Eu estava na aula hoje, lendo As Vantagens de Ser Invisível quando comecei a pensar em coisas realmente incríveis. E em como eu me sentia de verdade agora que as coisas estavam bem. Então eu comecei a pensar em um poema. Um poema com versos brancos porque quando eu estou escrevendo um poema eu odeio parar pra pensar em rimas. Na verdade, minha história com poesia é bem complicada. Eu costumava querer ser poetiza (antes de querer ser escritora) e escrevi um livrinho de poesias quando tinha 9 anos. Mas depois que eu cresci um pouco, eu deixei de gostar de poesia, por achar meio maçantes. Até o ano passado, quando eu parei pra pensar nos verdadeiros significados por trás delas e me dei conta de que quando eu escrevo sobre meus sentimentos de verdade, meus poemas até que saem bons (Não seria Natal, não foi um dos bons. Nem um dos mais ou menos). Nos últimos dias, eu estava pensando em postar uma poesia, mas não conseguia achar um bom tema, e só ia postar se ficasse bom de verdade (esse foi aprovado), então eu escrevi hoje, improvisando, enquanto deveria estar copiando a matéria de literatura, que eu deixei pra copiar depois. Viver a literatura é muito mais importante do que estudar ela certo? Espero que vocês gostem.

Antes, só uma coisinha. No dicionário, a palavra "pleno" significa: "que está todo ocupado; que está inteiro; a que não falta nada" e isso é importante pra mim. Só achei que deveriam saber.
E ah, eu sei que o título parece brega, mas foi o mais adequado.

Plenitude
Aquela sensação trazida pelas noites de outono,
que são sempre frias demais se você prefere calor,
e quentes demais se você prefere frio,
mas você não se importa de verdade.
Porque você pode fechar os olhos e fingir que está perto das estrelas.
Pode esvaziar sua cabeça de pensamentos.
E se sentir pleno.
Não feliz.
Nem triste.
Apenas pleno.

São como aquelas tardes em que você fica no telefone,
trocando mensagens com seus melhores amigos
e conversando sobre nada e sobre tudo ao mesmo tempo.
E você sabe que pode se abrir e fala de assuntos que te deixam pra baixo,
mas você não se importa de verdade
porque seus amigos estão lá pra você.
E você se sente pleno.
Nem feliz.
Nem triste.
Apenas pleno.

É como aquele dia em que você vê seu mundo de cabeça pra baixo,
e tudo parece uma completa confusão.
E então você ouve aquela música incrível.
E ela te faz sorrir.
Como uma limpeza de dentro pra fora, as coisas ficam mais claras.
E você se sente pleno.
Não feliz.
Nem triste.
Apenas pleno.
(Giulia Santana)

G.