Olá, pessoas da terra. Primeiramente, eu queria agradecer pelas 36 mil visualizações alcançadas na quarta. Era minha meta para o Mês Literário e isso deixa o blog com mais de 500 visualizações no mês. Vocês são demais e eu espero que estejam curtindo tudo. Segundamente, mesmo sabendo que este post saiu EXTREMAMENTE tarde e que a maioria das pessoas acabará lendo no dia 26, feliz Dia Nacional do Escritor!! (Lembrando sempre que o "nacional" é importante porque também existe o Dia Mundial do Escritor que é 13 de outubro). Foi bem complicado decidir sobre o que escreveria hoje, porque as ideias não surgiam. Eu sabia que precisava escrever, mas estava achando impossível escrever algo que chegasse aos pés do post do ano passado (60 razões para escrever). Só que então eu lembrei que existe uma coisa sobre a qual as pessoas sempre querem saber (o que me deixa superfeliz) e que combina com o Dia Nacional do Escritor e com o Mês Literário: meu primeiro livro.
Para quem ainda não sabe (ONDE VOCÊ ESTEVE TODO ESSE TEMPO?) eu escrevi um livro e estou agora (e há dois anos) revisando-o. Mais Uma Vez é o primeiro livro da trilogia Sociedade Inglesa de Oposição que foca na história de Heather Richards, uma adolescente herdeira de um legado familiar secular e de um império de hotéis que desenvolve poderes aos 16 anos de idade. Os tais poderes são apenas uma sensibilidade extrema a ondas cerebrais de forma a controlar seu próprio corpo com seus processos físicos e químicos, e também a captar ondas cerebrais alheias, assim se conectando às mentes dos outros. Depois de uma pesquisa pela internet e de encontrar um diário que só pode ter sido deixado para ela de propósito, Heather acaba encontrando a Sociedade Inglesa de Oposição, um grupo de pessoas com os mesmos poderes que ela - do qual ela aparentemente é líder hereditária - que podem ou não ser a resposta de uma pergunta que vem assombrando ela há quase um ano: porque seu melhor amigo de infância, Mike, causa reações tão estranhas a seu corpo?
Se a sinopse te deixou interessado ou se você ainda precisa de mais para ficar convencido a ler meu livro eu sugiro que você pegue a pipoca e embarque nesses 15 fatos aleatórios:

1. Eu comecei a trabalhar em Mais Uma Vez em setembro de 2010...
Começou com a ideia de uma personagem que podia controlar os próprios sentimentos - sempre achei intrigante essa ideia de controlar os sentimentos ou não tê-los - e evoluiu pra caramba depois disso. Eu parei e comecei de novo mudando a base da história nada mais, nada menos que 8 vezes. (Apesar de uma delas ter sido porque o computador que eu usava na época queimou). Sempre fico paranoica quando lembro que faz todo esse tempo que eu estou trabalhando em um livro só. Toda vez que eu surto pensando que se levar tanto tempo para lançar um livro sempre eu vou acabar lançando 2 livros na minha vida inteira, eu preciso socar a mim mesma e lembrar que eu só tenho 17 anos e que meus métodos ainda vão mudar muito. Além disso, obras primas como Drácula levaram 7 anos até ficar perfeitas. Mas acho que uma das piores partes de dizer que eu trabalho neste livro há quase 5 anos é que cria uma expectativa muito grande em quem lerá e isso quase nunca é bom.
Por outro lado, eu sei que não daria certo publicar MUV 2, 3 ou 4 anos atrás. O livro está ficando do jeito que eu realmente quero só hoje. A história e os personagens foram tomando uma forma mais real para mim durante todo esse tempo, eu cresci com eles, eles mudaram tanto quanto eu mudei. Eles passaram pelo meu melhor e pelo meu pior. Uma das coisas importantes é que eu tinha 12 anos quando comecei e achava 16/17 anos uma idade completamente mágica. Agora eu sou mais velha que minha personagem principal e eu consigo ter uma imagem mais clara de como alguém de 16 anos agiria. Além disso, eu estou me dedicado a evoluir e melhorar sempre a forma como eu escrevo - acreditem, a minha escrita em 2012 não era merecedora de um livro. (Não que vocês precisem de muito para acreditar, meus posts de 2012 estão aí pra isso).

