Ok, este é outro post atrasado, mas dessa vez é porque meu digníssimo notebook quebrou pela terceira vez em 2 meses! Ele esperou fazer um ano e acabar a garantia para simplesmente resolver que desiste e me fazer gastar uma grana ferrada com ele. Isso depois de tudo que eu passei com o Office ano passado, até mesmo depois que eu comprei o programa original atualizado. Sinceramente, eu não posso dizer a palavra deadline perto dele que ele já surta. Parece até eu. BUT ANYWAYS, eu estava pensando no que deveria escrever e precisei de todo um momento dedicado a pensar em que partes da minha vida eu precisava escrever sobre. Depois de quebrar minha vida em pequenos pedacinhos, eu me dei conta de que existe um assunto que nunca fica velho porque sempre é atualizado: Minhas obsessões.
Considerando que eu não sei gostar de nada sem ficar completamente viciada, grudada e absolutamente insuportável sobre a coisa em questão (Coisa que realmente aconteceu no começo da semana: Eu abri a galeria do tablet e fui recebida por 239223983298323 fotos da minha obsessão musical atual. Soltei: "Eu NÃO estou obcecada". Colega a algumas cadeiras de distância: "Eu nem sei o que é, mas você está obcecada sim".), eu sou conhecida como "a louca" de diversas coisas. Meu título preferido definitivamente é "A Louca de MisterWives", mas eu coleciono outros títulos muito valiosos que eu gosto de exibir por aí. Um deles é "A Louca dos Signos" título que muitas pessoas no mundo carregam e que eu consegui superacidentalmente depois de tentar me incluir na febre que começou ano passado. No momento, eu duvido que consiga passar mais de 3 horas sem falar de signo ou sem ao menos pensar que a pessoa fez tal coisa por causa do signo, ascendente ou lua dela, mas não foi assim sempre não.

Esse gif vicia, nossa.
É fato que na sexta série eu fiz uma tabela de famosos de cada elemento e saí combinando signos como se fosse a astróloga, mas deixando de lado o conhecimento astrológico que me foi fornecido pela Capricho, tudo que eu fazia sobre meu signo era de retweetar uns tweets sobre o signo de Aquário quando eu ficava acordada até muito tarde da noite. Ano passado, a internet enlouqueceu e praticamente tudo poderia ser baseado em signos, então as pessoas começara a fazer mapas astrais e de repente todo mundo começou a falar de ascendente, lua, vênus, mercúrio e eu como boa procrastinadora precisava descobrir tudo isso sobre mim para passar horas lendo sobre. Meu primeiro mapa deu Aquário com ascendente em Câncer e pelo que eu li fez bastante sentido. Mas eu não pude ler tudo de uma vez e perdi o site que fez esse mapa, então precisei fazer em outro. Me recomendaram fazer no Personare e eu levei um susto do caramba quando o mapa que eu fiz disse que eu sou de Peixes com ascendente em Virgem! Já que meus mapas astrais davam coisas completamente discordantes eu resolvi por um tempo que simplesmente iria aceitar o mapa que eu achava que mais combinava comigo, que de acordo com eu mesma era Aquário com ascendente em Câncer. Conversa sobre signos vai, conversa sobre signos vem, eu comento sobre os mapas diferentes na frente da minha amiga na faculdade e ela solta a seguinte frase: "Ah, é porque você nasceu na cúspide. É como se você fosse dos dois.". Mal sabia eu que a simples palavra cúspide ia ferrar com a minha vida para sempre.
Eu não queria ter dois signos, isso era tão bom quanto ter nenhum. Então eu comecei a pesquisar sobre cúspide como doida. A cúspide é o exato momento em que o sol muda de um signo para o outro. Representa mais um minuto específico, mas pode-se dar o nome de cúspide ao primeiro ou o último dia do signo também. Para a new astrology, pessoas nascidas nesses dias podem ser consideradas dos dois signos, mas para os astrólogos mais tradicionais você só pode ser de um signo ou de outro. Ainda assim, há quem diga que mesmo sendo de um signo solar só, existe uma influencia óbvia do signo anterior ou próximo para a pessoa que nasceu na cúspide. E é nessa onda que eu vou. Como ficou definido para mim que só é possível ter um signo, eu precisava descobrir qual era, então comecei a fazer meio milhão de mapas astrais para descobrir qual deles aparecia com mais frequência. Isso me fez descobrir várias coisas, como por exemplo, que eu nasci durante um dos poucos anos em que o horário de verão foi vigente na Bahia, então precisava tomar cuidado dobrado ao fazer meu mapa astral. Depois de um tempo eu percebi que com todos os dados checados um milhão de vezes meu mapa ficava da seguinte forma, em diversos sites diferentes:


