*O título desse post deve-se ao fato de que nos últimos dias eu tenho visto tweets de pessoas reclamando do uso de vogais repetidas e de caps look e inclusive já levei unfollow por usar caps look demais. E como eu sou uma pessoa irritante, e tanto o blog e o  twitter são meus, eu estou demonstrando minha revolta com isso.

Oi mundo! Então, como eu tenho postado bem pouco (eufemisticamente já que não postar nada por quase dois meses, não é exatamente "postar bem pouco") e como vocês corresponderam a minhas expectativas sobre "Último Dia de Inverno" (MUITO MUITO MUITO OBRIGADA *-*), eu resolvi fazer uma surpresinha hoje e postar uma parte da segunda parte do conto. Quando eu vou postar a segunda parte? Veremos. Espero que gostem.

Quando eu tentei soltar a mão dele ele não deixou então eu entrelacei os dedos nos dele e descemos o Monte de mãos dadas (eu sei, soa ridículo).
No meio do caminho, mais ou menos onde eu tinha transformado as Selenitas, Nate perguntou:
- O que acontece depois que você ganha a Competição?
- Bem, a gente geralmente vai pra sede da Ordem no país e passa a primavera descobrindo com o que vai trabalhar.
- Você vai amanha mesmo?
- Geralmente, eles dão uma semana pra poder aproveitar com os familiares. Mas, como eu não tenho nenhum, eu prefiro ir amanha mesmo. Porque a pergunta?
- Eu estava pensando que depois disso a gente não vai poder passar mais tempo juntos.
Eu parei de andar. Aquilo era verdade. Quando eu fosse pra Ordem, eu provavelmente não o veria. Pelo menos por um bom tempo. E eu fiquei surpresa por isso até doer. Quer dizer, a gente se conhecia a menos de um dia. Mas talvez fosse exatamente por isso que separar a gente agora fosse tão ruim. Eu precisava de mais tempo com ele.
- O que foi? – Ele perguntou olhando a minha reação.
- A gente não vai deixar isso acontecer, vai?
Ele deu de ombros.
- O que a gente pode fazer? Eu não posso ir com você pra Ordem, sem fazer parte dela.
- Mas... Mas a Ordem pode ajudar você com a sua história, e...
- Mas não tem como eu fazer parte da Ordem, Chloe.
- Mas... Mas... – Eu odiava gaguejar. Mas ele estava certo e não havia muito a discutir sobre isso. – Mas eu ainda preciso descobrir tanto sobre você.
Ele sorriu.
- Você ainda tem até o meio-dia.
- Não é tempo suficiente.
- Como você tem tanta certeza?
PORQUE MEUS OLHOS ESTAVAM CHEIOS DE LÁGRIMAS?
- Eu só, sei. – Disse engolindo em seco.
Ele apertou os dedos nos meus.
- Não fica assim, Chloe. Vai ficar tudo bem. Ainda pode acontecer muita coisa hoje. Só mantenha o foco no seu objetivo ok?
Eu simplesmente balancei a cabeça e nós continuamos a andar. Eu fui pensando em algumas perguntas no caminho:
- Qual sua cor preferida?
- Verde.
- Prato preferido?
- Peixe com batatas.
- Aniversario?
- 23 de agosto. E o seu?
- 30 de outubro. Hmm, se você pudesse jantar com uma personalidade, quem seria?
Ele riu.
- Sempre quis que me perguntassem isso. Michael Jordan.
- E por quê?
- Porque ele é o maior jogador de basquete de todos os tempos. Eu gosto de basquete.
- Hmm... Posso pular a pergunta sobre esporte preferido então. Poder preferido?
Ele parou pra pensar.
- Qualquer um relacionado à agua.
- Percebi. – Eu disse rindo. – Mas por quê?
Ele deu de ombros.
- Porque a água é a maior força da natureza. E ela controla a vida.
- Oh. – Foi o que eu consegui dizer.
Nesse ponto, nós chegamos ao festival. Incrível o que uma energia desconhecida pode fazer com fadas. Todas, exceto as crianças que estavam distraídas demais com seus poderes, olharam em nossa direção, curiosos. Eu já tinha esquecido que estávamos de mãos dadas, até perceber os olhares maus em direção as nossas mãos. Aí, eu tentei soltar a mão dele de novo, mas só o fez apertar tão forte que minha circulação ficou presa.
Depois de um minuto constrangedor inteiro, a diretora Janie saiu do meio da multidão e apareceu para nos saldar.
- Olá. - Ela disse com um sorriso diplomático - Bem vindo a Fôret.
- Obrigado. - Ele estendeu a mão direita sem soltar a esquerda da minha - Meu nome é Nate.
- É um prazer Nate. - Ela apertou a mão dele - Janie. Imagino que Chloe tenha explicado como as coisas funcionam.
Eu encarei o chão.
- Ela não precisou. - Ele disse olhando Pra mim. - Eu conheço festivais de inverno de muitos países.
- Ah, um viajante. - Ela estava com o olhar que usa quando esta tentando definir qual o melhor castigo a aplicar - Filho de fadas da Ordem?
- Ah sim.
- De que país?
- Da Rússia.
- Vindo de lá?
- Sim.
- Oh. - Foi tudo que ela disse e eu me perguntei que conclusões ela tinha tirado daquilo.
- Eu encontrei Chloe na floresta Ontem e estava a ajudando a treinar. Acredito que não seja um problema que eu passe o festival aqui, certo?
- Não, claro que não. - Ela quase pareceu ofendida por ele considerar a possibilidade – Chloe, querida, mostre o melhor do Festival para seu amigo. - Eu rangi os dentes e concordei - E você esta convidado a passar a noite aqui se quiser assim.
Ele apenas concordou com a cabeça e Janie saiu sorrindo.
- Desculpe por isso. Eu nunca trago gente nova pra Escola então tinha esquecido a parte diplomática da coisa.
- Não tem problema. Isso é mais fácil de lidar do que com as “mean girls” pelo visto.
Eu me virei para as garotas que tinham lançado os olhares maus. Elas estavam cochichando. Aquilo era como respirar pra elas.
- Não é um saco quando pessoas assim lembram que você existe? - Eu disse o puxando pela mão pra andar.
Ele riu.
- Elas só estão com inveja.
Foi a minha vez de rir.
- Inveja? De mim?
- Mas é claro. Quantas delas tem namorado?
Eu congelei.
- Você não é meu namorado.
Ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. De novo.
- Então vai lá e diz disso pra elas.
Eu não consegui deixar de sorrir.
- Deixa elas pensarem o que quiserem. - E então voltei a andar.

E se alguém tiver uma dúvida sobre as histórias eu posso adiantar uns spoilers. =P
G.