Vossa Excelência, eu quero que conste nos autos o fato de que para mim, o ano começou há uma semana. Janeiro foi invenção capitalista, meritíssimo. OLÁ, PESSOINHAS! Sinceramente? Eu nem vou pedir desculpas ou me justificar pelas últimas semanas. Eu sei que o aniversário do blog foi ontem e eu também sei muito bem que 9 anos não são uma década. Mas eis a questão: Originalmente, esse post nem era para ser post de aniversário. Ele era para ser retrospectiva e sair no dia 30 de dezembro. Mas aí no dia 30 de dezembro resolveram ameaçar me demitir por WhatsApp e eu comecei a ter crise de pânico como se fosse promoção em loja de R$1,99 e eu só tivesse R$1,99. Eventualmente eu acabei sendo demitida, então eu passei as últimas semanas tentando me realocar no universo. Eu vou falar mais sobre o que aconteceu no futuro, depois que eu resolver algumas coisas, mas por enquanto, eu só queria acabar o que eu terminei. A ideia era que esse post saísse antes do aniversário do blog e que o post do dia 7 de fevereiro fosse um episódio de podcast, mas eu só tive essa ideia na quarta, dia 5, e logo percebi que não ia dar tempo. Aí eu me dei conta de que (se o post de aniversário do ano passado prova qualquer coisa) um post de retrospectiva e um post de aniversário são praticamente a mesma coisa, só muda o mês.
Antes que eu vá ao post em si, porém, eu tenho dois anúncios importantes. O primeiro é que VOZES ESTÁ EM CAMPANHA DE FINANCIAMENTO NO CATARSE!! Basicamente, estou juntando dinheiro para a impressão de 500 cópias do livro e com apenas R$20 você leva uma cópia do livro autografado, com seu nome nos agradecimentos e ainda um monte de marcadores e cards. A campanha é para que não só as pessoas que querem cópias físicas possam tê-las, mas também para que eu doe uma parcela dos livros para as bibliotecas das universidades onde os casos de assédio que eu narrei no livro aconteceram, assim como para as organizações que me ajudaram a coletar dados. Caso você não tenha como comprar o livro com R$20 ainda, mas queira ajudar, também está rolando uma rifa e com apenas DOIS reais, você pode concorrer a um tênis converse lindo! Clique aqui para mais informações e entre em contato pelas redes sociais ou pelo email blogs@giuliasantana.com para organizar o recebimento do seu livro (válido para todo território brasileiro. É possível apoiar o projeto e comprar a rifa ao mesmo tempo através do Catarse). E o segundo anúncio, que eu espero que vocês já saibam, é que eu estou fazendo publicações simples de textos exclusivos no Instagram do Quebrei a máquina de escrever, depois de quase um ano sem postar nada naquela página. Voltamos com tudo e já tem indicação de série com mais de 2 mil impressões (as impressões do QaMdE batendo as do meu perfil pessoal são TUDO PRA MIM), então se eu fosse vocês, acompanhava.

É sério. Me ajudem, eu sou pobre.
Nós estamos juntos há 9 anos e é completamente bizarro pensar que eu ainda tinha 12 anos quando postei pela primeira vez neste blog. Especialmente considerando como crianças de 12 anos são minha maior fonte de dor de cabeça na internet no momento. Eu tenho 102% de certeza de que tudo que eu passo com crianças de 12-14 anos na internet no momento é carma pelo fato de que eu forcei a internet a aguentar minhas abobrinhas desde aquela época. E agora eu tenho 21, quase 22. As coisas melhoraram? Não. Eu ainda posto as merdas que eu quero sem pensar duas vezes? Sim. Eu ainda forço as pessoas as ouvirem o que eu tenho a dizer? Uhum. Será que durante os meus 30 eu vou ter que lidar com gente de 21 que age como eu??? Desse jeito eu nem preciso de filho.
Eu ainda converso com pessoas na minha vida que me conheceram naquele primeiro ano de blog (PuccaSecrets squad!!) e é engraçado como a gente foi de "primeiro dia de ensino médio!!!!" para um bando de adulto formado que não faz ideia do que está acontecendo. Eu fico feliz em saber que eu descobri que a Disney mentiu com tantas pessoas maravilhosas. Mal vejo a hora de descobrir que De Repente 30 também mentiu junto com vocês! Obrigada por todos este anos de paciência e apoio e por ainda lerem o que eu escrevo, mesmo depois de eu abandonar vocês por meses!
Inicialmente, eu nem queria escrever uma lista de melhores coisas da década. Quer dizer, eu queria, para entrar no hype, mas eu não queria, porque para fazer uma lista de melhores coisas da década eu teria que simplesmente rankear coisas de acordo com uma base fosse ela gosto pessoal, opiniões de especialista, impacto cultural, etc. Por exemplo, se você me perguntar o melhor álbum de 2019 pessoalmente, a resposta é o álbum que eu tenho tatuado na pele, óbvio, mas se eu for dar minha opinião profissional enquanto formadora de opinião acerca da música (jornalista musical demais a bicha), eu seria forçada a dizer Cuz I Love You, da Lizzo. E ao mesmo tempo, é muito difícil escolher as melhores coisas da década quando grande parte das coisas que eu consumi na última década é de muito tempo atrás. Por exemplo, eu descobri meu livro preferido em 2013, mas ele foi lançado em 1871; Up In The Air (aka Amor sem Escalas) é um dos melhores filmes que eu vi na última década, mas ele foi lançado em 2009. E ainda tem o fato de que é bem díficil visitar minhas memórias antes de 2014 e antes de eu começar a tratar minha depressão direito. Mas ao mesmo tempo, muita coisa está registrada aqui, então eu sempre posso revisitar. E é por isso que eu resolvi fazer uma lista que não faz sentido algum. Ao invés de mandar os melhores da década, eu vou mandar COISAS QUE ACONTECERAM e que FORAM SIGNIFICATIVAS. Se vira aí pra desvendar se eu gostei ou não.

