Olá!! E feliz dia mundial do escritor!! O meu primeiro como autora publicada. É estranho e confuso dizer isso ainda e é bem verdade que eu ainda não acredito. "Giulia Santana, autora de A Linha de Rumo". Os dois dias desde que A Linha de Rumo saiu não têm sido nada do que eu esperava para os meus primeiros dias como autora publicada. Uma série de coisas deu errado nas últimas semanas e no dia em que o livro saiu eu ainda estava esperando algumas delas serem corrigidas, então o dia foi passado no estresse de resolver tudo, ao invés de na comemoração. Eu fiquei bem mal no dia, pra falar a verdade, ao ponto de ter chorado na terapia quando minha psicóloga disse que tinha algo de bem errado em ela ficar mais animada pela minha conquista do que eu. Eis a questão: É como se eu já tivesse passado por aquele momento "caminhando nas nuvens" e "eu sou uma autora" no mês passado quando eu anunciei o livro e todo mundo me banhou de apoio e amor e foi tão lindo. Agora eu me sinto... Exposta. E não é que eu tenha medo de críticas negativas. Não, não. A gente passou dessa fase completamente meses atrás. Eu pulei de ter medo de críticas negativas e fui diretamente para a fase "Eu estou completamente convencida de que todo mundo odeia esse livro e mesmo que me digam o contrário, eu não vou acreditar". E eu sei que é a depressão e ansiedade falando, mas essa é a questão que eu preciso trabalhar. Então se você me vir agora eu não sou a autora mais animada, ou a autora mais orgulhosa de si mesma. Na verdade, eu tô quase fugindo de qualquer discussão sobre o livro. Mas eu ainda preciso divulgar o livro e não posso perder meu momentum, certo? Então eu pensei nesse post.
Se você não se amedrontou por esse primeiro parágrafo (talvez porque já conheça a dinâmica do QaMdE), por favor, se presenteie com um chocolate. Eu tenho dois anúncios/avisos antes de ir ao post: O primeiro é que a linda da Carol Vidal publicou a primeira resenha de A Linha de Rumo na Revista Subjetiva essa semana e eu morri de amores. A resenha prova que a minha paranoia é, exatamente, excesso de paranoia, mas shhh. O segundo é que quem comprou a pré-venda de A Linha de Rumo e não conseguiu baixar a versão definitiva ainda pode baixar clicando aqui, logando, encontrando o livro na lista e clicando em "atualização disponível". Se a sua versão não tem folha de rosto, ela não é a versão definitiva!
Agora deixa eu explicar como o post real vai funcionar: A entrevista comigo mesma foi algo que eu fiz em 2012, porque quando você tem uma mente insana imaginativa como a minha, imaginar entrevistas que você dará para talkshows famosos é tão frequente, que você se convence de que ninguém vai fazer perguntas tão boas para você mesma quanto você. E ir pra faculdade de jornalismo quando você já pensa assim não ajuda nada no processo. Basicamente o post sou eu falando do que eu já queria falar, mas com uma dinâmica legal de perguntas e respostas. Nem é tão estranho assim, vai? A Nickelodeon fez isso com as estrelas deles este ano:


Isso nem foi uma desculpa pra postar um vídeo da Kira, mas podia ter sido. Eu não falo com ela direito há quase 3 dias e eu to com saudades e ela tá tão ocupada, aaahh :( Amanhã o presente dela chega a ela, pelo menos <3


Agora que estabelecemos que a minha manifestação de personalidades aleatórias é perfeitamente normal e aceitável dentro da minha profissão, vamos ao post:

Pergunta: Primeiramente, parabéns pelo livro! Como esses primeiros dias têm sido?
Resposta: Obrigada! Bem, sendo sincera nada do que eu tinha esperado. A primeira resposta têm sido incrível e chega a ser difícil acompanhar as reações de todos. Como o lançamento foi do e-book e as cópias físicas ainda não chegaram para quem já pediu, tem muita gente que ainda não começou a ler e eu tenho que me preparar para meses de primeiras reações das pessoas.

P: Qual foi a parte mais difícil desse processo de publicação?
R: Escapar da minha própria autossabotagem. Ser a minha própria chefe é tipo "meu grande objetivo" até porque eu sei que deixo as pessoas loucas e vice-versa, mas também, eu não fui feita para saltitar livremente pelo campo sem alguém para controlar minhas rédias. Existiram vários momentos em que a minha procrastinação e o meu bloqueio não foram bonitos.
No sentido mais técnico da coisa, eu acho que a parte mais difícil foi a parte da impressão da versão física do livro porque por mais que essa possibilidade esteja disponível para autores independentes brasileiros no KDP ela também é muito burocrática. Eu conheço meu puúblico e eu conheço o interesse deles, então eu corri atrás da capa comum porque sabia que muita gente iria querer a cópia física. Mas mesmo lendo o regulamento e os termos um milhão de vezes teve muita coisa que eu tive que voltar e perguntar na Amazon por e-mail. No meu foco absoluto em deixar a versão impressa a melhor possível, porque eu sabia que ela seria a mais comprada, eu acabei não me dedicando ao e-book tanto quanto gostaria, o que resultou no erro que afetou o pessoal que comprou o e-book na pré-venda. E no fim das contas só o e-book conta para o prêmio. Eu acho que se eu tivesse um conhecimento melhor de como esse processo se desenrolaria, eu não teria feito a capa comum. Eu focaria no e-book e garantiria a melhor qualidade possível para ele e a melhor divulgação possível para ele - até porque, várias pessoas me disseram que não têm costume de ler e-ook, mas compraram ALDR.

