Primeiramente, uma confissão: eu admito que fiz um pouco de xixi nas calças quando a Demi apareceu. Partindo dessa introdução se você espera uma descrição normal de como foi o show ontem (no caso anteontem), pode ir parando de ler por aqui mesmo.
A Demi entrou no palco cerca de 21h35 da noite. O show estava marcado pra 21h30 e a última vez que eu olhei no relógio eram 21h32. Fazia mais ou menos meia hora que eu finalmente tinha conseguido entrar depois de quase duas horas de fila. Mas a espera na fila foi a menos estressante, acreditem ou não.
Eu tinha passado o dia todo esperando a noite, que veio de jegue, chegar. Fui de carona com uma amiga, logo tive que esperar ela sair do trabalho e nos levar até o Citibank Hall. Só saímos em direção ao show umas 18h e chegando lá não queriam ficar na fila, mas eu liberei minha menina mimada interior e fiz birra com o argumento de que ficar na fila era parte da experiência do show. A caminho do fim da fila quilométrica, eu fiz um leve rombo na carteira comprando uma camiseta, uma bandeira, dois colares e uma faixa contabilizando 110 reais. A camisa que eu comprei é pós-show (estou até usando agora), porque eu já tinha uma que foi feita pra mim.
Antes da Demi entrar a Lua Blanco chegou no camarote, como todo mundo da pista premium gritou, a galera da comum também fez isso, mas todo mundo tava achando que era a Dallas Lovato, irmã mais velha da Demi. Só que a Dallas tá ruiva, e quando se deram conta disso a bagunça parou. Imagino como a Lua se sentiria sabendo que a muvuca só rolou porque acharam que era outra pessoa.
A primeira música foi Heart Attack. Irônico, porque eu tive o início de um, literalmente. Minhas pernas já falharam e meu coração batia em desespero, sem falar na dor nos pulmões por causa da respiração corrida. Pra falar a verdade eu pulava e gritava tanto ao mesmo tempo que eu nem sabia como estava respirando. E ao mesmo tempo tentava tirar fotos com a câmera seguramente presa na mão só para que depois tivesse certeza de que aquilo tudo era real mesmo.
Falando nisso, o que mais passava pela minha cabeça era um grito chocado de "A DEMI É REAL! ELA EXISTE MESMO! NÃO É FRUTO DA MINHA IMAGINAÇÃO!".Eu só conseguia olhar para aquele serzinho maravilhoso de 1,60 de altura com voz poderosa e destruidora de carreiras e pensar que meus últimos 5 anos de fanatismo tinham valido a pena, porque levaram àquele momento.
Antes de Remember December, quando ela se virou para beber água, eu gritei "Olha aquela bunda!". Em Fire Starter ela pediu pra cantarem com ela e quando não cantaram tão alto quanto eu esperava eu tentei gritar alto e voz nem saindo. Ela errou a letra nessa música e eu quase fui a loucura pensando que ela tinha errado a letra justo no primeiro show que eu fui.
Gritei tanto quando The Middle começou que nem tive forças pra cantar a música e o refrão foi todo pulado.
No meio de Made In The USA eu berrei um "Demetria!" revoltado porque queria um "Made In Rio", mas pirei com o Made In Brazil do mesmo jeito.
Na parte do "I'll walk right up to you and put one finger in the air" de Really Don't Care, eu fui a única pessoa do fundo da pista comum a levantar o dedo do meio, mas a galera da frente fez isso. A Maddie De La Garza - irmã mais nova da Demi - entrou para cantar a parte da Cher. Eu não tenho nenhuma foto desse momento porque eu adorei cada parte. Eu sou uma das únicas do fandom - eu sou a ovelha negra de todos os meus fandoms - que gosta muito da Maddie. Desde 2012, eu tenho um leve fanatismo por ela, principalmente pelo Instagram dela. E ainda por cima ela canta MUUUITO. Nem ferrando aquela garota tem a voz que alguém de 12 anos teria. 
Catch Me, Nightingale, Warrior e Skyscraper me levaram as lágrimas - apesar de eu ter rido na primeira quando a Demi pediu para que os fãs cantassem em português e como não conseguiram traduzir, ela acabou desistindo - meus lábios tremiam e minhas pernas falhavam, mas eu continuava de pé, movida pelo movimento da música.
Unbroken me fez surtar porque é uma das minhas preferidas de muito longe. Em Got Dynamite, eu perdi a queda, só a vi levantar então achei que fosse parte da coreografia até vê-la dizendo no Twitter.
Então veio Neon Lights. Não tenho certeza de se posso colocar em palavras a sensação que tive no meio daquele refrão. A plateia inteira pulava e gritava enquanto a voz da Demi atingia níveis quase absurdos. Eu não tinha mais voz, e minhas pernas doíam demais, mas ainda assim eu pulava e gritava sentindo algo totalmente diferente de qualquer coisa que eu já possa ter sentido. Naquele momento era como se eu fosse uma só com o público, a cantora e a música.
Por isso que na última música, Give Your Heart a Break, eu nem acreditava que ainda estava de pé. Eu jurava que ia passar mal no meio da coisa toda, mas não aconteceu graças a Deus.
Cada discurso me tirava o ar, a voz dela meio rouca, meio de bebe, falhando e ficando forte, eu conseguia captar cada nuance porque era impossível tirar os olhos dela. Eu entendi quase tudo que ela disse (já posso ir pros EUA, entendi o inglês da gringa) menos o que eu não prestei atenção porque tava babando no quanto ela é linda. Porque ela é muito MUITO linda. Parece uma bonequinha, da vontade de guardar em um pote.... Tá, parei a gayzice.
Apesar de saber que poderia ter tido uma experiência de primeiro show BEEM melhor que o fundão da pista comum (próximo show: grade da Premium, ou morrer tentando), dadas todas as circunstancias eu não poderia pedir por um show mais maravilhoso.
Para todos os Lovatics que não puderam ir nessa turnê, só lembrem que foram 5 anos e 5 shows (sendo que em 3 deles eu já morava no Rio de Janeiro) para que eu pudesse ver a Demi com meus próprios olhos. Então pelo amor de Deus, não desistam, jamais porque a sensação é muito mais maravilhosa do que vocês podem imaginar.
G.

P.S.: Por esses dias eu escrevo um post falando sobre o que aconteceu esse mês e as mudanças que eu vou enfrentar. O que tá faltando é a coragem pra escrever.
P.S. 2: Esse tema do blog é temporário. Estou pensando em algo novo.