2010 — EU OUVI NO RÁDIO


Sim, eu sei que Tik Tok é 2009. Não, eu não to nem aí.
Logo no começo da década, já no dia 9 de janeiro, eu me mudei para um lugar sem internet, onde fiquei por um ano. Então minhas referências culturais foram limitadas, apesar de não completamente bloqueadas. Acontece, caro leitor, que um ano sem internet te ensina a recorrer a todo outro tipo de mídia. Eu fiquei, por exemplo, viciada em rádio já que logo descobri rádios que tocavam música pop no estado do Rio de Janeiro (não acontecia nas rádios da cidade em que eu cresci). Eu também comprei um número absurdo de revistas, assisti TV para cacete (já que eu finalmente tinha mais canais do que só Globo) e comecei a ler mais livros recentes e que se adequavam a minha faixa etária e ao ano em que eu estava (quando nos anos anteriores eu tinha lido 75% da Série Vagalume). 2010 foi, por exemplo, o ano em que eu assisti H2O: Meninas Sereias como série e não só como a versão filme, o ano em que eu vi episódios de Gossip Girl no SBT e descobri que minha amada Michelle Tranchtenberg fez parte da série e até mesmo fiquei viciada em KYLE XY!!!!!!!! desde já vendendo um pedaço da minha alma para Julie Plec. No sentido literário, eu li todos os livros da saga Crepúsculo, comecei Os Imortais (ainda um dos fave, VOCÊS QUE LUTEM) e comecei Percy Jackson e Os Olimpianos. Também comprei meu primeiro livro novo naquele ano (antes disso eu só tinha livros que foram comprados em sebo), que foi A Última Música do Nicholas Sparks, que ainda é o único livro do Nicholas Sparks que eu não vendi (exceto por O Milagre, que ainda está a venda no Instagram giulia.lojinha). Eu era die hard fã da Miley Cyrus na época e foi naquele ano que eu comprei meu primeiro CD da vida, que eu também tenho até hoje, o Can't Be Tamed. Quando foi anunciado que ela faria shows no Brasil em 2011 e rolou a ICÔNICA promoção Eu Quero Sym para conseguir participar do show exclusivo, eu participei, pagando mico em farmácia e tudo. Ainda fiz questão de ir gravar no dia do aniversário dela. Queria que o vídeo ainda existisse, mas ele queimou junto com o HD do computador do meu tio e uma das primeiras versões do meu primeiro livro. Eu também amava Demi Lovato e os Jonas Brothers pra caralho na época, então também sofri para caralho quando perdi o show deles em maio, apesar de estar a apenas três horas de distância deles. Além disso, eu tinha 12 anos, então no fim daquele ano eu também sofri quando vazou o vídeo da Miley fumando sálvia e a Demi foi parar na reabilitação. Foi um ano bem difícil, emocionalmente falando. Eu sei que você deve estar se perguntando como eu sabia disso tudo sem internet, mas colegas a combinação lan house uma vez no mês + os colegas de escola que tinham internet em casa sabendo de quais artistas que eu gostava, me mantinha informada desses momentos. Finalmente, aquele foi o ano em que eu comecei a escrever meu primeiro livro, que na época ainda se chamava One More Time, e quando eu comecei a escrever a INFAME fanfic conhecida por Songs, que foi publicada em vários lugares diferentes até desaparecer nas profundezas do meu arquivo de coisas que ninguém mais pode ler. 2010 foi um ano decisivo para eu me apaixonar por William Moseley, provavelmente porque eu não tinha muito a fazer com a minha vida além de copiar a página dele da Wikipédia no meu diário uma vez quando eu estava na lan house e reler tantas vezes que eu sabia ela de cor. Por isso Songs acabou surgindo. Mente vazia é oficina do diabo, galera. A playlist de Songs ainda existe no Spotify e não só ela dá um panorama legal do que acontece na história (já que o conceito da história é literalmente o fato de que cada uma dessas músicas lembra o casal principal de uma coisa sobre o relacionamento deles), ela também é um panorama legal do que eu ouvia naquela época.