2. ...E "terminei de escrevê-lo" em março de 2013
As aspas estão ali porque muito do meu processo de revisão inclui escrever cenas extras que dão mais sentido a história. A história está escrita, montada, elaborada em uma ordem coerente desde março de 2013, mas ela ainda precisava e precisa ser reescrita, revisada e reorganizada algumas vezes para ficar perfeita. Não que eu ache que a perfeição é algo alcançável (porque não importa quantas vezes eu mexa nesse livro sempre vai ter algo que eu vou querer mudar, que eu ache que fica melhor de outro jeito - isso acontece com todo autor), mas uma vez eu li que quando você está no caminho certo com a sua arte todas as coisas parecem estar no lugar e é assim que eu tenho me sentido enquanto reviso MUV. Eu sinto que assim que terminar essa segunda fase de revisões (eu acho que eu já expliquei meu método de revisão em um post, mas não me lembro qual, qualquer coisa explico de novo depois), eu vou ler o livro inteiro, respirar fundo, fechar os arquivos, arrumar os detalhes da publicação e nunca mais ler o livro outra vez, exatamente como o Khaled Hosseini (autor de O Caçador de Pipas, que disse em entrevista que não lê os próprios livros ou sentiria vontade de mudar tudo).

3. A trilogia costumava ter um site oficial
Que eu tirei do ar, porque estava feio desatualizado e desorganizado. Não tenho certeza de quantas pessoas acessaram ele, mas o link costumava ficar aqui no blog. Eu queria trazer ele de volta e até comecei a editá-lo, mas nunca achei tempo, paciência ou criatividade para terminar de arrumar tudo. Provavelmente, quando o lançamento do livro estiver mais próximo eu relançarei o site com tudo que ele tem direito. Por enquanto, todas as informações sobre os livros estão na aba Sociedade Inglesa de Oposição, lá em cima.

4. O livro já tem uma capa há cerca de um ano
Eu tive a ideia de como queria a capa no fim de 2013. Minha mãe fez um esboço na mesma época (que aliás, eu queria muito saber onde foi parar, mas tanta coisa foi jogada fora sem que eu soubesse na última mudança que eu tenho certeza de que o perdi), e sugeriu que eu pedisse a uma prima dela que fizesse a arte. Eu pedi, sem muita pressa porque não sabia quando o livro ficaria pronto e em agosto do ano passado, eu recebi o desenho que - por sinal - ficou maravilhoso. Ela conseguiu fazer o desenho de uma forma que eu nem sabia que era exatamente o que eu queria (o que reforça meu recalque de quem sabe desenhar). Eu também achei a fonte perfeita para a capa e já organizei ela. O plano era lançar a capa junto com o novo site, mas como até hoje eu não consegui fazer isso, ela continua guardada seguramente no meu computador. Considerando de SIdO é uma trilogia, eu queria as 3 capas no mesmo estilo e já teria encomendado a arte das outras duas, se eu fizesse alguma ideia de como quero que elas sejam.

5. Eu ainda não decidi entre indie publishing ou focar em publicar em editoras.
Um pouquinho depois de ter terminado de escrever Mais Uma Vez, mesmo sabendo que teria muita revisão pela frente, eu resolvi procurar editoras. Descobri que a maioria delas não está aceitando manuscritos de autores novos (e mesmo dois anos depois continuam sem aceitar) e outras têm critérios rígidos a esse respeito. Um selo de uma editora que foi criado para facilitar a entrada de novos talentos no mundo literário cobra APENAS 14 mil reais para sua publicação. Só isso já meio assustador e deprimente pra quem está começando, mas eu resolvi terminar o livro antes de surtar com isso. Aí, um tempo depois, eu encontrei uma opção: indie publishing.
Na publicação independente, você é responsável por tudo: capa, edição, conteúdo, divulgação e mais importante, venda. Algumas empresas facilitam esse tipo de publicação, publicando de graça, mas retendo para si uma porcentagem da venda. De outras formas, o lucro é todo seu, mas o investimento na publicação também. Diversos autores que eu gosto começaram com publicações independentes e conheço vários autores da minha idade que tiveram suas obras lançadas da mesma forma. Eu sempre achei uma opção ótima para mim porque dessa forma eu saberia se meu livro tem mercado ou não e dependeria da minha própria dedicação para vendê-lo. A questão é que eu não sei se confio em mim mesma para esse tipo de coisa (eu sou preguiçosa e irresponsável), então me pego pensando se não seria melhor me dedicar a ser publicada por editoras, apenas. Inclusive, eu descobri algumas editoras menores que têm interesse em lançar jovens e agora até tenho contatos que podem me ajudar nesse sentido. Eu simplesmente ainda não decidi o que quero exatamente. Existe sempre a opção de publicar independentemente e usar as vendas como uma forma de chamar a atenção das editoras. Talvez, depois que o livro estiver do jeito que eu quero eu o leia e decida o que quero fazer.

