O título dessa parte deve ser creditado a Isabella, que foi quem usou o termo "Reality show do coração" pela primeira vez. E desculpem a demora, eu não estava no clima pra escrever o Diário ontem.

Pra quem ainda não sabe, eu tenho feito exames pra caramba esse ano por causa de problemas de saúde que eu tive. A última novidade foram meus diagnóstico de depressão e arritmia ambas leves e não muito com o que se preocupar. De uma forma ou de outra, as duas precisam de cuidados e para esses cuidados acontecerem eu preciso fazer exames. E um desses exames eu tive que fazer na segunda. E ontem. Ele durou 24h. Enfim, o exame em questão foi o holter. Trata-se de uma máquina que fica monitorando meus batimentos cardíacos por 24h sem parar. E isso aqui é como foi essa experiência traumática:
Acordei 6h (é, eu nunca vou me livrar da zica de acordar as 6h o tempo todo). Tomei banho. Tomei café e saí. Eu e a minha mãe precisávamos estar em Madureira as 8h e como a gente não conhecia bem o lugar, a gente saiu de casa cedo pra chegar a tempo, então pegamos o ônibus e fomos. A viagem de ônibus foi só uma entre várias. Fui ouvindo música como faço sempre que o celular tá carregado (e estou fazendo agora pra poder descarregar ele). E é claro, fiquei pensando na vida.
Chegamos em Madureira 7h50, (no meio do caminho, eu vi pela primeira vez um ônibus que dizia a data, a hora e a temperatura e ele ia pra Leopoldina, o que eu acho que seja discriminação com os bairros mais pobres) mas passou de 8h enquanto a gente procurava o lugar já que a gente parou um ponto antes e andamos pra caramba em uma direção e na outra pra poder achar o prédio - que é um shopping - onde fica a clínica. No segundo andar do shopping, tinha wifi. E foi assim que eu twittei isso:

@mymelodie_OMG, tem wifi aqui!!

Então entramos no elevador e fomos pro terceiro andar que já não tinha mais wifi. Então fomos colocar as máquinas. Depois de algumas complicações (já que a minha mãe esqueceu algumas coisas de tão avoada que saiu) nós fomos colocar as máquinas. Elas ficam assim na gente:

E tinha mais dois desses que ficavam em lugares que eu não podia mostrar nas fotos.

E então depois disso, recebemos fichas para anotarmos as principais atividades do dia (comer e dormir - foi apenas o que eu anotei). E saímos. Aí eu twittei isso no segundo andar:

@mymelodie_Coloquei o router ja..
(yep, eu escrevi errado, mas vou explicar porque. Eu não sabia escrever, quando eu procurei como se escrevia eu tinha escrito certo, então eu coloquei na cabeça que se escrevia da forma mais fácil, e estava errada. Descobri a forma certa [holter] lendo a máquina)

Então eu e a minha mãe resolvemos voltar pra casa de trem. Isso foi legal porque eu nunca tinha andado de trem. Nós erramos a estação, mas quando chegamos na segunda deu tudo certo. E eu dei muita sorte porque eu peguei um dos novos trens que estão chegando na cidade. *-*

Não dá pra ver direito, mas vamos apenas dizer que comparar esse trem ao velho é a mesma coisa que comparar o centro do Rio à zona oeste.

Eu sentei no banco de lado (a foto infelizmente não tá nesse computador, então não dá pra postar. Mas eu posto ela no próximo post do Diário pra vocês verem), o que me deixou estranhamente super tonta e foi engraçado. Mas foi uma viagem divertida, eu diria uma ótima primeira viagem de trem.
Nós acabamos indo pra Bangu, que é a estação mais próxima daqui. E como a gente já tava lá, fomos resolver uns problemas, como por exemplo tentar pegar meu book (mais sobre isso depois) que deveria ter saído dia 16 mas no fim só vai sair dia 28. E então compramos algumas coisas (eu tava agindo como se fosse pagar por tudo e me achando "a adulta" por isso, mas a verdade é que minha mãe vai me pagar depois porque eu realmente preciso daqueles 50 reais).
Então fomos (viemos) pra casa. E o resto do meu dia resumiu-se em: computador. Porque eu terminei o "O dia em que o my melodie virou blog de moda" naquela segunda. Então vamos apenas dizer que as coisa demais que aconteceram nesse meio tempo foram: as fotos que eu postei no instagram, as de cima e essa:


Aquilo me machucou e me apertou, eu menstruei (OMG, agora eu me sinto no Diário de Bordo de verdade - chequem a parte 9 do Diário 1), eu comi com intervalo de duas horas e o mais importante: EU TIVE UM ATAQUE PARANOICO POR NÃO PODER TOMAR BANHO. Óbvio que com aquela máquina eu teria que passar 24h sem tomar banho. Eu amo água. Cheiro de sabonete, e como qualquer pessoa normal, me sentir limpa. Então, isso foi uma droga. E eu fiquei parecendo uma maluca tendo uma crise por não poder tomar meu banho e ter que dormir suja.
E falando em dormir, foi a parte mais complicada da coisa toda. Eu não durmo em qualquer posição e o aperto dos (eu não sei como aquilo se chama, aqueles botões da foto um), aumentou na posição que eu durmo normalmente. No meio da noite um dos botões, o laranja, soltou e eu não faço ideia de como isso vai afetar o exame. O fato é que eu me esforcei pra dormir bem apenas pro tempo passar logo.
As oito da manhã de ontem (não acredito que foi só ontem, parecem anos) eu fui acordada pra tirar a máquina, então virei pro outro lado da cama e dormir por mais três horas. A tortura finalmente tinha acabado e eu podia comemorar isso com meu sonho do dia anterior: Um banho. Agora o que falta são só os resultados.

Com amor (pelo menos na maior parte do post),
G.