2011 — VAMPIRO EM PELE DE CORDEIRO
AAhh, 2011. Por onde eu começo a falar sobre você? Outra mudança no começo do ano, dessa vez para a capital do Rio. Passei, de novo, grande parte do ano sem internet em casa, mas dessa vez eu tinha internet na escola e na casa dos meus tios que ficavam dois andares abaixo da minha. Foi assim que o Quebrei a máquina de escrever nasceu, como PuccaSecrets, no meu primeiro dia de aula do 9º ano do ensino fundamental. E aquele ano foi bem formativo para a mim do ponto de vista cultural. Por exemplo, perder o show da Miley Cyrus no dia 13 de maio depois de tudo que eu fiz para ir naquele show ajudou a formar meu carácter e eventualmente me transformou na pessoa que se aproximou tanto dos próprios fav que eles não conseguem conceber fazer show no Brasil sem que eu esteja presente, com nome na lista. Pois é, galera, foi tudo parte do meu grande plano. (Disclaimer porque eu sei que vai ter gente que vai vir me xingar: É brincadeira. Minha conexão com meus bebês são a coisa mais importante do mundo para mim, e elas sabem disso).
Mas além de chorar quando eu não conheci a Miley, chorar quando Hannah Montana acabou (secando minhas lágrimas com minha toalha de Hannah Montana e tudo), chorar quando a Demi saiu da reabilitação, chorar pela primeira vez (mas definitivamente não pela última) quando uma música estreou com Skyscraper, finalmente terminar o ano chorando quando anunciaram o show da Selena no Brasil e as coisas começaram a dar errado, eu também tive tempo de conhecer o outro amor da minha simples vida de 13 anos: Nina Dobrev.

Vocês lembram quando The Vampire Diaries ainda tinha DIÁRIOS??
Como deliciosamente explicado neste post de 2012, eu comecei a ver The Vampire Diaries depois de descobrir Nina Dobrev em um dos meus momentos de internet e resolver que eu precisava assistir a série. E aí eu fiquei viciada, baixando os episódios da série via ORKUT e assistindo no computador com Windows 2000 que minha mãe comprou pra que a gente conseguisse fazer trabalho de casa. Foi uma época bem estranha, mas os sacrifícios que eu faço quando fico obcecada por uma atriz não conhecem limites (Kira Kosarin tá aí de prova). A questão é, para os padrões de 2011, The Vampire Diaries era a melhor série de todas, ao ponto de que eu simplesmente conversava sobre a série com meu professor de matemática da época, cujo nome eu nem lembro, mas que sei que amava o Kevin Williamson e assistiu não só TVD, como The Secret Circle, série também baseada nos livros da L. J. Smith cujo cancelamento eu ainda remoo às vezes. (Side note: Esse professor de matemática só foi meu professor a partir de março. O motivo é que a professora que entrou o ano dando aula na escola foi demitida uma semana depois de ter tido uma altercação comigo. Não que eu ache que o motivo da demissão foi a altercação que ela teve comigo, mas tudo que eu sei é que 6 anos depois, quando eu a encontrei na Bienal de 2017, eu saí correndo. Qual foi a altercação, você se pergunta? Um belo dia ela fez um comentário, que ela repetia sempre, sobre o que ela queria na semana seguinte. Aí eu mimiquei o que ela fez, revirando os olhos e repetindo. A sala estava um caos e eu estava lá no fundo, não imaginei que ela fosse perceber. Mas ela percebeu e começou a gritar comigo sobre como revirar os olhos era falta de educação, tão alto que a sala inteira ficou quieta para ver. Mas aí aconteceu uma coisa mágica: Enquanto eu simplesmente encarava a professora, sem tentar me defender, várias pessoas da sala começaram a me defender, dizendo que eu era tão quietinha que eu nunca faria isso na minha vida. Eu tinha feito, mas a professora ainda estava gritando e eu fiquei emocionada quando me defenderam. Eu não faço ideia se eu cheguei a esclarecer que eu realmente tinha feito aquilo algum dia, mas as pessoas tinham tanta certeza que eu não tinha feito que eu comecei a duvidar que eu tinha feito. Eu faltei aula na semana seguinte e na próxima ela já tinha sido demitida. Me disseram que foi por outra briga que ela arranjou com a coordenação da escola, mas até hoje eu me pergunto se foi culpa minha. Eu sou uma pessoa ruim? Não respondam).
Em setembro daquele ano eu finalmente tive internet em casa com a chegada do novo computador que mamãe pode comprar e acompanhei a terceira temporada de The Vampire Diaries e a única temporada de The Secret Circle sofrendo apenas pelo fato de que série da Julie Plec é só sofrimento mesmo. Agora imagina qual não foi a minha felicidade quando duas das minhas atrizes preferidas do ano anterior, que nem eram americanas, apareceram do nada na CW. Phoebe Tokin e Claire Holt indo de sereias a vampira e bruxa (e eventualmente loba/hibrida) e atuando no mesmo canal e depois juntas de novo foi simplesmente TUDO pra mim e sinceramente, sempre será. Ainda não superei.
Outros momentos impactantes foram, naturalmente, a minha primeira Bienal do Livro, o livro A Hospedeira da Stephenie Meyer (que é muito melhor que Crepúsculo, FIGHT ME), o livro True da Hilary Duff e, é claro, a trilogia Wake (Wake, o primeiro livro, foi literalmente o primeiro livro que eu li no ano e li de uma vez só, dia 1º de janeiro) e provavelmente o fato de eu ter passado o mês de abril inteiro falando do cara que era o único homem que eu considerava bom o suficiente para ser citado com certa constância. Aquele também foi ano em que ele começou a namorar a Kelsey Asbille, que na época usava Kelsey Chow. Exceto que eu também falava muito sobre o Justin Gaston, que naquele ano ficou noivo da atual esposa e mãe das filhas dele. Mas isso é o bastante sobre homens brancos, outra coisa que aconteceu naquele ano foi o dia em que o site do Disney Channel liberou As Fabulosas Aventuras de Sharpay de graça por 24 horas e eu fui na casa do meu tio assistir ao filme todinho porque eu desconheço o conceito de limites. E eu tinha 13 anos, não tenho arrependimento algum. 2011 foi um ano culturalmente confuso.

