É estranho que eu saiba que o Natal está chegando quando eu começo a desejar bengalas de açúcar (apesar de nunca ter comido bengalas de açúcar) ou é apenas estranho que eu tenha começado o post assim? OLÁ, CRIANÇAS. Bem, hoje é 23 de dezembro o que significa que estamos na véspera da minha celebração de 48 horas preferida: o Natal (para a galerinha que reclama que "Natal é só no dia 25" aceitem: o Natal é uma celebração de 48 horas, ninguém comemora só o dia 25). Eu finalmente terminei de comprar tudo que precisava, apesar de ter esquecido o presente do meu gato (Mas tem sachê e um monte de caixas e embalagens para ele destruir, então acho que ele ficará bem) e estou completamente pronta para enfrentar a maratona natalina dos próximos dois dias.
Caso você não me conheça tão bem, provavelmente deveria saber que entre meu pequeno grupo de amigas na faculdade eu sou conhecida como "a louca das datas" (Eu também sou "a louca dos signos", "a louca das famílias reais" e "a louca de MisterWives", mas isso é outra história). O título me foi concedido porque eu sou realmente muito boa com datas. Eu normalmente me lembro do aniversário de todo mundo, eu sei que dia da semana um dia que é daqui a 3 meses vai cair, eu me lembro o dia exato que tal ou tal coisa aconteceu... E, eu também levo datas comemorativas muito a sério. Eu comemoro tudo desde o Natal e a Páscoa até o Dia da Árvore e o Dia do Fico. É frustrante quando eu não consigo fazer nada para comemorar um dia, mesmo que seja só uma foto no Instagram ou uma menção no Twitter. Eu levo todos os dias muito a sério.
Foi essa a razão para o Surto de Natal de 2013 ter acontecido quando parecia que nada daria certo para o Natal e que a data passaria em branco e de o Natal de 2014 ter sido tão triste por eu só ter passado a ceia e não feito mais nada. O Natal de 2015 também tinha tudo para ser incompleto e chato principalmente porque eu passaria ele sozinha. Bem, não completamente sozinha, minha família estaria aqui na maior parte, mas minha irmã não (Ela viajou para as férias e eu não pude - obrigada, entidades da faculdade, por fazer um calendário que me faria ter aula até hoje e depois arruiná-lo completamente) e foi com ela que eu cresci, passando todos os Natais juntas. Mas como eu nunca liguei tanto de passar muito tempo sozinha (sério, vocês precisam ver meus planos para o Ano Novo), poder fazer o Natal do jeito que eu quero não é tão ruim assim. 
Esse é realmente o primeiro Natal que está sendo bem do jeito que eu quero, com todas as tradições que eu gosto. Claro que Natal (meu Deus, quantas vezes eu já disse essa palavra? E ainda vou dizer muito mais) é época de compartilhar e de comunhão com a família e com os amigos o que significa que eu tive que coagir algumas pessoas a fazer o Natal do jeito que eu queria, MAS DETALHES. Eu decidi fazer dois posts para o Natal justamente porque este tem sido mais importante que os últimos e merece mais atenção. Esse post aqui é a explicação de como eu estou fazendo o meu primeiro Natal "sozinha" ser sobre mim. O próximo será se essa minha animação toda fez o Natal dar certo e como eu passei as 48 horas de Natal. Esse post aqui também será em tópicos porque eu achei essa Lista de Natal de três Diários de Bordo atrás e resolvi fazer uma nova versão dela:

Pooh me representa em muitas situações

Decoração
A parte mais fácil de todas. Durante o Surto de Natal de 2013, nós achamos que a árvore de Natal de casa tinha sido doada e quase ficamos sem uma naquele ano (Depois descobrimos a árvore perdida em cima do guarda-roupa, mas logo depois ela foi doada mesmo). Eu que não sou besta nem nada aprendi como fazer uma árvore de livos e decorei a casa com aquilo mesmo (foto abaixo). Este ano, eu resolvi repetir a ideia da árvore de livros e comprar decorações novas (até porque as antigas se perderam na mudança). O único problema é que eu tive que estudar a forma de montar a árvore de uma forma que o gato não destruísse tudo, já que ele adora morder livro (claramente, esse gato é meu carma) e fica hipnotizado pelas luzinhas de Natal. Acabei montando a árvore no meu quarto, porque quando saio posso fechar a porta. O gato ainda assim destruiu algumas embalagens de presentes, porque ele também ama sacolas, mas os danos podiam ter sido piores.
Também compramos guirlandas fofinhas para as portas do quarto, uma miniárvore dourada para o painel da TV e para a sala minha irmã fez uma arvore de luzes, que o gato já derrubou várias vezes, mas eu sempre coloco no lugar outra vez. Eu vou postar fotos dessas decorações no decorrer do post, já que o Blogger ainda não aceitou minha sugestão de criar minigalerias que a gente possa colocar no meio do blog para que as pessoas decidam se querem ou não ver as fotos e clicar nelas para ampliar. O Blogger seria tão melhor se eu mandasse nisso aqui.