6. A Fernanda Nia - Ilustradora do blog e dos livros Como eu realmente - desenhou uma personagem do livro em 2014
Eu estava tranquila no Twitter, quando a Fernanda Nia - uma das minhas ilustradoras preferidas - perguntou quem era autor porque ela queria desenhar um personagem. Eu respondi e dei as características de uma personagem de MUV e ela fez o maravilhoso desenho que está aqui do lado. Nem preciso dizer que eu fangirlei muito aquele dia. Foi a primeira vez - excetuando-se o desenho da capa do livro, é claro - que desenharam uma personagem minha e foi alguém que eu admiro ainda por cima. Eu fico imaginando o dia (que eu realmente espero que aconteça de verdade) em que começarem a desenhar personagens meus em fanarts. É bem capaz de eu virar mais fã do ilustrador do que o ilustrador de mim.
Caso você esteja se perguntando: Esta é Layla Banks, a melhor amiga da personagem principal. Ela tem 17 anos, três empregos, um senso de humor brilhante e uma espécie de positivismo e crença no amor verdadeiro que aparentemente todo melhor amigo de gente muito cética tem. Ela foi a primeira e por muito tempo a única a saber sobre o segredo da Heather e conseguiu sempre ajudar a amiga, mesmo quando tudo pareceu sobrecarregá-la. O único problema é que ela não é nada imparcial no que diz respeito a influência de Mike na vida de Heather, até porque ela é a capitã do ship dos dois.

7. Algumas pessoas já leram o capítulo um do livro
Alguns amigos meus já leram o primeiro capítulo de Mais Uma Vez e eles são o motivo pelo qual eu sei que (pelo menos) o primeiro capítulo está bom. Todo mundo que leu disse que precisa saber mais sobre e que amou a introdução dos personagens. Eu planejava postar este primeiro capítulo em algum lugar, mas eu acho que poucas pessoas leriam a partir do link, então eu prefiro ir eu mesma mostrando para as pessoas aos poucos. Enquanto eu estava tendo aula (sim, minha universidade ainda está em greve), inclusive, minha professora de português passou um texto de tema livre e e gênero literário livre que ela leria sem revelar o autor e os outros alunos falariam sobre e eu resolvi mandar o primeiro capítulo de MUV pra poder receber uma critica honesta. Ela leu vários textos desse trabalho, mas nunca chegou ao meu.
Eu meio que tive essa ideia maluca de andar com o capítulo um na bolsa enquanto estiver na Bienal do Rio, mas não é como se a galera fosse à Bienal do Rio me ver, então não sei o que quero com isso. De qualquer forma, se você vai à XVII Bienal do Livro Rio entre os dias 8 e 13 de setembro e quiser ler o primeiro capítulo do livro é só me achar no Twitter pra gente marcar. (Eu vou falar mais sobre ir para a Bienal em um futuro próximo).
Ah, antes que eu esqueça. No início do ano, eu postei um trecho do capítulo 3 de Mais Uma Vez no Facebook e se alguém quiser ler, é só clicar aqui.

8. A história se passa em 2011
E o bizarro é que desde que eu comecei a escrever a história, em 2010, eu já coloquei a linha do tempo dela em outubro/novembro de 2011. O ano não é citado no livro, mas como Heather sempre está dizendo que 1811 foi 200 anos atrás, acaba ficando claro. A menos que eu mude algo a história dos livros 2 e 3 seguem o ano de 2012 inteiro e o começo de 2013. Eu não consigo me lembrar porque eu quis que a história se passasse em 2011, mas sei que quando o período em que o livro se passa foi chegando eu resolvi tentar escrever cada dia correspondendo ao dia da história, para terminar  de escrever o livro ainda em 2011 - o que, obviamente, não deu certo. Além disso, eu perguntei para uma menina inglesa no Twitter como estava o tempo em Londres naquela época, e ela me disse - eu nunca vou esquecer disso - que estava mais quente do que ela esperava, mas muito chuvoso.

9. No livro inteiro, apenas uma música é citada.
E é Every Breath do Boyce Avenue. Em versões diferentes, a "música que toca no carro do Mike" foi mudando porque eu sempre achava que aquela música não era boa o suficiente para o livro ou não combinava com o que um garoto de 17 anos ouviria. Então, um dia eu fui procurar o que um garoto de 17 anos realmente ouviria em 2011 e acabei esbarrando com Every Breath do Boyce Avenue. Desde então, a música é essa porque ela combina perfeitamente com a cena inteira, do começo ao fim.


10. Existe um crossover entre As Crônicas de Kat e Sociedade Inglesa de Oposição
E eu me pergunto diariamente o quê que eu tinha na cabeça quando fui colocar as duas histórias no mesmo universo, porque uma não tem nada a ver com a outra, mas eu me vejo o tempo todo tentando adequar uma à outra. Explicando: Os padrinhos da Ellie de As Crônicas de Kat, que apareceram primeiro em Haunted, depois no Capítulo 6 quando Bianka diz para Ellie "Além disso, sua madrinha lhe disse uma coisa que você guardou dentro de você e depois testou, para descobrir que ela estava certa." são personagens importantíssimos em SIdO. Peter e Faith têm um papel importante na descoberta na Heather sobre ela mesma, sua família e seus poderes. Não posso falar mais ou vou soltar muito spoiler, mas eu posso dizer que Ellie e sua "morte trágica" são citadas de passagem em algum ponto da história da trilogia.