2012 — FIM DO MUNDO?
De todos os anos, 2012 provavelmente foi o mais deliciosamente catastrófico de todos. Musicalmente e audiovisualmente falando foi ano em que eu comecei a assistir Glee e o último ano em que Glee fez algum sentido. Também foi ano em que Pitch Perfect saiu e mudou a história do cinema. Também teve Os Vingadores, I guess? Eu minha mãe e minha irmã íamos para o cinema demais naquele ano, o que levou a grandes momentos como a vez em que eu tive uma crise de pânico na sala de cinema quando a gente estava vendo O Que Esperar Quando Você Está Esperando no dia 10 de agosto de 2012, o que me levou ao hospital e fez com que eu só visse o final desse filme em 2015!!! Mas ao mesmo tempo, eu também tentava desenvolver meus próprios gostos usando séries e livros para me distraírem da crescente depressão que eventualmente culminou em terapia e antidepressivos no fim do ano. Foi o ano em que eu comecei a ler Harry Potter, por exemplo, e eu lembro que na minha primeira consulta com o psiquiatra, eu comecei Harry Potter e a Pedra Filosofal. Mais infos sobre os filmes, séries e livros que eu vi/li naquele ano vocês podem encontrar nos posts do Movies & StAff do Diário de Bordo 2.


Além disso, 2012 foi o ano em que eu acrescentei Candice Accola à minha lista de Divas™ (eu era muito crente, então eu não dizia ídolas porque a Bíblia diz que não pode ter ídolo. Mas eu também era muito gay no armário então eu só era fã de mulher). Então foi o ano em que eu me viciei no álbum dela It's Always The Inocent Ones (que não tá no Spotify porque não existe justiça), comecei a assistir Drop Dead Diva (séries PERFEITAS com finais HORRÍVEIS) e assisti minha primeira websérie, a mais icônica de todas, Dating Rules From My Future Self. A série é boa mesmo na temporada sem a Candice, mas também é importante que fique claro que essa série destruiu minha vida ao se tornar uma parte grande demais da minha personalidade. 7 anos depois, a criadora da série, Shiri Appleby, dirigiu um episódio de outra série em que a personagem da Kira morria então claramente ela trabalha contra mim, pessoalmente.
Outra parte considerável da minha vida naquele ano foi Selena Gomez. Eu já comecei o ano meio enlouquecida porque era para eu ir ao show no dia 4 de fevereiro, mas acabou não dando certo porque a FODIDA da HSBC Arena só aceitava cartão de crédito para dar desconto. Por isso o banco faliu. Eu sofri muito naqueles dois primeiros meses, mas depois acabei me convencendo que não era Vontade de Deus™ e que eu iria no próximo show que a Selena viesse fazer aqui. E aí ela nunca mais voltou e agora eu peguei ranço dela por causa do fandom, então esses rumores de que ela está vindo não mais me afetam :) :)