Tem muito mais presentes embaixo da árvore de 2015, mas vou postar uma foto disso no outro post.
Presentes
Com exceção dos presentes que são para ela, a maioria dos presentes foi comprado em parceria com a minha irmã. Eu não comprei tanta coisa assim para a família, porque estranhamente não existe essa tradição de se presentear entre a família daqui. "E como é que você é louca por presentes desse jeito, Giulia?" eu devo ter puxado isso da família do meu pai, porque minha mãe também não se importava tanto com ganhar presentes e tinha o mesmo problema que eu com dar presentes (eu sempre quero algo que eu ache que combina com a pessoa e que faça a pessoa muito feliz, o que, eu sendo pobre, quase nunca acaba saindo exatamente do jeito que eu queria - e me deixa frustrada, mesmo que a pessoa não saiba de nada), mas eu e minha irmã sempre fomos as loucas por presentes da família. Se existem datas em que você troca presentes, eu não posso ignorar elas né? Resumindo o que eu precisava comprar de presentes era só o presente da brincadeira da festa da família (a gente vai fazer uma espécie de "pescaria" de presentes. Por algum motivo, ninguém quis amigo secreto, o que me deixa triste, porque eu adoro a expectativa de um amigo secreto), os presentes da minha irmã e mais alguma coisa que por algum motivo eu resolvesse dar para alguém por impulso. Além de, é claro, os presentes para mim.
Eu não normalmente ganho muita coisa de Natal: ano passado, se eu não estou esquecendo de nada, eu ganhei um livro, um anel e dinheiro. Eu também não ganho nada que "só pode ser aberto na manhã de Natal" desde que eu tinha 9 anos (e ganhei os meus primeiros livros que não eram originalmente paradidáticos!). Logo, como eu estou tentando fazer deste Natal o Melhor Natal de Todos Os Tempos, eu tive a louca ideia de embalar para presente tudo que eu comprasse para mim mesma e só abrir na manhã de Natal. Eu sei o que vocês estão pensando: "não tem graça se você sabe qual é o presente", mas tem sim! No momento, só dois presentes na árvore não são de mim para eu mesma, mas a maioria são compras que eu fiz na internet e ainda não abri, ou seja, eu reuni toda aquela emoção de receber algo em casa e abrir para um dia só. Além disso, eu sei que tem todo tipo de coisa que eu gosto embaixo (bem, teoricamente, é em volta) da árvore e isso me deixa bem animada para abrir tudo sexta-feira de manhã.

Confraternizações
Eu não sei o que é isso há uns bons 5 anos. Ok, eu tive uma confraternização ano passado com o grupo de adolescentes da igreja do Rio e foi ótimo porque foi com algumas das minhas pessoas preferidas do mundo, mas aquilo foi uma exceção à uma regra que vem me acompanhando há alguns anos: eu sempre sou a única pessoa do meu círculo social que nunca tem confraternização nenhuma para ir. Sim, eu sou anti-social, introvertida e tímida e poderia ter participado de alguns grupos que tiveram confraternizações, mas não é só isso. Nem mesmo quando eu estava na escola ninguém queria fazer amigos secretos. Na faculdade eu teria uma confraternização organizada por uma professora e cancelada pelas paralisações. Depois que as aulas foram canceladas de vez, as pessoas que quiseram fazer alguma coisa com a turma inteira tiveram as vozes abafadas pelo fato de que todo mundo queria ir para casa (a maioria dos meus colegas tem família fora). Eu não tenho necessariamente um "grupo de amigos" fixo. Eu tenho 3 grupos de WhatsApp (e Telegram) com amigos que eu conheci em lugares diferentes, mas se tudo que a gente tenta marcar durante o ano acaba dando errado porque ninguém tem tempo, imagina em dezembro? Basicamente, confraternizações não acontecem para mim. Minha tia queria me levar em uma dela no começo do mês, mas justo naquele fim de semana eu tive a maior crise de pânico que tinha em 2 anos e não tinha forças para sair de casa. Depois disso, eu decidi que é uma maldição. Confraternizações não são para mim e eu nunca mais vou participar de um amigo secreto na vida. É ridículo que isso LITERALMENTE me dê vontade de chorar?


A árvore de luzes.

Ceia
Eu estava morrendo de medo de que a família resolvesse viajar outra vez (como aconteceu no ano passado) e eu ficasse aqui, sozinha e sem ceia em plena véspera de Natal. PORÉM, convocaram um almoço geral no dia primeiro de novembro (e eu fui, mesmo sendo primeiro dia de NaNoWriMo. Isso era o quanto eu queria uma ceia de Natal) e nós começamos a decidir o que faríamos para a ceia. Eu quis me envolver no máximo de coisas possível e depois de implorar que tivéssemos rabanada no cardápio (não é muito tradicional ter rabanada nas ceias de Natal aqui da Bahia, mas é um dos meus pratos preferidos), fiquei responsável por fazer isso também. Amanhã eu vou acordar cedo para preparar tudo e pretendo ir mais cedo para ajudar na decoração também.
Eu não sou de socializar normalmente e nem gosto tanto de festa, mas ceias de Natal são importantes para mim, principalmente com a família toda. Quando eu era criança e morava em uma cidade perto daqui, eu costumava vir para cá nas férias e a gente passava momentos bem legais no Natal. Eu tenho lembranças de dormir no quarto da minha biza porque eu não aguentava ficar acordada até a meia noite e depois que o horário chegava, comer a ceia sentada na frente da TV vendo os especiais de Natal da Globo. E no dia seguinte, no famoso "enterro dos ossos" a gente fazia as brincadeiras. Eu me lembro de um bingo em que eu ganhei uma boneca que tinha cheirinho (se eu não me engano). Era geralmente quando os Santana que tem talento para música se juntavam para cantar e falar da infância deles. Minha vida não era perfeita na época, mas esses momentos me deixavam feliz e me fazem sorrir até hoje. Minha vida não é perfeita hoje, mas ela pode ser feliz no Natal. Por isso é tão importante.

