*abre a porta imaginária do blog* *engasga com a poeira acumulada pelos 19 dias sem postar aqui* OLÁ *eco*. Tem alguém aqui? *aqui, aqui, aqui, aqui* Imaginem o tamanho da minha frustração, depois de conseguir dez posts em dois meses do ano, em simplesmente não conseguir postar aqui por mais de duas semanas? Se você curte a página do blog no Facebook, sabe que um dos motivos para o está atrasado porque eu não fazia ideia de sobre o quê deveria postar. De alguma forma, eu sempre voltava a ideia de falar sobre a faculdade, mas eu não queria fazer isso porque tem pouco tempo que eu falei sobre a faculdade e essa é a área da minha vida que mais tem me deixado desanimada ultimamente. Acabei me dando conta de que é a única coisa sobre a qual eu poderia falar mesmo, porque é o que tem dominado minha vida pelas últimas semanas. Porém, logo depois de ter decidido escrever este post, meu notebook quebrou, fazendo com que algumas coisas atrasassem 2 dias e só hoje (já que por um milagre do senhor, amanhã é o primeiro dia em semanas que eu não tenho nada para entregar) depois de dormir a tarde todinha (porque eu tava exausta, estressada e cheia de dor) eu finalmente consegui vir aqui para escrever. Então sim, este é outro post sobre a faculdade cujo título é uma frase clichê para chamar atenção. Mas prometo que agora só volto a falar sobre isso no fim do semestre - no finzinho de abril/começo de maio.

Um gif para resumir perfeitamente bem como eu tenho me sentido sobre a faculdade.
Esse post começou originalmente como uma forma de reclamação, mas no fim ele se tornou um desabafo. Quero falar de uma epidemia que tem tomado conta de 78% dos estudantes universitários que eu conheço: A crise do "o que eu to fazendo com a minha vida?". Eu não to exagerando quando digo que quase todo estudante universitário que eu conheço tem se sentindo bem miserável ultimamente. Mas eu obviamente não vou falar sobre todo mundo porque cada um tem seus motivos próprios, eu vou falar do meu motivo. Pra começar: A culpa é bem minha. Eu já me assumi como a pessoa mais desorganizada e mentalmente inquieta da face da Terra e a verdade é que nos últimos dias, minha inabilidade de ser produtiva em relação a minha vida acadêmica tem me deixado, além de irritada, bem deprimida. Oficialmente entrei na fase de questionar se faculdade é realmente pra mim. Na verdade, eu passei por ela no segundo ano, mas graças a uma série de fatos do ano de 2014, o ano sabático que me tinha sido prometido deixou de ser uma opção e eu precisei me agarrar à faculdade como algo seguro e planejado no meio do caos. Quase dois anos depois, minha vida está finalmente "estável" (foco nas aspas, tem MUITA coisa acontecendo) o suficiente para que eu me sinta bastante desanimada em relação a faculdade. E eu não sei ser quieta a respeito, eu tenho feito tanto drama que isso anda respingando nos outros.
Por algum motivo, eu acreditava que ia conseguir me acostumar a tudo sobre a faculdade quando entrasse no segundo semestre, mas claramente isso não aconteceu. Eu tenho me confrontado com a perspectiva deprimente de mais 3 anos (NO MÍNIMO) de textos que eu não vou conseguir ler, de noites mal dormidas, de muita gastrite e dor desnecessárias e de me sentir despreparada e burra e extremamente deslocada no ambiente acadêmico. Antes que alguém fale: Tenho plena consciência de que isso é mais uma fase do que tudo e de que em alguns semestres eu possivelmente me sentirei mais tranquila. Mas eu estou fazendo aquela coisa de ser fiel aos meus sentimentos e ultimamente o desespero tem sido o maior deles. E a pior parte é que eu tenho estado animada sobre todas as outras coisas que estão acontecendo na minha vida, mesmo que elas seja cansativas, exceto a faculdade. Tem muita coisa acontecendo e eu mal vejo a hora de poder contar algumas delas para vocês. E a vontade escrever? Meu Deus, é quase como uma coceira dentro de mim, um monstrinho crescendo que eu preciso colocar para fora, mas não posso porque tem seminário, tem prova, tem fichamento, tem trabalho que eu não fiz porque eu sou enrolada e nunca aprendo. Por isso tudo, eu acordo pra baixo e normalmente chego em casa mais pra baixo ainda, preocupada com tudo.

Quando o professor diz "uma das avaliações vai ser seminário".
Como vocês sabem, no fim do ano passado, algumas aulas do meu já confuso e horrivelmente longo 2° semestre foram canceladas. As aulas voltaram em 2016 em um clima meio mole, de preguiça e meio que ainda de férias... Até os professores perceberem que ia dar merda porque faltavam poucas aulas para acabar. Nós deveríamos ter 3 avaliações por disciplina, mas graças às bagunças de calendário e falta de organização, não vai dar tão certo assim em todas elas. Meus professores estão inventando as coisas mais loucas possíveis para servir de avaliação. E claro, quem endoida na brincadeira sou eu.
Uma das minhas notas vai ser por visto no caderno. Outra, foi uma sessão de debates que aconteceu hoje cedo. Eu meio que sinto falta de toda a coisa das provas, não vou negar. É simplesmente mais fácil e normalmente não é em grupo, então se eu me der mal, só eu me dou mal. O principal problema é esse, a maioria dos meus trabalhos é em grupo e eu não consigo parar de pensar que eu estou atrasando meu grupo por não me dedicar o suficiente. Eu geralmente passo as semanas seguintes a um seminário pensando sobre o que eu poderia ter feito de melhor, independente de quão bem o grupo tenha ido. É estressante e eu não consigo evitar ficar presa a isso.
De qualquer forma, contando a partir de amanhã faltam 38 dias para o fim do segundo semestre e como o próximo tem menos disciplinas teóricas, talvez eu fique um pouco mais animada. Eu disse talvez.
G.

P.S.: Agora sobre uma coisa que me anima nesta emana: Depois de ter prometido que nunca mais passaria um feriado enlouquecida por causa da faculdade, eu resolvi separar os 4 dias do feriado da semana santa unicamente para trabalhar em Mais Uma Vez, que - por sinal - está bem encaminhado. Mal vejo a hora da semana terminar para eu poder fazer isso porque eu a história está fluindo muito bem e as ideias para os diálogos que preciso incluir não param de surgir.