E aí pessoas? Eu tinha prometido que postaria assim que o blog chegasse a 200 comentários e 22300 visualizações, e essa meta foi atingida hoje, então esse post e um presentinho. Com ele, eu testo um novo formato de publicação no blog. *Tã-tã-tã-dã* Isso porque eu finalmente saí da minha zona de conforto e me aventurei nas florestas escuras da blogsfera (Leia-se, comecei a gostar de blogs que adolescentes normais gostam ao invés de só ler blog de tirinhas) e como já tem um tempinho que eu queria começar a colocar imagens e gifs nos posts e percebi que esse formato faz sucesso em outros blogs eu pensei: "porque não?" e por isso, estou fazendo isso aqui como teste. Digam o que acham desse post nos comentários e eu vejo se realmente vou começar a colocar os gifs. Como sempre, se ninguém comentar eu tomo a resposta como um "não gostei". Mesmo que todo mundo goste, nem todos os futuros posts vão ter gifs.


Diferente de 1/4 da população solteira mundial, eu não passo metade do meu tempo livre reclamando de carência ou postando indireta pra ex na internet. (Até porque não tenho ex, mas isso é outra história). Nem choro ouvindo músicas românticas ou quero um namorado saído de um livro do Nicholas Sparks. Exceto nos 10 dias do mês em que eu to de TPM, eu estou plenamente satisfeita com meu estado civil: Solteira.
Mas isso não significa que eu não queira estar com alguém, ser olhada cheia de amor por alguém, ou que não seja extremamente frustrante nunca ter beijado ninguém aos 16 anos. Existem dias que eu olho para os relacionamentos das pessoas e penso "Ok, talvez seja melhor ser celibatária" e dias em que eu  faço a mesma coisa e penso "O que eu não faria pra ter alguém pra ficar assim?".
Meu ponto é que frustração é diferente de tristeza. Eu não estou triste por estar sozinha, ou eu já estaria com alguém (não é como se ninguém tivesse querido ficar comigo até hoje, eu não sou alienígena a esse ponto), estou frustrada por não ter encontrado ninguém que valha a pena ainda.


Essa é a parte que o leitor inocente pergunta: "E o que faz uma pessoa valer a pena?" Uma coisa só: que ela goste de mim tanto quando eu gosto dela. É esse o segredo elementar dos relacionamentos, meus caros Watsons, se uma pessoa não gosta de você da mesma forma que você gosta dela, nunca vai dar certo. E eu redigo: nunca. 
Tanto se você gostar mais do que ela, quanto se ela gostar de você. Sabe aquela frase clichê de que amor é dar e receber? Então, se um dos dois dá mais do que recebe algo fica sobrando e assim como lixo nas ruas entope bueiros, e assim que a tempestade vem, faz transbordar rios, invade casas e derruba encostas (ou seja, só desastre). (MINHA NOSSA SENHORA DA ANALOGIA O QUE FOI ISSO?).
Ou seja, só vale apena abrir mão da segurança da solteirice e colocar meu coração em perigo por alguém que sinta exatamente a mesma coisa que eu. E eu quero dizer em todos os sentidos. Por exemplo, se eu estiver totalmente apaixonada por alguém, só vale a pena se a pessoa estiver totalmente apaixonada por mim. Se eu me sentir apenas fisicamente atraída pela pessoa, eu só ficaria com ela se fosse do mesmo jeito.

Ok, que dizem que para ficar não existem sentimentos. Mas infelizmente, não é verdade. O ser humano é um ser emotivo que é controlado pelas reações do corpo. Leia-se: até mesmo pra beijar alguém em uma festa você tem que sentir alguma coisa. E é a partir daí - de um beijo, de um primeiro encontro - que vem as outras reações como "valeu a pena?", "vai ser repetido?", "pode levar a algo mais?" e é respondendo essas perguntas, que você pode se declarar apaixonado ou não. É óbvio que dá pra se apaixonar antes de ficar com alguém. Tudo que você precisa é de algum tipo de contato. Como uma conversa, um tweet, uma longa troca de olhares, um cheiro. Coisas assim, tanto quanto um beijo, podem fazer com que sentimentos surjam.




