Quer me ajudar a continuar escrevendo no Quebrei a máquina de escrever e criando mais conteúdo? Torne-se assinante no Instagram ou no YouTube. Por somente R$7,90 tenha acesso a conteúdo exclusivo, bastidores e benefícios extras. Saiba mais nos links e cancele quando quiser  


Neste dia, em 2011, eu cheguei da escola depois do meu primeiro dia de aula do 9º ano e escrevi aquele que seria o primeiro post deste blog. O post era literalmente frases que eu tinha pensado durante a aula e anotado no caderno, já com a ideia de publicar no blog. É claro que naquele dia, eu não imaginava que 13 anos depois estaria escrevendo um post no mesmíssimo blog. Mas mais que isso, eu não imaginava que depois de 13 anos eu estaria escrevendo no mesmo blog sem estar recebendo milhões por isso.

Este é o tema do ano, caso vocês não tenham percebido. Logo depois de eu ter dito e repetido que este — 2024 — é o ano em que eu quero ter uma renda mais constante com criação de conteúdo e estar oficialmente investindo meu tempo de forma a render mais para mim mesma, eu sou confrontada com a realidade de que eu crio conteúdo há 13 anos. No dia 7 de fevereiro de 2011 eu ainda estava há 11 dias de distância de completar 13 anos, o que quer dizer que eu crio conteúdo há um pouco mais da metade da minha vida. É um sentimento completamente aterrorizante. 

Essa não é uma inquietude recente. Desde que eu descobri que um dos blogs literários mais populares do país foi criado no mesmo dia que este aqui, é impossível não me comparar. Isso foi 3 anos atrás, no aniversário de 10 anos do blog e eu consegui racionalizar bem o fato de que eu era literalmente uma criança quando criei o blog e que levei anos até observar isso aqui de forma profissional, usando técnicas e estratégias que aprendi na prática e através de cursos. Mas todo ano novo ano que passa, o incômodo vai crescendo.

Este ano eu nem posso fazer um sorteio legal de aniversário do blog, porque já fiz um sorteio este mês e ele me deu prejuízo. Na verdade, até ontem, eu sequer decidido o que faria para o aniversário do blog, porque os dias estão passando por cima de mim e eu nem tinha me dado conta de que o aniversário do blog estava tão perto. Eu tinha um post que queria publicar no dia 2, mas ele não saiu porque quando eu me dei conta de que já era dia 02/02, o dia já estava acabando. Se eu parar para processar a chegada do meu aniversário, que já é praticamente na semana que vem, eu vou ter uma crise de pânico. Sendo bem sincera, o motivo para este post chegar a existir é o fato de que minha chefe precisou cancelar a presença dela em eventos esta semana, então meu expediente presencial foi cancelado junto.

Apesar de sempre tentar celebrar todas as minhas vitórias nesses posts comemorativos, a ansiedade venceu nesses primeiros parágrafos. Ela acaba vencendo em qualquer momento onde eu tenho dormido pouco, comido menos que o suficiente e me preocupado com como pagar as contas do mês. O que é simplesmente TODA a minha vida no momento. Mas eu ainda vou ser justa comigo mesma e considerar o fato de que agora eu estou bem melhor do que estava um ano atrás, dois anos atrás e principalemente três anos atrás. Se a frustração de não estar onde eu queria estar me impede de ver todo o caminho já percorrido, aí mesmo é que eu não vou para lugar nenhum.

No último ano, eu finalmente monetizei o canal do YouTube, fiz meu contrato de publi mais caro em uma parceria paga com um shopping da minha cidade, voltei a falar em eventos como escritora e como criadora e, apesar das dificuldades, terminei o ano indo a shows e revendo minha atriz preferida na comic con, o que pode até não parecer uma meta que valha a pena mencionar aqui, mas definitivamente é, porque sem essas parcerias que fiz e sem coisas como a comissão de afiliada da Amazon, eu não teria conseguido realizar esses sonhos.

Por um momento, vendo a imensidão da ideia de fazer algo por 13 anos (de novo, metade da minha vida), eu me questionei porque eu continuo tentando. É claro que eu amo isso aqui, eu amo o que faço, mas será que minha energia não seria melhor gasta em outras coisas? Essa vai ser uma pergunta que talvez eu leve um bom tempo para responder. Por enquanto, o retorno que isso aqui me traz  — nem que seja só tendo um espaço para desabafar  — vai ter que continuar sendo o suficiente.

Feliz 13 anos,
G.