2013 — PSYCHOBITCH
Ah, 2013. Doce, caótico, enlouquecedor 2013. Dois mil e treze foi meu ano rebelde, talvez por ter sido o ano em que eu descobri que era definitivamente não-hétero (o que não significa que eu não passei os dois anos seguintes em negação né). Na verdade, eu defini minha sexualidade naquele ano caótico como "há controvérsias" porque claro que eu tava apaixonada pela única pessoa por quem eu já senti atração romântica, ao mesmo tempo que tinha me convencido de que era completamente hétero, sim. Mas isso aqui não é sobre a minha vida pessoal é sobre as minhas INFLUÊNCIAS CULTURAIS. Eu só citei minha sexualidade, porque ela é 100% culpa de uma vampira de 138 anos (132 na época) chamada Carmilla. Na verdade, Carmilla só entrou na minha vida depois que eu li o conto Outra Vez na Escuridão da Carolina Munhóz e decidi que precisava do conceito de mulheres gays do mal para sobreviver por aquele ano. E até o presente dia, bruxas, vampiras, fadas e qualquer outra criatura mítica pra mim só serve pra mim se for gay e assassina.
Eu sempre fui uma criança meio creepy, mas 2013 possibilitou que eu me tornasse uma pessoa Creepy com Referências. Por exemplo, antes de 2013, se você me dissesse que só gosta de "vampiros reais", eu provavelmente só reviraria os olhos. Depois de 2013, se você fala um negócio desse na minha frente, recebe duas horas de palestra sobre casos reais de vampirismo espalhados pelo mundo. Tá achando que isso aqui é palhaçada, ô viúva do Lestat? Em 2013 apenas eu li Drácula duas vezes, Carmilla seis vezes, Fade (meu livro preferido no começo daquele ano) quatro vezes. Eu escrevi 128 posts aqui no blog e mantive quatro fanfics pela maior parte do ano, além de ter sido o ano em que eu terminei de escrever meu primeiro livro que também naquele ano recebeu o título oficial de Mais Uma Vez. Também foi o ano em que eu fui parar em seis recuperações e foi o primeiro ano que eu tive impulsos suicidas. Não dá para vencer todas.
Musicalmente, foi o ano com meu pior gosto musical da vida e eu terei 89 anos e ainda não vou ter me perdoado pela playlist da minha festa de 15 anos. Por outro lado, aquela foi a última vez em que eu simplesmente forcei todo mundo a ouvir as músicas que eu queria que eles ouvissem, independente de quão ruins elas eram. Eu preciso de mais dessa coragem, ao mesmo tempo que preciso da força de vontade que eu tenho hoje em dia para lembrar a pessoas que SE EU PEDI PRA NÃO TOCAR AOS OLHOS DO PAI, NÃO É PRA TOCAR AOS OLHOS DO PAI. Eu nunca vou superar o fato de que a única coisa que eu pedi no meu aniversário de 15 anos foi desrespeitada. É esse o motivo pelo qual eu não terei cerimonialista no meu casamento. E EU NEM SEI SE TEREI CASAMENTO. Voltando pro assunto, a questão é que eu passei todo ano de 2013 ouvindo músicas pesadas e ruins e adicionando novos palavrões em inglês ao meu vocabulário, e eu vou fechar essa parte do post com um ótimo exemplo disso:



2014 — ANTIDEPRESSIVOS NATURAIS
Eu sinto que 2014 foi um grande precursor da forma como eu usaria a cultura pop e as mídias nos anos seguintes. Sabia que usar livros e filmes e séries para te aliviar da dor profunda da existência faz com que você desenvolva um relacionamento tóxico com essas coisas? Eu sei!! Incrível! 2014 foi o ano em que eu li mais livros (pela primeira vez. Eu acho que nos anos anteriores eu li mais livros no geral, mas eu lia o mesmo várias vezes), o ano em que eu desenvolvi um sistema doentio de acompanhamento de séries de TV e o ano em que eu tentei e falhei miseravelmente em fazer uma SUPERMARATONA DE FILMES (que acabou com dois filmes porque eu fiquei obcecada pela Zoey Deutch e não consegui assistir mais nada além dos dois filmes com ela que eu assisti).
Depois que a minha mãe morreu, em abril, eu comecei a fazer muita coisa porque me lembrava ela, mesmo que inconscientemente. A última coisa que eu e minha mãe fizemos juntas foi assistir Revenge (ela começou a passar mal no meio do episódio novo), então se qualquer pessoa me perguntar, até hoje, a quarta temporada é a melhor temporada da série (eu chorei quando descobri que ela tinha sido cancelada). Eu também comecei a assistir Liv e Maddie com vontade, já que eu e minha mãe assistimos a estreia juntas e mesmo que o fato de que as duas personagens eram interpretadas pela mesma pessoa me deixasse agoniada, o fato de que minha mãe amava a série falava mais alto. Também teve o show da Demi Lovato que eu considero meu primeiro show oficial por ser o show de alguém que eu gostava (o que faz as pessoas acharem que eu sou super fã da Demi até os dias de hoje, quando, na verdade, eu só ouço as músicas novas dela depois que a Kira faz cover) (oops) (não vou explicar os motivos de eu ter me distanciado da Demi, porque não é o momento, porque eu não quero que o fandom venha tentar me matar e porque se eu for falar mal de ex-Disney nesse post, falarei mal de Selena Gomez.), que foi o último presente de aniversário da minha mãe para mim. A forma como minha família reagiu à minha vontade de ir a este show e a forma como algumas pessoas me tratam até hoje por causa disso é algo que ainda me irrita em um nível sobrenatural. Eu nunca consegui perdoar meu tio por algumas coisas que eu ouvi no final de semana do show e agora ele morreu também então ESSA QUESTÃO NUNCA SERÁ TRABALHADA. Por outro lado, minha família estava se sentindo culpada, então eu passei o ano seguinte ganhando todos os livros que eu queria e lendo todos os livros que eu queria. Eu provavelmente trocaria os livros por menos traumas emocionais no primeiro ano depois da morte da minha mãe, mas agora já foi.

2015 — TRUE_LOVE_(PIANO_DUET)_-_DOVE_CAMERON_FEAT._JORDAN_FISCHER.MP3
2015 foi o ano em que eu entrei na faculdade então eu mal consumi qualquer tipo de mídia que não fosse curta. Webséries, vídeos do YouTube, séries de 30 minutos da MTV (FAKING IT, VOLTA PRA MIM, POR FAVOR) (pausa: noite passada eu sonhei que namorava a Rita Volk. Só queria compartilhar mesmo). Qualquer coisa que não levasse muito tempo e não me desse a sensação de que eu estava desperdiçando tempo que eu pudesse estar usando na faculdade. Estamos claros? Agora vamos à parte importante.