Isso significava que eu passei 17 anos da minha vida completamente enganada sobre o signo ao qual eu pertencia. Todos os horóscopos da Capricho... Todos os tweets sobre Aquário que eu retweetei quando não conseguia dormir de madrugada... Toda a minha vida... Sem falar naquele dia que eu fiquei meia hora reclamando porque tinha colares com pingente de Peixes na Riachuelo, mas não tinha de Aquário... Tudo isso uma ilusão sem fim. Claro que eu não aceitei isso fácil, fiquei em negação por um tempão. Lendo sobre os dois signos e agoniada porque os dois faziam bastante sentido para mim e eu simplesmente não queria abrir mão de ser de Aquário. Me convenci de que os 35 sites nos quais eu fiz meu mapa astral poderiam estar errados e passei mais algumas semanas prolongando o mistério de Qual-é-o-signo-de-Giulia-Santana. Um belo dia eu resolvi testar sem fazer meu mapa astral: Fui atrás de um site que mostrasse a posição dos astros em determinado momento. Joguei então a data do meu nascimento e o horário que eu nasci. O sol estava em Peixes. Voltei duas horas: SOL EM FUCKING AQUÁRIO. Depois eu descobri o momento exato em que o sol entrou em Peixes em 1998: Dia 18 de fevereiro às 18h55, horário brasileiro de verão. UMA HORA E CINCO MINUTOS ANTES DE EU NASCER.
Então eu sou pisciana, mas eu sou assustadoramente influenciada por Aquário. E apesar de saber que meu sol é em Peixes e de finalmente ter aceitado isso sem problemas, grande parte do tempo ou eu me sinto dos dois signos ou eu não me encaixo em nenhum. Caso vocês não tenham percebido o tamanho do desgraçamento mental da lista de planetas ali em cima, vou chamar atenção para alguns fatos: Eu tenho o exato mesmo número de planetas em Aquário e Peixes (3 de cada lado). Meu sol é em Peixes, mas é interpretado na Casa 6, que olhando logo abaixo podemos notar que é Aquário. Além disso, meu elemento dominante é o ar - quando Peixes é signo de água. Resumindo todo meu idealismo e meu relativo distanciamento sobre certas coisinhas são bastante culpa de ter nascido nessa cúspide maravilhosa que é a cúspide da sensibilidade (sim, o nome da desgraçada é cúspide da sensibilidade). (Você pode ler mais sobre cúspides aqui. A new astrology acredita que a influencia dura uns dias - quanto mais perto do dia mais forte, claro - então se você nasceu entre os dias 16 e 26 de um mês, recomendo procurar por informações.). Caso você tenha lido todo esse parágrafo e ainda não tenha entendido quão tenso e na beira da loucura é ser cúspide, aqui vai a versão gráfica do meu mapa astral:


E aqui vai um close-up em onde está o sol


Outros aspectos do meu mapa astral explicam porque eu não sei desapegar das coisas e sou estranhamente ciumenta sobre as coisas mais aleatórias possíveis (Lua em Escorpião), porque eu não gosto de casais felizes perto de mim (Vênus em Capricórnio) porque eu sou impaciente e morro de medo de que o tempo esteja acabando e que eu não consiga fazer nada, mesmo eu sendo jovem (Saturno em Áries). Eu poderia ficar falando disso por horas porque ter um mapa astral desgraçado do jeito que o meu é me fez ler muito sobre cada aspecto de tudo. Isso faz com que as pessoas aparentemente confiem em mim e acreditem que eu tenho algum tipo de credibilidade para falar sobre astrologia (Aparentemente a aparência de credibilidade quando eu não tenho nenhuma é culpa do meu Quíron em Escorpião. Que também é culpado por meus problemas de comunicação já que fica na casa 3.). 
Eu fui numa festa no começo do mês em que basicamente me receberam com "Oi, faz meu mapa astral?". Apesar de às vezes ficar perdida quando é para falar de algumas coisas e preferir ir na internet dar uma checada, eu não ligo de todo mundo me pedindo pra fazer mapa astral não. Gosto de saber os mapas astrais de todo mundo e usar contra as pessoas assim que possível. Minha conta no Viastral é cheia de mapas astrais das amigas e se eu já era obcecada em saber os aniversários dos outros antes, imagina agora? Nos rolês eu sou aquela que pergunta o signo antes de perguntar o nome (Não, mas sério, semana passada foi semana de integração da faculdade e nós entrevistamos os calouros e perguntamos os signos. Até hoje tem gente que eu sei o signo, mas não lembro o nome.) (Em minha defesa, eu sempre fui horrível em decorar o nome, mesmo depois de saber fatos pessoais sobre a pessoa) e que trás o signo a tona sempre que possível. Eu fiz mapa astral de várias personagens minhas e fui responsável por interpretar os mapas astrais dos personagens das amigas. Em resumo, assim como em todas as outras situações que envolvem obsessões minhas: Eu sou insuportável a respeito.
Aí vem aquela pergunta: Mas você acredita mesmo que a posição dos astros na hora em que você nasceu define sua vida? Não, na verdade. Prefiro que nada defina minha vida e que eu faço com ela o que eu quiser. Sobre minha personalidade e os aspectos que combinam com o signo, eles não são tão precisos, mas tem umas coincidências que a gente não ignora não (E, na verdade, eu não acredito em coincidências). Minha lógica definitiva é: Se eu tenho 8 planetas, 2 astros e uns cometas para culpar pelas coisas que eu faço porque eu não faria isso? É tudo uma questão de perspectiva. E essa é a perspectiva de uma pisciana, cúspide com aquário e de ascendente em Virgem.
G.