Olá do outro lado!! Ou do que quer esteja depois do outro lado. Vocês acreditam que já faz três meses? TRÊS! MESES! Três meses sem nenhuma atualização sobre a minha vida. Três meses sem nada de não-ficção aqui. Isso é uma eternidade! Pessoas mudam sua vida inteira em três meses. Eu tenho uma "'regra dos três meses" que eu aplico em várias situações, porque eu realmente acredito que em três meses tudo é possível. Eu resolvi que se eu não voltasse ao blog no mês de maio, eu ia simplesmente desistir... Da vida. Por isso eu estou aqui, hoje, mesmo que eu tenha um artigo científico de no mínimo doze páginas para entregar amanhã. Para os mais fiéis leitores que aguentam tudo, acompanham As Crônicas de Kat e estavam esperando pelo capítulo 7 da segunda fase no sábado, tem novidade no finalzinho deste post. Para quem não acompanha As Crônicas de Kat e realmente ficou sem post nenhum por três meses, o que eu tenho a dizer é: Se foi ruim para vocês, imaginem para meus amigos que tiveram que aguentar todas as histórias e as reclamações que eu não pude colocar aqui? Quanto mais tempo eu passasse sem o QaMdE, mais amigos eu acabaria enlouquecendo e perdendo. Então eu voltei e enfiando este post entre uma pausa da vida e outra, consegui escrevê-lo. (Eu considerei voltar com um post com todas as coisas mais importantes que aconteceram nesse tempo, mas eu não quero ser o tipo de autora que pula direto para o clímax. Vocês precisam saber de tudo), E exatamente três meses e treze dias depois do meu aniversário, aqui estamos, ainda falando sobre o meu aniversário.
Precisamente no último dia 18 de fevereiro, eu completei 19 anos. Tem sido tão estressante e caótico quanto eu esperava, mas não é disso que vamos falar aqui ainda. O post de hoje é sobre o evento que acabou em meu digníssimo aniversário aka MINHA SEMANA DO NIVER. Se você é novo aqui, precisa saber disso: Eu sou completamente obcecada pelo meu aniversário. Eu não só fico louca na data e nas sete semanas anteriores (meu aniversário é o último dia da sétima semana do ano. Ele é exatamente sete semanas depois da virada. Entendam porque eu uso a palavra "obcecada".), eu sou obcecada pela data. Eu consigo ouvir as palavras "18 de fevereiro" a cinco quilômetros de distância. Eu sei de qualquer celebridade que tenha nascido nesse dia, viva ou morta. Eu sei em qual dia da semana vai cair em qualquer ano (meu aniversário de 50 anos vai ser terça-feira de carnaval, inclusive). Eu fico irritada por quase todo site de astrologia dizer que a cúspide de Peixes é nos dias 19 ou 20, quando na maioria dos anos o sol entra em Peixes no dia 18. Então, é óbvio que eu sabia que meu aniversário cairia no terceiro sábado de fevereiro em 2017. E eu também sabia, é claro, que o terceiro sábado de fevereiro é o último dia do horário de verão e tem 25 horas de duração a menos que seja sábado de carnaval. Isso significava que em boa parte do país MEU ANIVERSÁRIO TERIA 25 HORAS DE DURAÇÃO. O problema é que apesar de ter nascido sob a influência do horário de verão, onde eu nasci e moro não tem mais horário de verão há mais ou menos uma década (à exceção de 2011/2012). Então eu fiz a única coisa a ser feita: Comecei a planejar uma viagem para um lugar com horário de verão.