11. Neve, o primeiro dos extintos Contos de Inverno do blog, se passa no universo de MUV
No primeiro ano, minha professora de redação pediu um conto e como eu estava muito envolvida no universo de Sociedade Inglesa de Oposição e estava pensando em escrever algo para o blog durante o inverno, a ideia de Neve surgiu. Inicialmente, eu pensei que Neve poderia ser um dos últimos capítulos da trilogia, mas depois preferi deixar apenas como um conto paralelo. Quem quiser ler, pode ficar a vontade. (Este fato foi adicionado ao post quase 48 horas depois, porque a escritora que vos fala esqueceu um fato e de falar sobre o conto).

12. Todos os personagens principais de Mais Uma Vez foram batizados graças a personagens de filmes - exceto Mike.
E não foi proposital! Eu simplesmente estava avaliando os nomes dos personagens do livro e me dei conta de que os personagens principais todos ganharam o nome que têm por causa de algum filme que eu vi quando estava começando a história. E nem são filmes que eu amei: A Heather ganhou este nome graças a Triangle, Layla por causa de Sky High, Rosalie, a irmã mais nova da Heather, graças a Eclipse (especificamente, Eclipse), Faith foi graças a um filme que eu assisti onde um casal que não conseguia ter filhos teve uma menininha e colocou o nome dela de Faith (que significa Fé), cujo nome eu não consigo me lembrar, mas sei que me fez chorar pra caramba. A lista continua, mas não adiantaria falar de personagens que ninguém conhece. Michael Leonards foi o único personagem que não sofreu influencia de filme nenhum para ser batizado: ele ganhou esse nome simplesmente porque eu estava obcecada por este nome em 2010. Eu juro, todo personagem masculino que eu criei em 2010 ou se chamava William, ou se chamava Michael. Sem exceções.

13. Mais Uma Vez não é o primeiro título que o livro teve. Nem o segundo.
O primeiro foi One More Time, ou seja, a mesma coisa, mas em inglês. Esse primeiro nome foi mantido até 2013, mas quando eu comecei a pensar sobre publicação, eu sabia que essa coisa de título em inglês não daria muito certo. A primeira tradução que eu pensei foi Apenas Mais Uma Vez. Depois, frustrada com como esse título soava, eu pensei em manter o One More Time e acrescentar Mais Uma Vez no subtítulo. Ainda achando terrível, eu finalmente decidi mudar o título para Mais Uma Vez e a trilogia, que costumava carregar o título do primeiro livro, ganhou o novo nome de Sociedade Inglesa de Oposição. A dúvida que sobra é porque o nome do livro é Mais Uma Vez: bem, vocês terão que ler, porque a resposta é um spoiler dos grandes.

14. Apesar do livro ter tido 8 versões no total, eu só tenho 4 delas salvas no computador.
Não me pergunte o que aconteceu com as outras 4. Eu tive um total de 6 computadores diferentes nesses quase 5 anos trabalhando no livro, então é um milagre do Senhor Jesus Cristo que eu tenha tantas versões assim salvas. E elas são úteis para mim hoje em dia: enquanto eu escrevo as cenas extras, eu lembro de cenas das versões anteriores que poderiam ser reescritas e colocadas na nova versão e às vezes elas se encaixam perfeitamente. Sem spoilers, mas digamos que tem até um beijo na chuva envolvido.

15. A primeira versão do segundo livro foi escrita no NaNoWriMo de 2013
E eu prometi que nunca mais escreveria um livro de uma série no NaNoWriMo outra vez - o trabalho é imenso, e como você depende dos outros livros da série para confirmar alguns fatos isso acaba envolvendo uma pesquisa que atrapalha o processo do NaNoWriMo. Na verdade, eu não consegui terminar o livro exatamente, só chegar a 50 mil palavras e decidir como eu quero o final. Quando eu tiver que reescrevê-lo (e eu mal vejo a hora - eu odeio revisar, escrever mesmo com as palavras sendo criadas pela primeira vez é o que eu mais amo), eu provavelmente começarei do início, mantendo só as cenas que ficaram realmente boas. Uma delas está no meu perfil do NaNoWriMo: É um trechinho, que não tem nenhum spoiler específico da série, então se alguém quiser ler, é só clicar aqui.

Eu acho que é só isso. Eu espero que esses 15 fatos tenham deixado mais gente ainda interessada no livro e na trilogia. E se você leu tudo, não gosta desse tipo de história, mas ainda quer ler um livro meu, eu posso desde já anunciar que neste NaNoWriMo estarei escrevendo um drama e mesmo que eu não faça ideia de nada sobre a publicação dele, uma hora ele sai.
G.