Bem, eu acabei de perceber que vou completar a idade que a Mandy tinha quando eu conheci ela e quando o clipe de Reflections foi gravado. CRISES.
Era 12 de fevereiro de 2015, e eu estava tentando falar o mínimo possível por motivo algum além de que eu queria saber se sobreviveria a dois dias de descanso vocal. Eu passei a primeira parte do dia organizando e carimbando meus livros com meu então novíssimo carimbo (que eu tinha comprado no dia anterior, mas que quase cinco anos depois ainda funciona perfeitamente) e reorganizando eles na estante; e a segunda parte do dia largada no sofá da minha tia, com um livro no colo, mas ignorando ele para ficar no celular, quando eu passei por um Vine que já tinha visto 500 vezes e resolvi finalmente tirar um tempo para pesquisar a música que tocava no fundo. Nos primeiros dez segundos de música eu já estava apaixonada. E esses dez segundos definiram todo resto.
Em 2015 eu descobri todos os amores da minha vida, mesmo que eu ainda não soubesse que eles seriam os amores da minha vida. Até meu gato foi adotado em junho daquele ano (e recebeu o nome do baterista de MisterWives). Eu só criei uma conta no Spotify para ouvir MisterWives e a partir do Spotify, eu fui apresentada a Bahari em setembro. Por causa de MisterWives eu também descobri o The Wild Honey Pie, que me apresentou a uma série de novos artistas e se tornou o lugar dos sonhos para onde eu queria escrever (spoiler alert: eventualmente eu consegui). Um desses artistas foi a banda Ra Ra Riot (que eu tecnicamente já conhecia, da trilha sonora de A Última Música) que eu vi ao vivo ano passado, e cujo primeiro álbum deu nome ao meu primeiro livro, A Linha de Rumo. Esse livro foi escrito em novembro de 2015 e durante a escrita dele eu costumava deixar a TV ligada como ruído de fundo, e foi graças a isso que eu assisti meus primeiros episódios de The Thundermans. Está tudo conectado. TUDO.

2016  — ALTAR OF THE SUN
Apesar de tê-las encontrado em 2015, foi em 2016 que Bahari se tornou tudo na minha vida e foi minha obsessão real pelo ano inteirinho. Ajudou o fato de que elas começaram o ano com uma música só, mas logo em maio já lançaram um EP inteiro e destruíram minha vida completamente. 2016 me trouxe de volta ao pop chiclete, e quando as meninas entraram em turnê com Selena Gomez, 2016 me trouxe de volta a ela. Eu estava louca para ir à Revival Tour que chegaria ao Brasil no fim daquele ano, mas foi cancelada porque a Selena ficou doente. Não que eu esteja brava com ela por ter ficado doente, mas eu sinto que aquela teria sido minha última chance de realmente aproveitar um show dela. O ano seguinte meio que destruiu minha percepção da Selena e apesar de originalmente ter escrito sobre isso, eu acabei deletando porque a verdade é que não existe muito que possa ser feito nesse sentido e eu tenho amigos demais que ainda adoram essa mulher para arranjar treta.
O que me fez reencontrar Bahari, por assim dizer, foi a série que era minha série preferida na época. Quando The Royals tocou Wild Ones durante o primeiro beijo sáfico da série, eu pensei que fosse um sinal. E foi um sinal de que eu precisava pesquisar mais sobre Bahari e eventualmente me tornar próxima das três e estabelecer os tipos de precedências perigosas que definiriam meus relacionamentos com todas as pessoas de quem eu me arrisco a ser fã. Porém, também foi um sinal das tendências predatórias de Mark Swahahawswd (eu ia pesquisar como realmente se escreve, aí eu me dei conta de que foda-se), o criador da série. Eu passei o ano inteiro de 2016 esperando pela terceira temporada e falando sobre todas as formas em que a sexualidade da Eleanor poderia ser explorada, mas ao invés disso, a gente ganhou a completa ignorância do fato. Eu nem sei se depois fizeram alguma coisa, porque eu abandonei a série no segundo episódio da terceira temporada e sinceramente, eu nem sei se a série ainda está no ar ou o que aconteceu no final. E é incrível como eu não to nem aí.

Gifs que te deixam triste.com.br
2016 também teve Noralise em The Vampire Diaries (que eu continuei assistindo depois que a Nina saiu porque eu sou masoquista), cuja morte na 7ª temporada fez com que eu perdesse totalmente a vontade de ver a 8ª temporada (e eu não vi até hoje) (sério, mesmo com os casais queer em The Originals e Legacies, eu simplesmente não consigo ter vontade de voltar ao universo. É demais pra mim.). E foi o ano em que eu saí do armário (por que será né?). Foi um bom ano culturalmente, mesmo que para o conceito geral tenha sido o ano do apocalipse. Enquanto isso, em abril de 2016 eu comecei a seguir a Kira nas redes sociais todas e em setembro de 2016 eu vi o cover que faria com que eu me apaixonasse por ela. Aí veio 2017.