Na verdade, eu vinha falando sobre isso há mais de um ano, mas a ideia original de ir para Gramado se mostrou impraticável (tradução: c-a-r-a d-e-m-a-i-s) após certa pesquisa. O pensamento então foi o seguinte: Qual a capital mais próxima com horário de verão para onde eu poderia ir de ônibus? Belo Horizonte, a resposta é Belo Horizonte. Era perfeito. Eu poderia conhecer uma amiga, conhecer uma cidade que eu só visitei de passagem e me hospedar em um hotel, que é uma das minhas coisas preferidas do mundo. Planejamento pra lá, planejamento pra cá, no começo de fevereiro já estava tudo certo: eu viajaria na quinta-feira dia 16, chegaria em BH na sexta dia 17, passaria os dias 17 e 18 lá e no dia 19 voltaria para a Bahia, chegando aqui no dia 20 de manhã. Eu sabia que não estaria na cidade durante o meu aniversário, o que quer dizer que eu tinha que dar um jeito de comemorar com as minhas amigas antes de ir. E já que meu squad só se reúne para comer, eu marquei lasanha e bolo na minha casa para o dia 12, o domingo antes da grande data. Aparentemente existe uma superstição de que comemorar o aniversário antes atrai a morte (isso tem atrapalhado a comemoração de outros aniversários) e disseram isso para mim, mas mesmo sendo impressionável, a possibilidade de começar a comemorar meu aniversário no domingo e seguir comemorando até o sábado, era boa demais. Era minha "SEMANA DO NIVER" como a da Trina de Brilhante Victoria. E como uma doida da Nickelodeon (JOGUINHO: Bebam alguma coisa a cada referência à Nickelodeon nesse post. Já foram duas.), a ideia de comemorar ela todinha trazia um sentimento que só pode ser traduzido em um gif:

Eu sinto que vai ter muito gif da Kira nos próximos posts. Defendendo meu uso deste gif, a Princesa Oliviana é quase meu alterego a essa altura.
Depois de ter comprado tudo para a comida e ter pego meu primeiro presente para mim mesma - minha brusinha de The Thundermans - no dia 11, tudo estava pronto para o começo das comemorações no dia 12. Na verdade, as comemorações iriam começar no dia 11 mesmo com o post do "É só uma fase", mas mesmo tendo terminado de escrever o post no sábado, eu tinha plena consciência de que ele estava muito obscuro e cheio de coisas que talvez eu me arrependesse de dizer, então eu preferi dormir e editar ele no dia seguinte. Foi uma boa ideia. O post ainda está lotado das minhas inseguranças, mas eu cortei muita coisa dele graças ao fato de que eu dormi durante os sentimentos obscuros e voltei ao post quando meu coração estava cheio de felicidade e amor. Porque deixa eu dizer para vocês: Meu almoço de aniversário foi a melhor... festa... de todas.
Uma das minhas amigas trabalha nos fins de semana, então a gente teve que fazer tudo bem cedo. Todo mundo veio cedo e a gente foi fazer o bolo, a lasanha, os sucos e uma amiga trouxe musse de maracujá. Com "a gente" eu quero dizer "as meninas" porque "aparentemente" meu ritmo de fazer as coisas é "muito lento" e as pessoas estavam "ficando com fome". É por isso que eu sempre me torno ajudante de cozinha. A gente fez a comida, fofocou, fez piadas, etc. Na hora da comida lá vamos nós à Netflix procurar alguma coisa para ver. O escolhido foi obviamente One Day at a Time, porque algumas das meninas não tinham visto ainda e todas as pessoas do mundo precisam ser apresentadas à esta obra de arte. (Vocês que vivem nesse mundo obscuro que não tem conhecimento da existência da série, serão apresentados a ela muito em breve. Mas se você não quiser esperar, é só ouvir o primeiro episódio do Faixa Piloto e descobrir porque essa é a melhor série que a Netflix lançou este ano.). Todo mundo adorou e a gente finalmente achou a série que une todas as tribos daquele grupo. Como todo mundo vê muita série e tem várias séries em comum, eu sempre me perguntei se tinha alguma série que todo mundo do grupo gostaria. Nunca tinha acontecido antes, mas depois de ter sido psicologicamente torturada para começar One Day at a Time e ter visto a série de uma vez só, eu obriguei o resto do grupo a ver, e agora todo mundo já viu, ama e está aqui para enaltecer as personagens maravilhosas. Mas eu vou falar mais de ODAAT no próximo post, vamos manter o foco.

Ah é, esperem por um monte de gifs aleatórios de Elena Alvarez  também. Eu vou aproveitar qualquer chance de jogar a cara de Isabella Gomez em um post.