Meu quarto é o do lado direito. Eu e minha irmã somos fofas né?
Christmas shopping
Ah, você quer dizer aquele dinheiro que eu guardei para o meu aniversário? Deixa eu explicar: quando eu digo "Christmas shopping" eu quero dizer, além da decoração e da comida, as roupas e sapatos novos que você normalmente compra para o Natal e para o Ano Novo. A questão é: esse ano eu não comprei nada disso. Eu moro em uma cidade onde preço de roupa é completamente absurdo! É uma boutique a cada esquina, cada uma querendo cobrar preços horrendos por roupas que eu compraria por 10% do preço em outro estado. Depois que eu vi um vestido de malha desses que a tinta sai na primeira lavagem (imagem meramente ilustrativa) por 80 reais, eu simplesmente decidi que nunca mais compro roupa fora de loja de departamentos nessa cidade. As lojas de departamento pelo menos tem preço tabelado, apesar de as melhores peças nunca chegarem aqui (eu ainda estou esperando uma blusa que eu vi na C&A do Rio em setembro chegar na C&A daqui, mas a daqui ainda tem peças de São João). E só para piorar em dezembro, preço de roupa sobe demais. Desta forma, pasmem, eu vou usar o mesmo vestido que usei no Natal (vocês vão descobrir o que eu vou usar no Ano Novo no próximo post) do ano passado e guardar o dinheiro que usaria em roupa para o meu aniversário, que é em 57 dias. É uma questão de inteligência que não tem nada a ver com o fato de que eu não gosto tanto assim de comprar roupas.

Pequenas tradições que me fazem feliz
Eu fiz uma pequena playlist no Spotify apenas com minhas músicas de Natal preferidas: All I Want For Christmas is You, Santa Claus is Coming to Town e a minha preferida de todas Rockin' Around The Christmas Tree que eu quase morri ao achar na minha versão preferida, na voz da Miley Cyrus (Tantas lembranças do Natal de 2009). Não tenho um filme de Natal preferido e nem nunca assisti os clássicos, porque eu sou péssima, mas eu amo ver os especiais de Natal na TV. Meu conto preferido de Natal é A Pequena Vendedora de Fósforos, mas meu livro que tem ele não está comigo (metade dos meus livros ainda estão no meio do caminho da mudança, na casa do meu tio. Uma das metas para 2016 é trazer esses livros para cá de uma vez), então eu simplesmente vou reler meus dois contos preferidos da antologia organizada pela Stephanie Perkins, O Presente do Meu Grande Amor, que eu ganhei da minha irmã ano passado: É um milagre de Yule, Charlie Brown da própria Stephanie e Baldes de Cerveja e Menino Jesus da Myra McEntire.
Também existe a tradição de ir ver as luzes da cidade, cumprida ontem. Foi completamente decepcionante porque a praça que eu sempre visitava quando era criança foi negligenciada pela prefeitura este ano. Eles não fizeram muito esforço em decorar aquela praça, já que gastaram muito mais dinheiro em trazer as atrações dos shows do Natal da Cidade. A programação de shows ficou legal, mas minha infância foi destruída ao ver um lugar que eu cresci na expectativa de ver decorado todo ano ser decorado de qualquer jeito. Por outro lado, eu realizei o sonho de infância de poder comer um monte de besteira vendida nas barraquinhas da praça, ao invés de ter que escolher uma coisa só, como acontecia quando eu ia ver a decoração quando era criança.
Eu também tenho a tradição de ver as decorações de vários shoppings e tirar foto de tudo. Como eu não vou viajar, eu só vi a decoração de um shopping, o daqui e não ficou tão legal assim. O tema é floresta encantada ou algo assim e eu realmente gostaria mais se não estivesse lá desde outubro! Sério, a chegada do Papai Noel foi no dia 31/10 e o shopping já estava tocando jingles natalinos há mais de uma semana. Eu fiquei irritada porque colocaram a decoração tão cedo e quando finalmente entrei no clima de Natal, já tinha enjoado dela. De qualquer forma, postei uma foto fofa no Instagram e talvez acabe postando outra.

É isso. Esse foi um post bem tradicional de Diário de Bordo comigo falando sobre minha vida. Por favor, não cansem de mim, ainda faltam muitas partes.
G.