Eu amo o termo inglês para "apaixonado", fallen in love, porque a tradução literal seria algo como "caído no amor". Quer dizer, você sempre pode se levantar de uma queda, sacudir a poeira e seguir em frente. Mas assim que você começa a amar de verdade e tira as preposições da frase "I'm in love with you" você não pode mais fugir, provavelmente quebrou todos os ossos na queda. Existe uma diferença imensa entre estar caído no amor e amando de verdade. Amor envolve coisas que a paixão nunca seria capaz de suprir. Você pode se apaixonar por um cheiro, mas nunca amar alguém simplesmente por isso. Paixão exige contato. Amor exige quase uma troca de corpos.


Sem falar que é totalmente possível amar alguém e estar apaixonado por ela de formas diferentes ao mesmo tempo. Tipo, quando você se apaixona por um amigo, mas não é correspondido. Você o ama como amigo, mas não como namorado, porque vocês não namoram, apenas está apaixonado. É isso que faz com que a gente acabe não nos declarando, para não perder alguém que a gente ama.
E se apaixonar por amigo aliás, é a maior treta. Porque como se já não fosse suficiente difícil lidar com um sentimento, você é forçada a lidar com dois! E aí é hora de colocar tudo na balança e decidir o que é melhor a fazer. Ignorar seus sentimentos e continuar a amizade? Se declarar e ter metade de chance de ser feliz e metade de chance de tudo dar errado? E se a pessoa não se sente do mesmo jeito que você? As coisas podem nunca ser as mesmas. E agora? Eu já me apaixonei por um amigo. Escolhi a primeira opção. Deu certo, em parte. Como eu disse, sempre dá pra se levantar de uma queda.
Então é, é isso. Eu já me apaixonei. Já me obcequei, já tive dezenas de crushs. E minha opinião sobre paixão não podia ser mais igual ao relato que me foi dado pela Annie (que provavelmente vai ficar toda feliz por aparecer no blog de novo):
"Uma vez eu li no tumblr um trecho de um texto da Clarissa Correa, que falava que amar é se jogar de um precipício, sem saber se lá embaixo vai ter alguém para segurar a gente. Foi a melhor definição de amor que já li.Acho que essa definição é a mais apropriada para o termo “se apaixonar”, também. Você só espera que a pessoa esteja lá, pronta para segurar-lhe. Se agarrando a esse desejo. Você odeia e ama, seus maiores medos, desejos... É se abrir por completo, esperando nada em troca. Ou talvez, esperando tudo.Pois bem, se apaixonar é a coisa mais maravilhosa do mundo. Pelo menos é o que dizem. Mas, infelizmente, eles apenas se esquecem de mencionar que, se apaixonar, só é realmente a melhor coisa, se é correspondido.
Se apaixonar é o primeiro passo para amar. Perguntei a minha mãe uma vez como eu sabia se estava apaixonada, e o que ela me disse foi “Se você pensa nele antes de dormir, considere-se uma garota apaixonada.”. Foi ai que eu me liguei de uma coisa; eu não pensava nele apenas antes de dormir, e sim, quando acordava, no decorrer do dia, quando sentava pra assistir televisão e me via perdida em meio a lembranças com o próprio e quando ia dormir.Eu me desesperei, para falar a verdade. Eu estava apaixonada. E foi bom, enquanto era correspondido. Mas quando se descobre que a pessoa não te ama de volta, é uma droga.
Bem, doeu. Doeu pra caralho. Por isso que minha opinião sobre é: se apaixonar é coisa de louco!
Mas bem, convenhamos, todos nós precisamos ser um pouco loucos, certo?!"
E é justamente isso. A paixão em si, é uma bosta. Te deixa insana, te faz perder o foco, o controle de si mesma. Se apaixonar é como deixar um pedaço da sua alma nas mãos de alguém. Dá pra pegar de volta, afinal ela continua sendo sua, mas se a pessoa der em troca um pedaço da alma dela, se todo aquele sentimento louco for respondido, se uma porta para que essa paixão se transforme em amor depois for aberta (mesmo que mais tarde ela seja fechada), aí sim, se apaixonar é uma das melhores coisas do mundo.
Não se eu saiba como é esse sentimento.
Ainda.
G.

P.S.: EU NUNCA USEI TANTA ANALOGIA NA MINHA VIDA. Isso é que dar falar de paixão.
P.S. 2: REPETINDO: Digam o que acham desse post nos comentários e eu vejo se realmente vou começar a colocar os gifs. Como sempre, se ninguém comentar eu tomo a resposta como um "não gostei". POR FAVOR, POR FAVOR, COMENTEM!!!