A nossa festinha foi bem legal e me lembrou de como eu tenho sorte de ter feito amigas tão maravilhosas na faculdade, que concordam com meus planos mesmo quando eles são esquisitos. A importância delas foi seguindo durante a semana inteira quando as celebrações se seguiram. Na verdade, nenhum dos momentos que aconteceram durante a semana enquanto eu ainda não tinha viajando foram propositalmente sobre mim, mas, como meu aniversário estava chegando, o que eu não fiz ser sobre mim, eu fingi que foi sobre mim. Como, por exemplo, o lanche que a gente fez no meio da semana. O especial de Valentine's Day da Nickelodeon. E, é claro, a estreia do primeiro single do novo álbum da minha banda preferida. Esse último foi a melhor parte da semana, especialmente porque pela música sair na véspera do meu dia e ser MisterWives, todo mundo já associou comigo. (E Machine é uma música tão maravilhosa - que eu estava esperando desde que eles cantaram em alguns festivais em maio do ano passado. Eu nunca vou superar a música ou o clipe. Inclusive, vou colocar o clipe ali embaixo, para ter certeza de que todo mundo vai ver.)
A questão é que antes que eu pudesse perceber a semana foi chegando ao fim e a quinta-feira, dia da minha viagem, chegou. Não chegou suavemente não, porque no dia eu ainda precisava arrumar minhas malas e terminar uma resenha para a aula de Comunicação e Legislação (que se tornou a disciplina cuja aula eu não faltei nem quando estava quase morrendo - e eu fiquei doente muitas vezes durante esses últimos meses. - Eu já passei uma semana inteira viajando durante a faculdade e só consegui uma falta, mas nessa viagem, comigo perdendo apenas dois dias de aula, eu recebi um total de 8 faltas que se somando a 4 faltas e 2 atrasos totalizou 14 faltas. Uma falta a menos que o limite de faltas, que é 15.). Eu fiquei escrevendo essa resenha maldita até meia hora antes do horário em que a gente tinha combinado de sair de casa para esperar o ônibus. Durante a escrita eu fazia pausas ocasionais para arrumar a mala (fato engraçado sobre mim: Eu levo cerca de 10 minutos para arrumar uma mala para uma viagem de duração igual ou inferior a uma semana. Não é que eu faça de propósito, é que eu enrolo tanto para fazer que 10 minutos são o tempo que me resta.) e de alguma forma, acabou dando tudo certo. Saímos de casa às 16h30 para o ponto de apoio, para esperar ônibus que deveria passar às 17h. Era um ônibus em trânsito, então poderia haver atrasos. E houve. De SEIS FUCKING HORAS. O ônibus vinha de Natal e iria até São Paulo (eu me pergunto se as pessoas que fizeram o percurso inteiro já chegaram lá.............. Mentira. Mas sério, eu penso bastante sobre quem fez o caminho inteiro de Natal a São Paulo. É muito chão, gente) e como aconteceu o acidente em uma cidade perto de Salvador, todos os ônibus da empresa estavam passando bem atrasados. A gente esperou tanto tempo no ponto de apoio que ate´s os funcionários de lá comemoraram conosco quando o ônibus apareceu. Foi puxado, mas teria sido bem pior se não tivesse Wi-Fi ou se eu não tivesse baixado 18 episódios de série para assistir durante a viagem. (Eu ia passar 30 horas - no fim, acabou sendo bem mais que isso - circulando de ônibus. Precisava desse tanto de série.).




Depois que o ônibus finalmente chegou, a viagem foi tranquila. Eu fiquei acordada apenas até às 23h30 (porque precisava ouvir Machine assim que surgisse sinal no celular depois das 23h) e depois caí em um sono profundo do qual só acordei às 8h-e-alguma-coisa, já em Minas. Várias cidades que simplesmente não tinham fim depois, eu cheguei a Belo Horizonte, às 14h. Deu tempo de ver vários episódios de Jane The Virgin e Santa Clarita Diet. Mas o caso é que chegando em BH eu tinha algumas tretas para resolver: Eu ia ao hotel de Uber ou de táxi? Onde eu iria primeiro? Será que daria certo o plano de rodar de Uber pela cidade inteira? As respostas foram: Táxi, UFMG e sim. Eu fiquei com medo de pedir o Uber onde nós descemos porque tinha muitos táxis lá, mas depois de combinar o preço direitinho com o motorista, acabamos decidindo que o táxi era uma boa opção também. A viagem até o hotel foi um verdadeiro tour e a gente descobriu com a maior alegria que ficamos hospedadas perto de tudo que se tinha de interessante para fazer. Fizemos o check-in sem problemas e foi quando as sincronicidades começaram. Ficamos no 19º andar. Quarto 1963. Na viagem do meu 19º aniversário! QUE MÁGICO. (Como dá para perceber, apesar de estar mais velha e ter ficado três meses desaparecida, eu sigo sendo a pessoa com as manias mais estranhas do mundo.)