P: Você acha que o processo de vender seu peixe, ou vender seu livro, é díficil?
R: Eu não achei mais díficil do que o processo de divulgar todas as minhas histórias durante todo esse tempo. As mesmas pessoas que liam e divulgavam minhas histórias antes, leem e divulgam minhas histórias agora. Talvez um pouco mais, porque existe um peso na palavra "livro".

P: Como vai a Síndrome de Impostor?
R: Eu acho que eu ainda não tive uma crise séria de síndrome de impostor, porque ainda não parece muito real! É meio como se eu ainda precisasse aceitar que isso está acontecendo de verdade e que não é um sonho para passar pela fase de síndrome de impostor. E eu tenho trabalhado tanto nisso nas últimas semanas que não é bem como se eu estivesse entrando em uma nova realidade de uma vez só. Foram etapas.



P: Falando um pouco sobre a drama do livro, quais foram as melhores e as piores partes de escrever?
R: Tem uma cena em um dos capítulos de flashback que costumava ser uma cena deletada, mas eu decidi deixar na versão final. Eu não posso falar muito dela porque é spoiler, mas ela e toda a história que começa com ela foi a parte mais fácil de escrever. Sabe quando a personagem começa a falar na sua cabeça que nem doida e você não tem muita opção além de escrever o que ela tá dizendo? Foi basicamente isso. Aquela storyline foi escrita vomitando os sentimentos que a Leigh me passava, então foi tão bom e tão simples.
A parte mais difícil provavelmente foram as partes com as crises de ansiedade e alguns problemas médicos que mais de uma personagem têm no decorrer da história. Não só porque eram complicadas de entender, mas porque algumas eram gatilhos reais para mim e eu escrevi porque eu sou masoquista. É a mesma coisa de eu ter medo de sangue e amar escrever e ler sobre vampiros. Eu também odeio hospitais e no ano em que escrevi A Linha de Rumo eu evitei o hospital com tanta vontade que eu quase morri de um vírus respiratório no inverno. Então, claramente, eu gosto de escrever coisas difíceis para mim.

P: Qual a personagem com quem você mais se identifica?
R: Quando eu escrevi o primeiro rascunho, a Leigh era a personagem com quem eu mais me identificava em toda ficção da história do mundo!! A gente funcionava do mesmo jeito. Algumas edições e três anos depois, eu mudei e cresci, e a Leigh também mudou bastante. Vocês não reconheceriam a Leigh do primeiro rascunho. Ela era incrivelmente mais cínica e dramática, onde no fim ela acabou mais séria e objetiva. Nós duas crescemos, mas eu acho que ainda me identifico muito mais com ela do que com qualquer outra personagem.

P: Existe algo que você faria de diferente ou que você se arrepende no processo?
R: Uuuh, não vamos abrir essa porta. Sim, mas eu também tenho muito orgulho do que eu consegui colocar no mundo. É estranho. A história reflete agora quem eu sou agora, como escritora e como pessoa. E eu acho sei que ainda tenho muito o que trabalhar em mim mesma. Mas também era importante para mim, participar do Prêmio Kindle e publicar meu livro no KDP. Arrependimentos e mudanças à parte, eu estou feliz com essa história e eu a amo demais. Espero que vocês amem também.

P: Mais alguma coisa a acrescentar?
R: Sim! Se você já leu a história, por favorzinho, avalia ela na Amazon! Pode ser sincero na sua nota, eu preciso dessas avaliações para melhorar o algoritmo do livro e ajudar nas vendas! Atualmente eu estou evitando qualquer tipo de opinião sobre o livro, porque estou emocionalmente ferrada, então não vou ler nada, mas eu preciso dessas notas. Obrigada, amo vocês!

E é isso. Eu não sei qual efeito isso vai ter sobre a experiência das pessoas com A Linha de Rumo, mas é isso que você ganha ao me apoiar. E eu amo vocês por me apoiarem. INCLUSIVE, eu ainda vou escrever o post sobre publicação independente. Deveria sair na semana passada quando o caos se instalou com a questão do livro físico, então eu suspendi ele até eu ter certeza do que está acontecendo até para não informar vocês errado, como eu fiz no post de anúncio do livro.
Se você tem interesse na cópia física de A Linha de Rumo, você pode comprar pela Amazon norte-americana ou pela minha loja no Instagram chamada Estrelas Partidas. Enquanto eu espero os livros chegarem, eu acho que sei sobre o quê o próximo post vai ser, mas não vou animar vocês sobre isso até ele estar escrito.
Até mais, peoples,
G.