu vou dizer uma frase de uma das melhores músicas já lançadas na história da humanidade: "Todo novo começo vem do fim de um outro começo" O que no caso quer dizer que esse novo começo na minha vida veio do fim da escrita de AMUV. E foi por isso que eu fiz essa mudança de URL, das contas do blog e de tudo mais. Porque agora, querendo ou não, eu vou ter que ser mais profissional e responsável. Isso é um saco, mas como eu digo sempre, é tudo por NY. E além disso, eu gosto de fazer. E eu preferia mil vezes passar as 5h30 que eu passo na escola "trabalhando" com meus textos e meu blog, do que estudando.
E falando em escola eu vou me escrever pra primeira fase do vestibular da UERJ, cujas inscrições começaram dia 8. Mesmo estando no segundo ano, o trato do meu futuro sempre foi fazer vestibular e ENEM no segundo ano (assim como eu vou ter que trabalhar pra pagar tudo na faculdade assim como a minha mãe fez. Vocês que não tem pressão da família pra faculdade tem uma sorte.). Já li o Edital e parece tranquilo. Mas tenho a leve impressão de que só parece. Eu vou ter que ser responsável sobre isso também. Jesus. Quero ter 13 anos de novo.
Mas agora, vamos mudar de assunto antes que comece a sair fumancinha da minha cabeça. Já ouviram falar na Kimberly Cole? Não né? Então, ela é o meu recente vicio musical. Eu ia até postar o link de uma das músicas dela, mas prefiro que vocês procurem. Aí vocês se perguntam: Ué, mas Giulia dividindo os vícios dela com o mundo? É isso aí, eu perdi os ciúmes de algumas coisas porque eu simplesmente quero alguém pra conversar sobre o assunto. Isso também inclui a literatura gótica, eu quero alguém pra falar comigo sobre os livros, mas eu só tenho amigas que nem sabem quem é o Bram Stroker. O Sheridan Le Fanu eu nem comento, Pollidori muito menos e Mary Shelley? OMG, até a Mary! Não fazem ideia do que quer dizer vampiros byronicos, ou o que são strigois e realmente acham que íncubo é só o que falam em Crepúsculo. (acabei de me dar conta de que Crepúsculo pode ser acrescentado no  gênero gótico por causa de um pequeno detalhe: Os Volturi. Boa jogada Stephenie). Tá, preciso de amigos novos. E é por isso que eu tô dividindo meus vícios. Porque eu quero alguém pra conversar sobre eles  Meus amigos imaginários não aguentam mais. (seriously).
E pra finalizar esse post especial, eu vou postar pra vocês a crônica que eu escrevi para o culto da igreja, com o tema ser diferente no mundo de hoje. e que não foi aprovado graças ao plano de fundo. Isso foi frustrante. Mas o mais frustrante ainda foi dizerem que o texto não ficou muito "meu" por causa do plano de fundo. Ah tá. Eu só acho que se a pessoa me pede pra escrever alguma coisa porque confia no meu talento não deveria me pressionar por causa disso. Eu fiquei tão brava com isso, que eu rabisquei um texto na aula de matemática ontem que ficou perfeito. Porque eu fiz com emoção. Sendo eu mesma. Sem ninguém me dizendo o que fazer. De uma forma ou de outra, eu achei que a crônica ficou boa para a proposta e boa até pra ser postada no blog. E vocês podem dizer se gostaram também, não vai doer.
OBS.: O plano de fundo foi o incidente com o ônibus que aconteceu aqui no Rio na terça-feira da semana passada.

E se...?

Ele havia acordado às 6h aquele dia e saído para trabalhar sem tomar café porque sua esposa tinha esquecido de se levantar mais cedo. Na verdade, nem teria acordado se não fosse pela babá da sua filha tocando a campainha. A moça era uma jovem negra com tinha longos cabelos em dreads. Estava sempre arrumada e com um sorriso. Menos naquela manhã. Ela estava com a preocupação estampada no rosto.
- Não se esqueça do que a mensagem disse no domingo. – Ela falou quando foi perguntada do que tinha de errado.
No domingo, ela tinha levado seus chefes para a igreja que frequentava no centro da cidade. Ele esperava que as pessoas fossem iguais, entediantes e estranhas, querendo forçá-los a seguir sua fé e ser como eles. Mas foi completamente diferente: encontrou pessoas diferentes, “descoladas”, interessantes e do tipo que se espera encontrar em outros lugares. Mas havia algo ali, uma comunhão, um comportamento completamente diferente dos das pessoas que encontrava diariamente.
A mensagem foi sobre ser diferente nos relacionamentos. Sobre saber abrir mão da razão e dar a outra face. Por tanto ele imaginou que a fama dele de “esquentadinho” fosse o motivo pelo qual tinha a moça tinha citado a mensagem. Mas não imaginou razão pela qual iria se enraivecer.
O dia estava lindo, e quase não havia engarrafamento. Ele dirigia o ônibus haviam dois anos e sempre se metia em brigas com os passageiros porque não conseguia se controlar. Mas naquele dia tudo estava pacífico e tranquilo.
Foi só no fim daquela longa terça-feira, que apareceu o passageiro estressado. Ele havia perdido o ponto e agora queria parar em qualquer lugar. Estava pronto para responder, quando se lembrou do que sua empregada havia dito. Era sua chance de ser diferente e ver o que acontecia. Não tinha nada a perder.
Então parou o ônibus e desejou “uma boa noite” com toda sinceridade ao passageiro, sorrindo. E seguiu viagem.

E é isso. Feliz post duzentos.
E feliz dia do beijo.
G.