O plano para o primeiro dia era conhecer a Universidade Federal de Minas Gerais e minha amiga, Isa. Ela é 1/7 das integrantes da Tertúlia, newsletter de um grupo de amigas que atualmente está em pausa (meu Deus, MUITA coisa aconteceu nesses três meses. Como eu vou conseguir cobrir tudo?). Então eu peguei um Uber pela primeira vez (e é claro - é ÓBVIO - que deu problema pra começar, porque o moço não conseguia achar o hotel) e fui para o Campus Pampulha da UFMG. A melhor parte de conhecer universidades federais é perceber o quanto a minha universidade é pequena (e eu digo isso tendo tido que andar de uma extremidade para a outra da universidade esta semana). Apesar de ter ônibus circulando pela universidade, ninguém em condições normais pegaria um ônibus para circular dentro da minha universidade. As coisas mudam de figura em campus maiores, com mais prédios, mais alunos e mais cursos. Um dos motivos para visitar a UFMG era minha irmã vestibulanda que quer conhecer campus novos e novas universidades. Eu já disse para ela que se ela se mudar para Belo Horizonte, não vai ser ela quem vai voltar para casa nos feriados. Eu vou visitar ela todo mês.
A gente comeu pão de queijo na UFMG (eu comi meio pão de queijo - eu sei, sacrilégio, mas como eu expliquei pra Isa, eu não consigo comer muito em viagens. Meu estômago fica doido), fomos até o Mineirão e depois para a Lagoa da Pampulha. A gente andou uns dois quilômetros antes de sentar, tirar umas fotos e ficar conversando sobre a vida. O dia rendeu e eu adoro viagens assim, para falar a verdade. Depois de ir para a casa da Isa apenas para pegar o Uber de novo, voltamos para o hotel.

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Acreditem, eu queria muito ter ficado acordada até a meia noite como eu sempre fiz, mas vocês têm que entender que: eu estou velha. Além disso, eu não recebo mensagem de aniversário à meia noite há pelo menos quatro anos. Então, como a velha que sou, eu coloquei meu celular para despertar à meia noite e fui dormir mais ou menos meia hora antes. Acordei sem nem saber quem eu era quando o despertador tocou. Abri os presentes da minha irmã para mim, postei imagens no histórico com a frase "Oficialmente mais velha que todos os meus personagens principais" (é sério. Aos 18, eu tinha a mesma idade que a Sophie tinha quando foi transformada. Aos 19, eu sou mais velha que todo mundo), chequei as mensagens não existentes, tweetei um pouco e voltei a dormir. Acordei no meu dia, pronta para uma tradição que foi perdida depois que eu saí do Rio de Janeiro: Tomar café no shopping. A gente precisava ir a um shopping que tivesse Forever 21 (porque sim) e uma livraria (porque duh). Escolhemos o shopping Pátio Savassi, que tinha tudo que eu precisava e mais um pouco.
Tem algo sobre o dia que eu ainda não contei a ninguém, mas eu quero contar aqui porque esse foi um dos motivos pelos quais eu senti muita falta do blog. Eu entrei em 2017 com uma meta de não ter crise de ansiedade no meu aniversário. Aconteceu em 2015 e 2016 e eu não queria que acontecesse este ano, especialmente no aniversário de 25 horas. E não aconteceu. Apesar de ainda estar sem apetite, eu estava em outro estado, viajando, curtindo o dia e não passei mal. E ainda assim... Ano passado eu cheguei à conclusão de que meus aniversários estavam sendo fracos porque eu estava passando eles na cidade que eu mais odeio na face da Terra. Se eu viajasse e fizesse as coisas que eu costumava fazer até os 15 anos, talvez eu tivesse o melhor aniversário de todos. E eu tive. Então porque eu me sentia vazia? Eu quero ser sincera sobre isso aqui. Eu disse a mim mesma que não ia deixar que o dia ficasse na minha memória como menos que perfeito. E eu fico muito feliz com tudo que eu fiz e foi o melhor aniversário que eu tive até hoje. Mas durante boa parte dele eu quis me esconder em um banheiro para chorar. Não era um choro triste, mas às vezes você simplesmente quer se esconder e chorar e tudo bem. Eu estava fazendo 19 anos e a vida era um pouco demais. Além disso, eu sentia falta da minha mãe. Era isso que fazia a diferença. Eu poderia reproduzir mil aniversários perfeitos, a falta dela sempre estaria ali. Eu ainda me lembro deste aniversário como o melhor de todos. Mas ele não pareceu assim o tempo todo.



