Antes deste post eu queria avisar às pessoas que não curtem a página do Facebook que eu liberei um pequeno presentinho no último Natal que, na verdade, é algo que algumas pessoas vinham esperando há um tempo: O PDF de As Crônicas de Kat. Você pode baixá-lo clicando aqui e seguindo as indicações do site (se precisar de ajuda, é só pedir). Agora você pode ler 234 páginas de uma história escrita por mim em qualquer equipamento eletrônico que aceite PDF. Desculpem. (Especialmente pela página de agradecimento. Eu queria que aquela página fosse um momento bonitinho onde eu mostrava minha gratidão aos meus leitores, mas quando eu escrevi aquilo eu estava com muita pressa de terminar o PDF logo e ir para a piscina então ficou muito estranho - mas, cada palavra escrita é verdade).

Eu sou um flamingo saltitante!
 (Mas sério, essa foto teve 76 curtidas no meu Instagram. E as fotos que dão o maior trabalho para tirar tem 30!)

É muito estranho pensar que no Natal do ano passado eu quase surtei porque não queriam ter um "Natal de verdade". Eu perturbei todo mundo até ter pelo menos algumas brincadeiras no lugar do amigo secreto, fiz a ceia de Natal acontecer independente do que os outros queriam, comprei um gorro de Papai Noel (depois de uma procura maluca em todo lugar da cidade - e esse ano estavam vendendo esses gorros até no semáforo, o que me deixou revoltada com a vida ), e ainda, quando achei que nossa árvore de Natal havia sido doada resolvi fazer uma árvore de livros (eu realmente queria saber como eu consegui fazer minhas espinhas desaparecerem nessa foto), sendo que eu sou péssima com esses trabalhos manuais artísticos ou não. Este ano, eu não tive nenhuma decoração de Natal, participei só de um amigo oculto superimprovisado (tipo, sorteio no dia anterior à troca de presentes e ainda assim quase ninguém conseguiu guardar o segredo de quem tinha tirado) e nem sabia o que faria na noite de Natal até 3 horas antes da ceia. E só reclamei disso umas 5 vezes!
Como viemos passar as férias no Rio de Janeiro, eu e minha irmã poderíamos até ter passado o Natal exatamente da mesma forma como passamos nos últimos 3 anos (na casa do meu tio que, na verdade, é filho da prima da minha bisavó e cunhado da minha tia-avó), mas antes mesmo que nós tivéssemos a chance de pensar nisso, meu tio que mora  em Araruama (cidade da região dos lagos do Rio de Janeiro, na qual eu morei por um ano) havia nos convidado a passar alguns dias lá (ou melhor, aqui, já que esse post começou a ser escrito em um documento do bloco de notas em Araruama mesmo) (eu tinha internet lá, mas só um roteador de 3G que era ligado dia sim, dia não e 50mb de internet da Vivo que acabava a cada 3 horas e que eu comprava de novo igual uma idiota, então vocês podem imaginar o sacrifício que foi conseguir fazer o upload do PDF de As Crônicas de Kat) e nós decidimos que esses dias seriam durante o Natal.
Isso foi fácil porque a amiga que está nos abrigando por enquanto tem família na cidade e sempre passa o Natal por aquelas bandas. Por isso, no dia 24 às 1h19 da manhã nós estávamos saindo de casa e tomando a estrada. Apesar de ter começado a viagem até com pique, depois que nós passamos a ponte Rio-Niterói eu já estava cheia de sono. Porém, não dormi. Eu tenho problemas sérios para dormir quando minha vida depende de outra pessoa e a sensação que eu tenho em uma viagem de carro a noite é que, se eu dormir, o motorista vai dormir também. De qualquer forma, chegamos na cidade às 3h30, mas ainda não fomos para a casa do meu tio. Dormimos na casa do pai da nossa carona e só às 14h finalmente fomos para a estação final.
A casa em questão fica em um distrito da cidade chamado Praia Seca que é a única parte da cidade que fica perto do mar de verdade (a "orla de Araruama" e as praias da cidade, na verdade, ficam em torno da lagoa que tem o mesmo nome da cidade). Foi só chegando que nós ficamos sabendo que a irmã da esposa do meu tio faria a ceia de Natal, então o Natal foi salvo. Mas antes disso, eu pude fazer uma coisa que vinha querendo fazer há alguns meses: arrumar meus livros.
Como nossa mudança de volta para a Bahia foi muito corrida e o apartamento em que morávamos precisava ser desocupado rapidamente, meu tio acabou pegando algumas caixas que sobraram e levou para a casa dele. A ideia original era que em alguns meses ele enviasse as caixas por frete, Correios ou algo do tipo, mas graças aos meus maravilhosos 101 livros (cujas caixas devem pesar uns 50 quilos cada), isso não foi possível. Como eu ainda estou sem saber se vou voltar a morar no Rio de Janeiro ou não (meu Deus, os resultados dos vestibulares estão tão perto de sair), nós resolvemos deixar as caixas aqui e esperar até eu ter certeza do que faria. Nisso, eu fiquei longe dos meus livros e mesmo que tenha comprado e ganhado outros 52 (em minha defesa, 5 deles são e-books) não faltaram momentos em que eu senti falta dos meus bebês. Na última véspera de Natal, eu finalmente pude matar essa saudade, abrindo as duas caixas deles e tendo um momento para abraçar, cheirar e fangrilar com eles. Separei alguns livros que eu tinha prometido vender para amigos, que eu ainda não tinha lido e nem tinha conseguido pegar da última vez e que eu vou precisar no futuro (como, por exemplo O Guia de Vampiros para Mulheres, que eu creio que precisaria até na minha tese de doutorado se eu fosse louca o suficiente para estudar tanto assim). Além disso, peguei meu gorro de vaquinha (como eu sobrevivi ao último inverno sem ele, Deus???) e minhas pantufas de vaquinha.
Depois disso tudo, nós nos arrumamos e às 21h fomos para a ceia de Natal. Foi bem simples, só com frango, salada de macarrão e carne de porco (todo mundo ficava dizendo para o meu primo de um ano que a gente ia comer a Peppa Pig). Comemos e depois de assistir um pedaço do filme especial de Natal (Enrolados - que foi o primeiro filme que eu vi em 3D e o primeiro filme que eu li no Rio de Janeiro, ironicamente), depois voltamos para a casa antes da meia-noite, na verdade. Depois assistimos o final do filme e fomos dormir. Nós também não tivemos trocas de presentes porque todo mundo já tinha ganhado seus presentes de Natal antes, então, tirando a ceia, nem parecia uma noite de Natal. (Não estou reclamando, apenas dizendo).