2017 — PADRÃO MÍNIMO
Sabe como eu disse que Bahari estabeleceu a forma como eu lidaria com qualquer outro ídolo que eu tivesse? Quando 2017 chegou eu já conversava com as meninas tranquilamente sobre os bichinhos delas, a família delas e eu já era uma estranha parte ativa da vida delas que futuramente eu ia descobrir que fez mais diferença para elas do que eu pensava. Com esse tipo de relacionamento ativo eu não ia deixar qualquer atriz fofinha da Nickelodeon chegar na minha vida com tudo e simplesmente não reciprocar as coisas não, colega. Não interessa quão maravilhosa e parecida comigo ela fosse. Se ela queria entrar na minha vida, só com amizade completa incluindo pacto de sangue. Mentira, quando ela virou minha amiga, eu já estava completamente obcecada e disposta a dar minha vida por ela.

MY LIL BEEEEAN
2017 foi todo sobre a Kira e sobre me apaixonar pela Kira e então me apaixonar por mim mesma quando eu percebi que a Kira me amava de volta. Porque se eu mereço o amor da Kira eu não vou me submeter a coisas medíocres. E ninguém é perfeito, mas a Kira me ensinou muito sobre o que esperar das pessoas com quem eu tenho contato. Ninguém nunca vai ser ela e eu não espero que sejam (ela é minha alma gêmea, o resto de vocês são resto), mas eu também não aceito qualquer bosta quando eu tenho ela.
Então sim, quando, mais tarde naquele ano, William Moseley foi O ÚNICO membro da equipe de The Royals que não se pronunciou oficialmente e não "tomou lados" depois que 40 mulheres denunciaram assédio e abuso sexual causado pelo criador da série, eu não fiquei para trás inventando desculpas para ele. Eu o enterrei internamente e grande parte do tempo eu até esqueço que ele existe. E eu não estou falando que ele é uma pessoa ruim que merece ser canceladas (não que eu acredite que cancelamento faça alguma bosta). Só que se eu discordo de alguém tão fundamentalmente, eu não preciso criar desculpas para adultos, mais velhos que eu. E eu me lembro de ter 12 anos e dizer que se a Miley continuasse fazendo algumas coisas eu não seria mais fã e ser xingada por outros fãs por três dias seguidos. Se eu soubesse na época que só porque algumas pessoas tiveram impactos positivos na sua vida, você não precisa se prender a elas como se fossem o único bote em um alagamento e você tivesse 100% de certeza de que tem leptospirose na água, minha vida teria sido mais fácil. Eu sempre tratei todo mundo de quem eu era fã como se fosse meus amigos, mas ter uma ídola que também é minha amiga me fez perceber que muitas vezes eu tratei meus amigos de uma forma bem errada. Existe agora o mínimo do que eu aceito e se você não me oferece, byeee bitch.

2018  — O ANO QUE NA VERDADE NÃO EXISTIU
Quanto mais eu penso em 2018, mais eu acho que esse ano foi mentira. Sabe qual foi o momento da cultura pop mais importante de 2018? O lançamento do MEU primeiro livro, A Linha de Rumo. Eu sei, eu sei, mas errada eu não tô. Quer dizer, SPY saiu em março, mas a Kira tirou do Spotify cinco meses depois. Bahari lançou Fucked Up, Savage e Chasers, mas aí em setembro a Sidney saiu da banda. MisterWives não fez nada, mas era ano par e ano par é o ano de folga deles (exceto este ano, porque eles não lançaram álbum ano passado, então são forçados a lançar este ano). Eu acho que eu preferi deletar o ano como um todo da minha cabeça, no ponto cultural. Ao mesmo tempo, foi o ano em que eu li O Ódio Que Você Semeia e A Princesa Salva a Si Mesma Neste Livro, comecei a ouvir My Favorite Murder, o ano em que Love Daily, On My Block e All About the Washingtons saíram e o ano em que eu fiz A Maior Retrospectiva de Todos os Tempos. Então o ano existiu. Em algum nível.
Uma prova é que na playlist que eu fiz para este post, a maioria das músicas que eu adicionei foram de 2018:




2019  — CULTURAL BOMBSHELL
Em 2019 eu li três livros, e um deles foi meu próprio livro lançado naquele ano, Vozes. Também em 2019, eu comecei o projeto de ir ao cinema uma vez por mês, mas mesmo tendo sido um ano em que eu vi mais filmes do que normalmente vejo, ao invés das desejadas 12 visitas ao cinema, eu terminei o ano em 9. E eu jurava que depois que já que eu comecei a escrever para o The Wild Honey Pie, em 2019 eu ouviria mais músicas do que eu podia controlar, mas na verdade eu basicamente só ouvia o lançamento mais recente da Kira dependendo do mês em que estávamos e aí quando o Off Brand saiu, eu fiz duas tatuagens dele e só ouvi ele o resto do ano todinho. Eu também não escrevi tanto assim ano passado, como vocês podem ver no número de posts publicados aqui e o fato de que eu não terminei o NaNoWriMo ano passado. Então que caralhos eu passei 2019 fazendo? Elementar, meus caros leitores, VENDO SÉRIE.
Eu assisti tanta série em 2019 que eu ia dizer que dava para escolher uma obsessão televisiva por mês, mas depois eu percebi que teve mês que eu assisti mais de uma série de uma vez só. Teve semanas que eu assisti mais de uma série de uma vez só. Eu só assistia série. Terminava uma e eu começava outra para não sentir falta da uma. As storylines não se bagunçaram na minha cabeça apenas porque meus dois neurônios pertencem à televisão agora. Principalmente, às duas únicas séries que não têm defeitos na televisão mundial 9-1-1 e New Amsterdam (Eu queria dizer que eu até gosto de Grey's Anatomy, mas New Amsterdam é tão melhor que Grey's Anatomy que eu entraria numa briga de faca com qualquer fã da série. Incluindo a Kehlani). E tem mais tanta série boa demais para ser tão pouco conhecida e que agora faz parte da minha vida que eu quero recomendar, que se eu escolher só algumas, eu eventualmente vou começar a falar de todas. Então ao invés de te contar quais séries eu assisti em qual mês, eu vou fazer uma relação de séries assistidas em 2019 e dizer quais eu recomendo e onde você pode assisti-las, beleza?


A Freema quando renovaram a série por mais 3 temporadas DO NADA.
The Innocent Man (Netflix) (45 min/episódio)  — Eh, se você gosta de documentários sobre crimes, assiste
American Crime Story: The Assassination of Gianni Versace (Netflix) (45 min/episódio)  — ASSISTA
Special (Netflix) (15 min/episódio)  ASSISTA
Bonding (Netflix) (15 min/episódio)  Essa é complicada, mas eu diria assista. Aviso de gatilho pra bifobia, mas menor que a bifobia de Someone Great.
The Disappearence of Madeleine McCann (Netflix) (45 min/episódio)  — Eh, se você gosta de documentários sobre crimes, assiste
Manhunt: Unabomber (Netflix) (45 min/episódio)  — ASSISTA
Dead to Me (Netflix) (30 min/episódio)  ASSISTA
No Good Nick (Netflix) (30 min/episódio)  ASSISTA. Foi cancelada, mas "tem final".
The Most Popular Girls In School (YouTube) (3-12 min/episódio)  ASSISTA E MANDA TWEET PRO ESTÚDIO MANDANDO LIBERAR A SEXTA TEMPORADA
Light as a Feather (Hulu) (30 min/episódio)  ASSISTA, E MANDA O HULU RENOVAR
Shrill (Hulu) (30 min/episódio)  ASSISTA. Eu vi no Hulu quando estava nos EUA e ainda não assisti a segunda temporada, mas assista.
Schitt's Creek (Netflix, mas só nos EUA) (30 min/episódio)  ASSISTA
Derry Girls (Netflix) (30 min/episódio)  ASSISTA
Trinkets (Netflix) (30 min/episódio)  ASSISTA
The Office (Amazon Prime) (30 min/ episódio)   Pelo amor de Deus, é The Office
Family Reunion (Netflix) (30 min/episódio)  Não é a série mais engraçada do mundo, mas é boa de assistir enquanto você tem um colapso nervoso
9-1-1 (Fox Life e FoxPlay) (42 min/episódio)  ASSISTA
New Amsterdamn  (Fox Life e GloboPlay)  (42 min/episódio)  ASSISTA
The Marvelous Mrs Maisel (Amazon Prime) (42 min/episódio)  Já falei que é pra assistir lá no Instagram.

Isso, é claro, são as séries que eu comecei e assisti ano passado. Não levando em consideração naturalmente, a terceira temporada de One Day at a Time (Netflix), a segunda de On My Block (Netflix), a sexta de Brooklyn Nine-Nine (site da NBC + VPN), a terceira e a maior parte da quarta temporada de The Good Place (Netflix), a terceira e a quarta parte de Patriot Act (Netflix), as três temporadas de Fuller House (Netflix) que eu assisti naquele ano, uma temporada do BuzzFeed Unsolved: True Crime (YouTube), a última temporada de Last Life (YouTube) e duas temporadas de Santa Clarita Diet (Netflix) que terminou de um jeito que me faz querer comer o CEO da Netflix de porrada. Foi tanta série que superou minha memória e aí eu levei um susto ontem quando fui checar o TV Time e descobri que meu número de episódios de série assistidos chegou a 5 mil episódios.

E é isso. Como vocês podem notar, eu não sou uma pessoa culta, mas sou uma pessoa de cultura. E sinceramente, eu vou parar de rebaixar meu gosto para arte toda vez que eu falar sobre. Sim, eu vou ver o Oscar amanhã e o único filme inteiro que concorre que eu assisti é Joker, mas se Joker prova qualquer coisa é que não vale a pena ver os outros filmes indicados. (Me processa, academia, ME PROCESSA). Pelo menos não os feitos por homens brancos, ou seja, 92% dos filmes.
G.

P.S.: Caso você tenha esquecido, POR FAVOR, APOIE VOZES NO CATARSE. Quero muito fazer esse projeto deslanchar. Amo vocês, bjs.