Voltando à história: Depois de tomar café da manhã, comprar as roupas que ainda são as melhores coisas que eu comprei este ano, almoçar no Spoleto pela primeira vez depois de dois anos (inclusive, os números nesses posts não são exagerados em nenhum nível. Eu moro na esquina do fim do mundo com onde Judas bateu as botas, galera. A única coisa que Conquista tem de grande são os índices de violência e violência contra a mulher.) e fuçar a livraria Leitura de cima a baixo, resolvemos ir para o Memorial Minas Gerais Vale, onde a foto acima foi tirada. De acordo com as informações do site do Memorial, ele é caracterizado como um museu de experiência e "traz a alma e as tradições mineiras contadas de forma  original e interativa. Cenários reais e virtuais se misturam para criar experiências e sensações que levam os visitantes do século XVIII ao século XXI.". Tudo que eu posso dizer é que meu coraçãozinho que por pouco não cursou história, ficou bastante satisfeito. É tão eu passar uma parte do aniversário em um museu. Passei a maior parte do tempo absorvendo as informações que eu lia e outros detalhes, como o som que meu sapato fazia contra o piso antigo. Pensando em histórias e n'A História. A maior parte das fotos da viagem foi tirada lá também, é claro.
Seguimos para a Praça Savassi, que na verdade, estava fechada na maior parte porque já era sábado à tarde e porque era dia de bloco de rua do Carnaval (desvantagens de fazer aniversário em fevereiro. Carnaval é uma das poucas datas comemorativas onde o comércio fecha mais cedo). Ainda assim, nós fomos à Lullo Gelato tomar gelato (eu penso muito sobre aquela casquinha recheada de chocolate belga deles, mas muito mesmo. E agora eu estou sonhando acordada com o sorvete de morango selvagem) e à Pão de Queijaria, onde eu finalmente comi um pão de queijo direito e inteiro. Depois, a missão foi encontrar um lugar que tivesse torta ou bolo de chocolate, mas, graças a Deus, isso foi fácil. Tinha uma doceria portuguesa bem ao lado da Pão de Queijaria. Depois, já estava escurecendo e nós voltamos para o hotel. Tinha sido um longo dia. E eu precisava escrever algo legal para postar no Instagram às 20h, horário em que eu nasci, e celebrar a data. O resultado dos meus sentimentos divididos e experiências absorvidas, foi a seguinte legenda:
"Exatamente 19 anos atrás (às 20h do horário brasileiro de verão™ do dia 18 de fevereiro de 1998), eu nasci. Com a bunda virada pra lua minguante, de acordo com a minha mãe. Depois disso, as coisas ficaram bem estranhas. Eu não calo a boca desde os 7 meses de idade e meus assuntos preferidos são as coisas que eu amo e as coisas que eu desejo. Os últimos anos têm sido sobre aprender a transformar essas coisas em algo palpável, tangível. Descobrir como transformar o que eu amo em uma forma de sobreviver e o que eu quero em realidade tem sido uma das experiências mais assustadoras e incríveis que eu já vivenciei. Não é sempre incrível, não é glamuroso e aparentemente você não pode ser um adulto com a confiança de uma criança. Eu ainda não sei o que eu estou fazendo, porque 'eles' definitivamente não te dão a Chave dos Segredos do Universo aos 18. Às vezes tudo parece me sobrepujar e me enfiar em um banheiro para chorar parece uma opção lógica. Mas sabe de uma? Vale a pena. Porque a chance de estar aqui e de mostrar quem eu sou e a de continuar a existir 19 anos de muito caos depois é única. E vale a pena continuar. Pelos bons sentimentos e pelos momentos em que parece que eu estou sonhando. Pelos momentos estranhos que se transformam em lembranças constrangedoras antes de se tornarem lembranças felizes. Pelo orgulho de chegar ao fim de um dia desafiador e saber que eu consegui. Sou feliz por estar aqui. Que venham os 19."