Essa foi uma das milhares de fotos que eu tirei com minha irmã e meu primo naquela noite.  Nenhuma ficou boa o suficiente para o Instagram, aparentemente, então eu postei uma com meu primo de um ano PORQUE BEBÊS SEMPRE FICAM LINDOS NO INSTAGRAM.
Eu acordei às 10h com o lindo sol da manhã. Eu não disse isso, mas no dia anterior, estava supernublado, o que ninguém quer quando vai para uma cidade com praia. Na manhã de natal, como um presente divino, o céu estava azul (entenderam o nome do post agora?). Então meu primo tem uma piscina de 1,5 metro de profundidade e um pouco mais de 3 metros de largura e quando eu acordei meu tio estava a enchendo e limpando, o que me deixou saltitante. Eu sou só um pouquinho obcecada (porque eu não "gosto" de nada, eu sou "obcecada" por tudo) por piscinas e eu não ia em uma piscina desde o carnaval (e, por sinal, a piscina que eu fui no carnaval estava SUPERFRIA), então enquanto tomava café e me arrumava, piscina era a única coisa que eu pensava. Mas, claro, eu tinha coisas para fazer antes da piscina: e foi por isso que não só a página de agradecimentos do PDF ficou uma bosta, como eu não tive a capacidade de escolher uma fonte melhor para meu nome na página dois, MAS PORQUE EU ESTOU CRITICANDO ALGO QUE DEU TANTO TRABALHO PARA FAZER E QUE TODO MUNDO QUE FALOU COMIGO ELOGIOU???? Desculpem, minha personalidade autocrítica não pode ser controlada de vez em quando.
Anyway, o resto do dia de Natal foi piscina, almoço de resto de ceia (tradição natalina brasileira), praia e depois piscina de novo até o sol se pôr (o que aconteceu 20h). Não que eu quisesse passar tanto tempo na piscina (foram 6 horas no total), mas eu queria ficar na piscina até o sol se pôr para poder contar para todo mundo que eu fiquei na piscina até o sol se pôr (vamos combinar, é legal contar isso).
Ficamos lá outros 3 dias depois do Natal e voltei para casa só ontem (um dos motivos para esse post ter demorado). A casa do meu tio é uma casinha de três quartos fofa e confortável e é em um lugar tranquilo e caloroso, então foram bons 4 dias. É bom estar em um lugar tranquilo onde se pode comer pão com manteiga e deitar no tapete quentinho para ler um pouco. Mesmo que eu tenha sentido muita falta da internet. Muita falta mesmo.
Aqui vai a lista de presentes de Natal que eu ganhei (sendo que nenhum deles foi ganhado NO Natal):1. 150 reais. Que eu gastei tudo em - SURPRESA- livro.
2. O livro "O presente do meu grande amor". Da minha irmã.
3. Uma caneca de vidro com tampa e colher. Que é o tipo de presente que quem não quer me dar livros deveria me dar, já que está relacionado com uma das coisas que eu mais amo depois da literatura: cafééééééé. Obrigada Nalu.
4. Um colar com um pingente de estrela. Que é um amorzinho
5. Uma capinha para meu celular novo. Que na verdade eu ainda não ganhei, mas já foi prometido então estou contando com ela.
6. Um anel com uma pedrinha branca. Que eu até sinto falta quando não está no meu dedo.
7. O livro "Porque sou cristão". (No amigo oculto).
Eu também dei vários presentes de Natal e ainda estou devendo alguns. É o ciclo da vida.
G.

P.S.: Entãããããão, este foi o penúltimo post do ano. O próximo é o da retrospectiva, que esse ano será sobre o que eu escrevi e o que eu li durante 2014 e tradicionalmente será postado no dia 31, depois das 22h, horário de Brasília. E, ah, o próximo post também será o post de número 300. Ou seja, terminaremos esse ano com 300 posts, olhem que mágico??
P.P.S.: Simmmm, eu lembro que eu tinha me desafiado a fazer do meu 300º post o anúncio da data de lançamento de Mais uma vez, mas não rolou. Fazer o quê né?