Me sentindo mais leve de ter colocado uma parte da minha alma para fora, optei por fazer o que eu queria e comer o bolo de chocolate que eu comprei enquanto assistia episódios especiais da minha comfort series - que rufem os tambores: The Thundermans! Eu merecia. E foi isso que eu fiz pelo resto da noite e na hora extra do meu dia, também. Foi bom. Eu me senti plena.
Eu acordei no dia seguinte, já me preparando emocionalmente para viajar. Assisti o episódio novo da minha sériezinha (sim, eu ainda estou falando de The Thundermans), tomei banho e arrumei tudo. O ônibus era apenas às 18h, mas a gente ainda precisava fazer check-out antes de meio dia. Fomos do hotel com quatro malas para o Shopping Mais Confuso do mundo. (Dá para dizer o quanto eu amo shoppings né?). Nem eu, nem minha irmã lembramos do nome, mas o shopping tinha quatro pisos e todos tinham saídas e entradas em lugares diferentes. Enquanto a gente visitava cada andar, fomos perdendo completamente o lugar por onde entramos e como voltaríamos para lá. A pior parte é que tinha um mapa do shopping onde a gente entrou e a gente recusou ele. Quer dizer, é um shopping. Quão difícil é se localizar lá dentro? A resposta é muito, meus amigos. MUITO.
Depois de conhecer todos os pisos, gastar dinheiro que a gente não tinha mais com mais roupas e de almoçar, resolvemos procurar a saída e ir para o ponto de apoio onde pegaríamos o ônibus. (Esse ponto de apoio era, inclusive, o único lugar que nós visitamos que ficava a mais de 20-reais-de-Uber do hotel. Isso é quão bem localizado o hotel era). Seguiu-se a sim, a primeira parte daquela que se mostraria a maior espera que eu já tive que fazer na vida. Nós passamos três horas esperando o ônibus, mas como dessa vez ele estava saindo de BH mesmo, ele saiu no horário. Depois de pegar o ônibus tudo estava certo, né? ERRADO. A noite foi tranquila (eu até consegui achar o doce de leite que eu tinha prometido para minhas amigas em um ponto de apoio), mas, na manhã seguinte, cerca de duas horas antes do horário previsto para a chegada, o ônibus começou a dar problema. Nós estávamos na esquina da divisa Bahia-Minas, mas ainda estávamos em Minas. O motorista entrou em contato com a central da empresa e o ônibus ainda rodou por mais meia hora, antes de simplesmente não funcionar mais. Com o ônibus em pane e sem janelas, a maior parte dos passageiros saiu de dentro e foi para um bar que ficava à beira da estrada. Eu continuei no ônibus porque conforto. A empresa avisou que estava enviando outro ônibus, mas ele viria de Vitória da Conquista e levaria duas horas para chegar. As duas horas viraram três, quatro, cinco. Ônibus da empresa passavam, mas não podiam pegar passageiros. Ninguém aguentava mais. Muito tempo depois, o ônibus apareceu e eu quase vi todo mundo gritando de felicidade. A dona do bar na estrada já estava fazendo almoço para a gente, então ela ficou decepcionada.
Depois disso, a viagem seguiu sem percalços e eu cheguei em casa na manhã do dia 20 de fevereiro, finalizando minha última viagem nos últimos três meses - mesmo que eu tivesse dito que viajaria todo mês, exceto agosto, este ano. (Coincidentemente, minha próxima viagem certa está programada para agosto. Ah, as ironias.).
VAMOS ÀS NOVAS DATAS DE AS CRÔNICAS DE KAT - sendo completamente sincera: Não teve capítulo novo no sábado, 27, porque ele não está completamente escrito. Não sei de onde eu tirei que conseguia completar dois capítulos em um mês. Não vai acontecer. A nova data para o capítulo 7, "E não sobrou nenhum" (Sim, o título é em homenagem ao livro de Agatha Christie) é 13 de junho - terça-feira, dia de Santo Antônio. O horário é 21h, como sempre. O mês de junho só terá um capítulo! Para cumprir a agenda e terminar a história quando eu quero, o mês com dois capítulos será agosto! A boa notícia que eu tenho para os fãs de As Crônicas de Kat é que o mês literário do QaMdE este ano será em homenagem a Kat. Não completamente sobre As Crônicas de Kat, mas em homenagem e com algumas surpresinhas. Mas eu não vou falar mais que isso.
Vejo vocês assim que possível (Deus, permita que isso seja logo),
G.